Se nos jogos anteriores, faltou mais poder de criação, finalização e decisão, com os desfalques contra o Villa Nova, este defeito crônico aumentou.
Até o posicionamento do Zé Ricardo, os escalados mantiveram a consistência defensiva, trocaram passes e valorizaram a posse de bola.
Norberto e Carlinhos defenderam e atacaram.
Apesar de Norberto ter falhado no gol de empate do Villa Nova, o lateral direito foi bastante participativo na parte ofensiva. Marcou o primeiro gol e fez a finalização, que gerou o escanteio cobrado pelo Wesley na mão do goleiro. Na reposição, Norberto falhou na disputa de bola.
Matheus Ferraz demonstrou potencial para disputar a titularidade e ser importante peça de substituição, talvez até na função de volante.
Zé Ricardo, o melhor jogador americano na primeira fase, repetiu a produtividade. Defendeu, participou da troca de passes e fez lançamentos em profundidade, inclusive no gol marcado pelo Norberto.
Do Zé para a frente, os problemas permaneceram.
Matheus Sales ainda não justificou a contratação. Está perdido em campo. Não sabe se defende ou ataca.
Wesley pareceu fora de forma, mas em menos de 15 minutos, foi mais participativo que o Matheus Sales.
Magrão buscou o jogo, mas continuou a errar passes e cruzamentos. Poderá ser mais útil se for utilizado pela beirada.
Serginho tem o álibi de ter jogado mais adiantado, mas também oscilou quando foi escalado na função de meia-centralizado, nas outras partidas. Finalizou uma vez, de pé direito, com perigo.
Capixaba manteve a improdutividade. Não justificou a contratação nem para compor o grupo.
Matheus Santos foi reserva na Copa São Paulo 2017, e entrou bem em alguns jogos. Depois foi emprestado ao Guarani, para disputar o Módulo II. Após o empréstimo, teve contusão e jogo poucas vezes pelo sub-20, mas quando jogou foi pelo lado esquerdo. Na primeira partida pelo profissional, foi escalado equivocadamente no lado direito.
Pela direita, era preferível escalar o Aderlan ou Felipinho ou Renato Bruno.
Aliás, Enderson Moreira e comissão técnica deveriam ter utilizado outros jogadores, nesta primeira fase.
O mais injustiçado foi Christian. Merecia ter mais oportunidades e pelo menos uma vez ser escalado ao lado do Zé Ricardo. Nas poucas vezes que jogou de volante em 2017, manteve a regularidade. Saiu por contusão e parou de ter oportunidades.
Renato Bruno também deveria ter sido utilizado pelo menos uma vez.
Destaque para o lateral direito Ronaldo entre os relacionados, embora tenha atrasado o desenvolvimento sob o comando do Fred Pacheco, no ano passado. Não só ele, mas todos do sub-20, praticamente perderam um ano de desenvolvimento.
Na projeção da formação da equipe para disputar e permanecer na primeira divisão, falta o meia-centralizado, um atacante de lado e um centroavante.
Villa Nova:
Renan Rinaldi;
Marcelo Tchê, Gustavo Eugênio, Otávio e Maninho;
Elias Ceará, Paulo Vitor (Higor Felippe), Diogo Marzagão;
Iury (Leozinho), Daniel Morais e Pinguim (Filipinho)
Técnico: Ito Roque
América:
João Ricardo;
Norberto, Matheus Ferraz, Rafael Lima e Carlinhos;
Zé Ricardo, Matheus Sales (Juninho), Magrão;
Matheus Santos (Marquinhos), Serginho, Capixaba (Wesley);
Técnico: Enderson Moreira
Gols: Norberto e Filipinho
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Marco Antônio