A destacada estratégia de jogo, com a utilização dos titulares e substitutos de acordo com o adversário, foi ineficiente para vencer e até empatar com o São Paulo.
Houve falhas na organização e recomposição defensiva, inclusive nos dois gols sofridos, na transição, construção e bola alta ofensiva.
Faltou mais imposição física na disputa de bola com Calleri, que venceu a maioria dos duelos pelo chão e pelo alto, até numa possível falta sobre o Éder na jogada do segundo gol.
No pós-jogo da engenharia de obra de pronta, e na metamorfose da mudança de opinião de acordo com o resultado, a liberdade para Luciano jogar mais o baixo volume de jogo do time americano retornou o dilema de utilizar um volante mais marcador, o próprio Lucas Kal ou Zé Ricardo, numa marcação mais individual do Luciano, ou escalar um meio-de-campo mais agressivo, com Alê, Juninho, Benitez ou Matheusinho, para aumentar o poder de criação, a força ofensiva e mais posse de bola.
Embora Aloísio e Mastriani sejam mais finalizadores do que construtores de jogadas, os dois atacantes também contribuíram para o time ter menos posse de bola do que o adversário.
Poderia ter sido mais interessante a manutenção do Patric, pelo menos por mais minutos depois das primeiras substituições feitas, a fim de esperar se a resposta dentro de campo seria suficiente para aliviar a pressão do adversário pelo lado direito defensivo.
Na transformação do DNA formador em aproveitador, Arthur, em fase de aprimoramento e oscilação, deveria entrar em condições mais favoráveis, contra adversários menos qualificados e resultado praticamente definido.
Ainda assim, havia outras opções de mudanças.
Arthur poderia até ter entrado no lugar do Aloísio, para fazer a dobra com Patric pelo lado direito.
Ou Conti no lugar do Aloísio, para aumentar a eficiência defensiva na bola alta.
Ou Luan Patric ser improvisado na lateral-direita.
Na disputa da bola de jogo desperdiçada pelos dois times no segundo tempo, São Paulo criou 4 chances e aproveitou uma, enquanto o América criou e desperdiçou duas oportunidades de gols.
Diferentemente de um time com modelo de jogo padronizado, as possibilidades de escalação e estratégia utilizada de acordo com o adversário fazem parte das desvantagens e das vantagens competitivas, respectivamente, segundo as escolhas erradas ou certas.
Possivelmente a certeza da dúvida para enfrentar o Fluminense deverá ser entre mudar ou manter os mais escalados entre os titulares, e ser mais defensivo ou ofensivo ou preferencialmente equilibrado entre o defender e atacar.
Patric, na lateral-direita, Conti ou Maidana ou Ricardo Silva para formar dupla com Éder, e na lateral-esquerda Danilo ou Marlon.
Um meio-de-campo mais marcador ou mais agressivo, com Lucas Kal ou Benitez ou Matheusinho, Juninho e Alê.
Everaldo, Mastriani ou Wellington Paulista, e Felipe Azevedo ou Matheusinho no ataque.
Arthur, Carlos Alberto, Henrique, Gustavinho e Índio entre as opções.
América:
Matheus Cavichioli;
Patric (Arthur), Ricardo Silva, Éder e Danilo (Marlon);
Lucas Kal;
Juninho e Alê (Benítez);
Everaldo, Mastriani (Wellington Paulista), Aloísio (Matheusinho)
Técnico: Mancini
São Paulo:
Felipe Alves;
Igor Vinicius (Alisson), Rafinha, Miranda, Léo e Reinaldo (Wellington);
Pablo Maia (Igor Gomes), Rodrigo Nestor e Patrick (Marcos Guilherme);
Luciano (André Anderson) e Calleri.
Técnico: Rogério Ceni
Gol: Aloísio