O time americano desperdiçou grande oportunidade de conquistar a vitória, porque as falhas defensivas prejudicaram a produtividade ofensiva.
Apesar do empate, diferentemente dos anos anteriores, quando a principal preocupação era permanecer na primeira divisão, a fase atual do América é tão promissora, que o "sofrimento" de parte da torcida americana passou a ser a possiblidade de não disputar uma Libertadores, e talvez se contentar com uma vaga na Sul-Americana.
Mas também existem americanos reconhecedores da capacidade dos comandados do Mancini terem jogado de igual para igual, dentro ou fora de casa, a maioria quase absoluta dos jogos disputados neste brasileirão, e principalmente pela conquista da permanência na Série A pelo terceiro ano consecutivo.
Mesmo assim, o desempenho num campeonato longo passa por oscilações.
Em determinados momentos, a consistência defensiva superou a eficiência ofensiva.
Nos últimos jogos, talvez pela estratégia ter sido mas ofensiva do que defensiva ou pela oscilação de alguns jogadores ou pelo desfalque de importantes jogadores, a defesa ficou mais vulnerável.
Embora a postura do time americano tenha sido mais ofensiva do que defensiva contra o Goiás, até o qualificado e titularíssimo Éder, um dos três pilares entre os jogadores de linha do time, rendeu menos do que pode render.
Danilo, Felipe Azevedo e Mastriani também renderam abaixo das respectivas capacidades.
A ausência do Marlon e a saída do Everaldo por contusão colaboraram para diminuir as opções na defesa e no ataque.
Em compensação, Alê e Juninho, os outros dois pilares da equipe, e Matheusinho foram bastante participativos, produtivos e eficientes.
A distribuição tática sem a bola ficou mais próxima de um 4-4-2, incialmente, com Matheusinho e Mastriani, depois Aloísio e Mastriani, e finalmente Aloísio e Wellington Paulista, entre os dois jogadores mais avançados.
Apesar da cabeçada finalizada no travessão, Mastriani precisa ter mais poder de finalização e decisão.
Aloísio, mais centralizado, entrou bem durante o jogo, marcou o gol em cobrança de pênalti sofrido por ele, iniciou a jogada do segundo gol, e deve ter conquistado mais espaço entre os titulares.
Wellington Paulista, dentro da área, demonstrou que é centroavante artilheiro finalizador das assistências recebidas.
Mas a certeza da dúvida na escalação inicial de acordo com o adversário vai continuar ou até aumentar.
O desafio da comissão técnica e do Mancini será escolher a dupla de zaga, optar por um meio-de-campo mais defensivo ou ofensivo, escalar o centroavante e os dois jogadores de lado de acordo com o adversário.
Escolher entre Conti, Éder, Luan Patrick, Maidana e Ricardo Silva para a dupla de zaga.
Melhorar o posicionamento do Danilo ou até escalar João Paulo.
Lucas Kal ou Zé Ricardo de volante, ou Benitez ou Índio, na função de meia-centralizado.
Henrique ou Mastriani ou Wellington Paulista.
Talvez Aloísio seja mais produtivo de centroavante e Artur ou Carlos Alberto ou Henrique seja utilizado pelo lado do campo.
Goiás:
Tadeu;
Maguinho (Nicolas), Lucas Halter, Caetano, Hugo e Auremir (Matheus Sales);
Caio (Felipe Bastos), Diego, Vinicius; Pedro Raul e Dadá Belmonte (Pedro Junqueira).
Técnico: Jair Ventura
América:
Matheus Cavichioli;
Cáceres, Conti, Éder e Danilo (Patric);
Juninho, Alê e Matheusinho (Arthur);
Everaldo (Aloísio), Felipe Azevedo (Índio), Mastriani (Wellington Paulista).
Técnico: Mancini
Gols: Aloísio, Wellington Paulista