Ao contrário do Brasileirão, um campeonato de resistência e regularidade, em que quanto mais vezes o time jogar bem, maiores serão as possibilidades de fazer boa campanha, o mata-mata, ainda mais em jogo único, é outra forma de disputa, completamente diferente.
O resultado prevalece sobre o desempenho. Só a vitória interessa, sem chances de recuperação. A eficiência será premiada.
Apesar de o regulamento ter sido feito para prejudicar os clubes mais regulares e tentar beneficiar os que menos pontuaram, os comandados do Enderson Moreira precisam fazer prevalecer a força do futebol coletivo americano e até contar com a presença do acaso eliminar o adversário.
A repetição poderá ser a vantagem competitiva americana para buscar maior produtividade.
O padrão de jogo definido pelo Enderson deverá ser mantido, independentemente de quem entra no time, do adversário e da condição de visitante ou mandante.
Com a bola, basicamente são três jogadores no início da transição, quatro na segunda linha e três mais avançados. Mais as variações.
Sem a bola, na marcação mais espaçada, primeira linha defensiva com quatro jogadores, segunda com dois, terceira com três e um centroavante mais avançado.
Na formação defensiva mais compactada, duas linhas de quatro, mais o meia centralizado e o centroavante, antes da linha do meio-de-campo.
O time americano deverá buscar fazer a proposta de jogo, com posse de bola ofensiva. A troca de passes até funciona, mas falta mais poder criativo e jogadas de velocidade em profundidade dos laterais, meias e centroavante.
Enderson e comissão técnica deveriam optar pelos atletas mais bem condicionados fisicamente.
Giovanni e Rafael Moura, ausentes dos últimos jogos, devido a contusões e/ou lesões seriam opções de substituição, embora Rafael Moura talvez tenha mais chances de começar o jogo, porque Aylon disputaria posição com Luan e Carlinhos demonstrou mais intensidade para defender e atacar do que Giovanni.
Norberto, Messias, Rafael Lima e Carlinhos formariam a primeira linha defensiva, na recomposição.
No meio-de campo, Zé Ricardo e David, por merecimento, deveriam compor a dupla de volantes.
Messias, Zé Ricardo e Rafael Lima ou Norberto, Messias e Rafael Lima seriam o trio defensivo na saída de bola.
Na função de articulador central, Renan Oliveira e Serginho alternaram lampejos de produtividade.
A vantagem competitiva do Serginho é que jogou as últimas partidas, enquanto Renan Oliveira estava no DM.
Ainda assim, uma alternativa interessante de mudança, é adiantar David, que tem qualidade na distribuição das jogadas, e escalar o esforçado Juninho, mas recuado, com a função de combater, sem avançar tanto.
As opções de meia-atacante pelas beiradas são Aylon, Luan e Marquinhos.
Aylon se destacou pelos gols marcados e assistências, mas também precisa manter a regularidade nos dois tempos.
Luan rendeu menos do que pode render, mas é bastante competitivo na recomposição. Carece errar menos passes, acertar mais cruzamentos e finalizações.
Marquinhos busca o jogo o tempo inteiro. Precisa ser mais agudo.
Rafael Moura teve pouco poder de decisão, até dificuldades para dominar e devolver a bola. Necessita fazer o pivô mais vezes, aumentar o número de finalizações e gols feitos.
Sugestões de escalação na formação básica:
João Ricardo;
Norberto, Messias, Rafael Lima, Carlinhos;
Zé Ricardo, David;
Marquinhos, Serginho (Juninho), Aylon (Luan);
Rafael Moura (Aylon)
América x Boa
sábado, 19h, Arena do Coelhão
vamos vencer, Coelhô!
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Marco Antônio