segunda-feira, 26 de março de 2018

América 0 x 2 Atlético

Perder nunca é bom. Ser derrotado pelo rival, pior ainda.

Mas o grande objetivo de 2018 independe de vitórias nos clássicos.

Embora qualquer ponto conquistado seja um facilitador, o América poderá terminar o Brasileirão fora do Z4, sem ter vencido nenhum jogo contra a dupla rival.

Permanecer dois anos seguidos na primeira divisão com 20 clubes será um marco, que deve modificar a nossa história e ser o início da consolidação americana entre os grandes clubes brasileiros, neste século.

Na confronto contra o Atlético, a qualidade individual do adversário, clube consolidado na Série A, é bastante superior a do América, em busca da permanência, na primeira divisão.

Blanco, titular no América e reserva no Atlético, Rafael Moura, reserva no Atlético e titular absoluto no América, e Capixaba, sem oportunidades no Atlético e em estágio de desenvolvimento no América, são alguns exemplos da diferença qualitativa.

Os três atleticanos reservas que entraram, Blanco, Erick e Tomás Andrade, provavelmente seriam titulares no América.

Talvez só Messias e Zé Ricardo seriam titulares no Atlético. Ainda mais pelo possibilidade de venda.

Mesmo assim, os dois gols sofridos foram em falhas do time americano.

Zé Ricardo vacilou no início da jogada do primeiro gol. Será que ninguém gritou ladrão? Na sequência, Rafael Lima não teve velocidade para cortar o cruzamento rasteiro.

Apesar da falha no primeiro gol, Zé Ricardo, numa escala de prioridades, está longe de ser um dos problemas da equipe. Está mais próximo da solução. Superior aos laterais e jogadores do meio para frente. Ele e Messias foram os que mais se destacaram neste estadual.

No segundo gol, houve a repetição de um erro de posicionamento em cobrança de escanteio mal cobrado.

Outros defeitos crônicos do Mineiro foram repetidos.

Vulnerabilidade pelas laterais, baixo poder de criação, excessivo erro nos cruzamentos e ineficiência nas finalizações.

Jory fez uma grande defesa em cobrança de falta. Tem potencial para ser um dos grandes goleiros da história do América, mas sem a presença do João Ricardo, o time perdeu a bola de segurança recuada para o goleiro.

David, Norberto e Giovanni foram participativos na troca de passes, porém, com baixo poder de marcação.

O esforçado Juninho poderá ser mais produtivo se jogar na cobertura dos laterais, sem avançar. Do meio para frente é improdutivo.

Serginho manteve a irregularidade. Sumiu no primeiro tempo, apareceu no segundo.

Ruy tem mais poder de criação e finalização, mas jogou poucas vezes.

Renan Oliveira teve lampejos de produtividade.

Aylon nos clássicos foi pouco produtivo.

Luan é bastante competitivo, mas pouco produtivo.

A produtividade do Marquinhos também está baixa.

Rafael Moura, por enquanto, não justificou a contratação, nem o custo benefício. O He-Man está sem força para se importe fisicamente sobre os zagueiros, sem velocidade na arrancada e sem presença de área.

Com poucos destaques individuais, a força americana está no futebol coletivo e na padronização tática definida pelo Enderson Moreira e absorvida pela equipe. O maior defeito está na execução, devido a qualidade dos jogadores e até limite físico.

Sem Enderson Moreira, as dificuldades seriam bem maiores.

Na projeção da formação do elenco para disputar e permanecer na primeira divisão, os jogadores mais próximo do padrão Série A são:

João Ricardo.

Messias, atualmente o mais regular do time.

Rafael Lima, talvez devido a sequência de jogos, caiu de rendimento, em relação a 2017. Talvez seja interessante um revezamento com Matheus Ferraz.

Wesley, caso recupere o futebol, e Matheusinho, pelo potencial de evolução.

Existe a necessidade de contratar pelo menos mais três jogadores para o time titular.

- Um meia centralizado
- Um centroavante
- um atacante de lado

Todos com experiência vitoriosa na primeira divisão, qualidade técnica, velocidade, força e poder de finalização.

Para compor o grupo:
- Um zagueiro
- Talvez outro lateral direito.

América:
Jory,
Norberto, Messias, Rafael Lima e Giovanni;
Zé Ricardo e David (Marquinhos);
Aylon (Ruy), Serginho (Gérson Magrão) e Luan;
Rafael Moura
Técnico: Enderson Moreira

Atlético:
Victor,
Patric, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos;
Adilson e Elias; Luan (Gustavo Blanco), Cazares e Otero (Tomás Andrade);
Ricardo Oliveira (Erik)
Técnico: Thiago Larghi

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Marco Antônio