Embora o motivacional também seja importante, o grande desafio do Lisca, semelhante ao enfrentado pelo Cauan, será encontrar a melhor formação física, tática e técnica, principalmente na escalação de um trio ofensivo, com poder de criação, decisão e finalização, formado por dois atacantes de velocidade pelos lados e um centroavante artilheiro com presença de área.
Apesar de ter parecido ser mais uma tentativa de justificar a contratação, a escalação do Vinícius, sem intensidade, resistência física e velocidade, para defender e atacar, prejudicou até o desempenho do Marlon.
Mas também faltou Daniel Borges, Marlon e Nícolas acertarem mais cruzamentos, Felipe Amaral ter mais poder de marcação, Fabinho ser mais mais agudo, decisivo e finalizador, Davó jogar mais dentro da área, e Jonathas receber cruzamentos pelo alto.
Mesmo assim, Elias, Daniel Borges, Ricardo Silva, Alê, Juninho e Davó, entre os titulares, Adyson e Daniel Júnior, entre os substitutos, foram os mais participativos.
Talvez tivesse sido mais interessante ter iniciado com Alê, Juninho e Elizari, no meio-campo, porque Felipe Amaral pouco produziu.
Embora sejam posições diferentes, o rendimento do Felipe Amaral está abaixo do Moisés, o que força Alê ser opção para jogar mais recuado, com a entrada do Elizari ou Daniel Júnior ou Moisés.
Até Flávio deveria ter chances para jogar de primeiro volante.
Mas Elizari é um Alê, sem participar da recomposição defensiva e do início da transição ofensiva, e um Juninho, sem fazer infiltrações na área adversária.
No ataque, Adyson, Davó, de centroavante de área, e Fabinho mais avançado, seriam os titulares.
Ainda assim, o rendimento do trio ofensivo poderia ser abaixo do esperado, porque Adyson, o melhor atacante do time, é sub-19 em fase de aprimoramento e oscilação, Davó, que parece mais jogador de lado do que centroavante artilheiro, está em processo de recuperação do ritmo de jogo, e Fabinho é bastante irregular.
Na formação da equipe para disputar a temporada, faltaram substitutos mais qualificados para Matheusinho, Varanda e principalmente Mastriani.
Mas para enfrentar e vencer o Guarani, talvez Brenner, Daniel Júnior e Jonathas estejam mais bem preparados fisicamente para jogar mais tempo.
Poderá ser mais eficiente a escalação do Elizari entre os titulares e Daniel Júnior entre os substitutos, ou Daniel Júnior começar o jogo, ou ser opção para jogar pelo lado, mais dois atacantes de velocidade, no caso, Adyson e Davó.
O ataque com três jogadores seria formado pelo Adyson, Jonathas e Davó.
Fabinho, talvez Brenner ou Renato e Jacaré, opções de substituição, o que evidencia a limitação ofensiva da equipe.
Outra possível mudança pelo entrosamento com Adyson poderia ser o retorno do Mateus Henrique na lateral direita, a fim de aumentar as possiblidades ofensivas pelo lado direito.
Mateus Henrique se destacou sob o comando do William Batista pela versatilidade em executar bem diversas funções em posições diferentes, inclusive de primeiro volante, no meio-de-campo
O substituto do Éder deverá ser o que tiver mais capacidade para jogar pelo lado esquerdo da zaga entre Júlio ou Lucão, o que poderá aumentar a consistência defensiva pelo alto.
Mirassol
Vanderlei;
Lucas Ramon, João Victor, Luiz Otávio e Zeca (Gazal);
Rodrigo Andrade (Neto Moura), Danielzinho, Gabriel (Isaque(Alex Silva)) e Iury Castilho; Fernandinho (Marquinhos) e Dellatorre.
Técnico: Mozart Santos.
América:
Elias;
Daniel Borges, Éder, Ricardo Silva e Marlon (Nicolas);
Felipe Amaral (Adyson), Alê, Juninho;
Fabinho (Daniel Jr.), Davó (Renato), Vinicius (Jonathas).
Técnico: Lisca.