A repetição sem a melhoria contínua fica mais próxima da estagnação do que da perfeição.
Apesar do encaixe inicial, os erros de posicionamentos, baixa qualidade técnica e física de alguns componentes e a não utilização de peças de reposição comprometeram o desenvolvimento do time americano, no processo de reconstrução da equipe em 2019.
Até contra adversários pouco qualificados, houve sintomas de fragilidade do setor defensivo e ofensivo.
Os considerados titulares, Fernando Leal, Leandro Silva, Paulão, Diego Jussani e João Paulo, com a colaboração do Júnior Viçosa e Toscano nos lances de bola parada, foram bastante irregulares, principalmente devido aos erros de posicionamento na marcação.
Fernando Leal pareceu um pouco lento em alguns lances.
Leandro Silva e João Paulo foram envolvidos com facilidade na tarefa defensiva, mas se destacaram no apoio.
Paulão oscilou bons e maus momentos.
Por enquanto, Diego Jussani, com excessiva lentidão, foi o que o menos justificou a titularidade absoluta.
Ronaldo ou Pedrão ou Sávio, pelo menos um deles em cada jogo, deveria ter jogado mais vezes na primeira fase da competição, para ter um pouco mais de ritmo de jogo.
Na maioria dos jogos disputados, Zé Ricardo foi o principal destaque da equipe. Participou do combate, da saída de bola e distribuição das jogadas. Na posição de volante, tem total capacidade para exercer mais a função de armador, com passes verticais, lançamentos em profundidade, assistências para finalizações e chutes de longa e média distância.
Juninho repetiu a boa vontade e limitação ofensiva nos complementos das jogadas.
Christian ou Morelli deveria ter jogado mais vezes na primeira fase, a fim de ter mais ritmo de jogo.
A entrada do Sabino, estreando no profissional com um a menos no clássico contra o Atlético, foi totalmente prematura.
Felipe Azevedo e Neto Berola foram ineficientes na função defensiva e oscilaram na ofensiva.
Neto Berola foi mais eficaz do que Felipe Azevedo no ataque, mas ambos sem condicionamento físico ideal para jogar durante os 90 minutos em alta intensidade.
Toscano, equivocadamente aberto pelo lado esquerdo, foi contraprodutivo, sem poder de finalização e decisão. Em fase de readaptação ao futebol brasileiro, tem mais potencial para jogar avançado, pelo centro, próximo do centroavante, do Matheusinho e da grande área adversária.
Matheusinho foi mais produtivo quando flutuou e houve aproximação dos laterais, meias-atacantes e centroavante para facilitar a opção de trocar passes ou finalizar.
França pareceu que ia engrenar, mas não fez dois jogos seguidos na condição de titular, nem depois de ter marcado dois gols contra o Boa.
Ademir ou Felipinho ou França, pelo menos um deles, poderia ter jogado mais vezes na primeira fase, a fim de ter mais ritmo de jogo.
Júnior Viçosa teve boa movimentação fora da área, aproveitou assistências do Matheusinho, mas sem os cruzamentos dos laterais e aproximação do Toscano, teve baixo poder de finalização e decisão. Precisa ter mais presença de área e receber mais assistências para ser mais decisivo.
Jonatas Belusso deveria ter jogado mais vezes na primeira na primeira fase.
Ainda assim, com bastante competitividade, concentração e máxima eficiência ofensiva, os comandados do Givanildo deverão buscar a vitória no clássico e a classificação para a final do Mineiro.
Nos dois clássicos disputados com o Cruzeiro e um contra o Atlético, o time americano marcou 4 gols e sofreu 6.
Carece minimizar os erros defensivos e maximizar os ofensivos.
Possível time e sugestões de mudanças na formação básica do 4-2-3-1:
Fernando Leal;
Leandro Silva (Ronaldo), Paulão, Diego Jussani (Pedrão), João Paulo (Sávio);
Zé Ricardo, Christian;
Neto Berola (Felipe Azevedo, França), Toscano (França, Sávio, Ademir), Matheusinho (França, Sávio);
Júnior Viçosa (Jonatas Belusso)
Cruzeiro x América
sábado, 19h, Mineirão
Vamos vencer, Coelhão!
Acredita, América!
P.S.
- 4-4-2, sem a bola, na formação defensiva compactada, com todos jogadores no campo de defesa.
-- a primeira linha com 4;
-- a segunda também com 4;
-- e 2 jogadores, na frente das duas linhas.
- 3-4-3, com a bola:
-- 3 jogadores no início da transição;
-- 4 na segunda linha;
-- 3 mais avançados;
-- mais flutuações ofensivas dos laterais, volantes e do meia centralizado.
- 4-2-3-1, com e sem a bola, na distribuição tática mais espaçada:
-- primeira linha defensiva com 4 jogadores;
-- segunda com 2 volantes;
-- terceira com 3 meias;
-- última com 1 centroavante
-- mais flutuações ofensivas dos laterais, volantes e meia e centralizado
-- mais recomposição defensiva, principalmente dos meias-atacantes de lado.
Felipinho, Morelli, Ronaldo, Victor Emiliano e Ynaiã precisam ter oportunidades durante o Mineiro para começar a se acostumar com o ambiente profissional.
Ronaldo e Ynaiã deveriam ter chances programadas contra adversários menos qualificados ou durante jogos menos disputados.
Pedrão e Sávio também necessitam jogar para não sentir tanto a falta de ritmo de jogo.
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