sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Goiás 2 x 2 América

O time americano desperdiçou grande oportunidade de conquistar a vitória, porque as falhas defensivas prejudicaram a produtividade ofensiva. 

Apesar do empate, diferentemente dos anos anteriores, quando a principal preocupação era permanecer na primeira divisão,  a fase atual do América é tão promissora, que o "sofrimento" de parte da torcida americana passou a ser a possiblidade de não disputar uma Libertadores, e talvez se contentar com uma vaga na Sul-Americana.

Mas também existem americanos reconhecedores da capacidade dos comandados do Mancini terem jogado de igual para igual, dentro ou fora de casa, a maioria quase absoluta dos jogos disputados neste brasileirão, e principalmente pela conquista da permanência na Série A pelo terceiro ano consecutivo. 

Mesmo assim, o desempenho num campeonato longo passa por oscilações. 

Em determinados momentos, a consistência defensiva superou a eficiência ofensiva. 

Nos últimos jogos, talvez pela estratégia ter sido mas ofensiva do que defensiva ou pela oscilação de alguns jogadores ou pelo desfalque de importantes jogadores, a defesa ficou mais vulnerável. 

Embora a postura do time americano tenha sido mais ofensiva do que defensiva contra o Goiás, até o qualificado e titularíssimo Éder, um dos três pilares entre os jogadores de linha do time, rendeu menos do que pode render. 

Danilo, Felipe Azevedo e Mastriani também renderam abaixo das respectivas capacidades. 

A ausência do Marlon e a saída do Everaldo por contusão colaboraram para diminuir as opções na defesa e no ataque. 

Em compensação, Alê e Juninho, os outros dois pilares da equipe, e Matheusinho foram bastante participativos, produtivos e eficientes. 

A distribuição tática sem a bola ficou mais próxima de um 4-4-2, incialmente, com Matheusinho e Mastriani, depois Aloísio e Mastriani, e finalmente Aloísio e Wellington Paulista, entre os dois jogadores mais avançados. 

Apesar da cabeçada finalizada no travessão, Mastriani precisa ter mais poder de finalização e decisão. 

Aloísio, mais centralizado, entrou bem durante o jogo, marcou o gol em cobrança de pênalti sofrido por ele, iniciou a jogada do segundo gol, e deve ter conquistado mais espaço entre os titulares.

Wellington Paulista, dentro da área, demonstrou que é centroavante artilheiro finalizador das assistências recebidas. 

Mas a certeza da dúvida na escalação inicial de acordo com o adversário vai continuar ou até aumentar. 

O desafio da comissão técnica e do Mancini será escolher a dupla de zaga, optar por um meio-de-campo mais defensivo ou ofensivo, escalar o centroavante e os dois jogadores de lado de acordo com o adversário.

Escolher entre Conti, Éder, Luan Patrick, Maidana e Ricardo Silva para a dupla de zaga.

Melhorar o posicionamento do Danilo ou até escalar João Paulo.

Lucas Kal ou Zé Ricardo de volante, ou Benitez ou Índio, na função de meia-centralizado.

Henrique ou Mastriani ou Wellington Paulista.

Talvez Aloísio seja mais produtivo de centroavante e Artur ou Carlos Alberto ou Henrique seja utilizado pelo lado do campo. 

Goiás:
Tadeu; 
Maguinho (Nicolas), Lucas Halter, Caetano, Hugo e Auremir (Matheus Sales); 
Caio (Felipe Bastos), Diego, Vinicius; Pedro Raul e Dadá Belmonte (Pedro Junqueira). 
Técnico: Jair Ventura

América: 
Matheus Cavichioli; 
Cáceres, Conti, Éder e Danilo (Patric); 
Juninho, Alê e Matheusinho (Arthur); 
Everaldo (Aloísio), Felipe Azevedo (Índio), Mastriani (Wellington Paulista).
Técnico: Mancini

Gols: Aloísio, Wellington Paulista