O placar de 3 a 4 refletiu o desequilíbrio entre acertos ofensivos e defeitos defensivos nesta temporada.
Apesar dos quatro gols sofridos, as defesas salvadoras do Jori, um dos destaques do jogo, evidenciaram as falhas de marcação, principalmente dos zagueiros.
Danilo Avelar e Maidana, ambos com baixa velocidade de recomposição, e Maidana, sem imposição física e sem impulsão, no máximo poderiam ser opções separadas de substituição em caso de necessidade.
O rendimento do Éder despencou de titular absoluto a quarta opção para a zaga.
Wanderson não justificou a contratação.
Burgos tem o álibi do tempo para adaptação.
Ricardo Silva, que era para ser o coadjuvante da zaga, virou protagonista.
Talvez o retorno do Lucas Kal para a posição do zagueiro tivesse sido solução, até ser utilizada.
Heitor, Jhow, Júlio e Rafael Barcelos fazem parte do processo da transformação do DNA formador em aproveitador, sem a responsabilidade de ser a solução, mas fazer parte da resolução.
Daniel Borges e Marcinho pararam de ser utilizados na lateral direita.
Na lateral esquerda, Nícolas também não justificou a contratação.
Marlon perdeu a capacidade física para jogar dois tempos e jogos seguidos em alta intensidade.
Os analistas de desempenho, comissão técnica e diretoria, os responsáveis pela tomada de decisões na formação da equipe, deveriam ter percebido que, o principal defeito defensivo estava nos zagueiros, laterais e até goleiro, com prioridade de contratações qualificadas nessas posições, no início do Brasileirão.
Em compensação, do meio-campo para a frente, Alê, Benítez, Juninho, Martínez e Mastriani, com a participação do Marlon e Rodriguinho, mantiveram a produtividade e eficiência ofensiva.
Aliás, Mateus Henrique, na função de ala/lateral construtor, e Rodriguinho, na função de ala de profunidade, com poder de finalização, foram mais produtivos que os laterais do time.
Poderá ser mais interessante mudar a escalação dos zagueiros e/ou a distribuição tática, com a utilização do 4-2-3-1 ou 4-4-2, a fim de aproveitar os mais participativos na fase ofensiva.
Ricardo Silva formar dupla ou trio de zagueiros com Júlio e Lucas Kal, com a manutenção do restante do time escalado contra o Grêmio.
No caso da utilização de dois zagueiros, Mateus Henrique entrar na lateral direita, Rodriguinho ser o meia-atacante aberto pelo lado direito, Martínez, pela esquerda, com Alê, Juninho e Benítez, no meio-campo, e Mastriani avançado.
Adyson, Breno, Aloísio, Cazares, Kauâ, Matheusinho, Rafael Barcelos e Paulinho poderão ser opções de reposição.
Paulinho Boia e Pedrinho deixaram de ser relacionados.
América:
Jori;
Ricardo Silva, Maidana e Danilo Avelar (Cazares);
Rodriguinho, Juninho, Martinez, Alê (Felipe Azevedo), Benítez (Breno) e Marlon (Nicolas, Éder);
Mastriani.
Técnico: Fabián Bustos.
Grêmio:
Gabriel Grando;
João Pedro, Bruno Alves, Bruno Uvini e Reinaldo;
Villasanti e Pepê; Galdino (Nathan Fernandes), Cristaldo (Geromel) e Besozzi (Ferreira); Suárez.
Técnico: Renato Portaluppi.
Gols: Rodriguinho, Mastriani (2)