segunda-feira, 20 de junho de 2022

Fortaleza-CE 1 x 0 América-MG

Nos últimos três jogos, os critérios da arbitragem foram padronizados de acordo com as faltas contrárias ao América serem marcadas com maior rigor e as favoráveis serem ignoradas. 

Primeiro gol do Ceará, expulsão do Alê e não marcação de um pênalti no Conti contra o Fluminense, e dois pênaltis também em cima do Conti não marcados contra o Fortaleza são lances que contribuíram diretamente para mudar as histórias dos jogos e consequentemente os resultados. 

Ainda assim, o desempenho contra o Fortaleza deveria ter sido melhor, mas a escalação inicial do time americano voltou a ficar mal distribuída, pouco funcional e ineficiente com os três zagueiros, Cáceres e Marlon de alas, só Lucas Kal e Juninho no meio-de-campo, apenas Everaldo com mais velocidade num ataque formado com Aloísio e Felipe Azevedo.

Embora a utilização dos três zagueiros tenha sido uma tentativa de eliminar os defeitos crônicos da recomposição defensiva, o gol sofrido, novamente, foi falha coletiva dos defensores numa jogada de contra-ataque do adversário. 

Os erros na recomposição defensiva na maioria dos gols sofridos nesta temporada foram provocados pela postura muito ofensiva, mas sem efetividade no ataque, com baixa velocidade para recompor e cedendo espaços para os adversários explorarem os contra-ataques, criarem grandes chances e aproveitarem oportunidades criadas. 

Com três zagueiros, poderia ter sido mais interessante Patric ter iniciado o jogo, porque tem bastante intensidade para fazer ultrapassagens, buscar a linha de fundo e aumentar a força ofensiva. 

Marlon, até na função de ala, continuou pouco profundo, retraído e ineficiente nos cruzamentos, mas tem total capacidade para ser mais produtivo e eficiente na função defensiva e especialmente ofensiva. 

A ausência do Alê evidenciou a falta de um substituto funcional para jogar de uma intermediária a outra, participar das quatro fases do jogo e da bola alta defensiva e ofensiva. 

Juninho Valoura e Zé Ricardo seriam opções mais conservadoras para aumentar o poder de marcação. 

Gustavinho tem mais potencial para ser utilizado na transição e organização ofensiva. 

Os promissores Matheus Henrique e Rodriguinho são os que mais se aproximam para jogar de uma área a outra. 

Pelo menos um dos citados deveria ter começado o jogo para reforçar o meio-de-campo defensivamente ou ofensivamente. 

Com três zagueiros e três jogadores no meio-de-campo, o ataque deveria ter sido formado por dois atacantes, numa combinação entre Carlos Alberto, Aloísio, Everaldo, Felipe Azevedo, Pedrinho e Wellington Paulista.  

Carlos Alberto e Everaldo ou Everaldo e Pedrinho formariam um ataque mais dinâmico. 

Everaldo e Aloísio, mais equilibrado. 

Aloísio e Wellington Paulista, com mais força ofensiva centralizada. 

No pós-jogo, ficou a impressão de que a única mudança deveria ter sido no meio-de-campo, com a entrada do substituto do Alê, entre Gustavinho, Rodriguinho, Juninho Valoura e Zé Ricardo, mas sem mudar o esquema para três zagueiros, e o trio de ataque titular permanecer com Everaldo, Aloísio e Felipe Azevedo. 

O desafio do Mancini, comissão técnica e diretoria será encontrar o ponto de equilíbrio entre defender e atacar, a fim de permanecer na primeira divisão, com possiblidades de ficar mais bem classificado na Série A e conquistar a vaga para a próxima fase da Copa do Brasil. 

A volta do Matheusinho e Paulinho vai aumentar as possiblidades de escalação ofensiva. 

Mesmo assim, reforços na próxima janela, principalmente no meio-de-campo, serão necessários. 

Fortaleza: 
Marcelo Boeck; 
Brayan Ceballos, Marcelo Benevenuto, Titi e Juninho Capixaba; 
Zé Welison (Ronald) e Felipe; Yago Pikachu, Lucas Lima (Matheus Jussa) e Moisés (Igor Torres); 
Silvio Romero (Depietri). 
Técnico: Juan Pablo Vojvoda.

América: 
Airton; 
Conti, Éder e Danilo Avelar (Índio Ramírez); 
Cáceres (Patric), Lucas Kal, Juninho, Marlon Lopes (João Paulo); 
Everaldo, Aloísio (Wellington Paulista, Felipe Azevedo. 
Técnico: Mancini.