Até contra adversários pouco qualificados, houve falhas do setor defensivo, formado pelos veteranos Fernando Leal, Leandro Silva, Paulão, Diego Jussani e João Paulo.
Vale lembrar que, Fernando Leal fez defesas salvadoras contra o fraquíssimo São Raimundo, porque houve falhas na marcação americana.
No outro jogo da Copa do Brasil, no segundo gol do Juventude, João Paulo perdeu a bola, gerou contra-ataque, Paulão não cortou o passe, Leandro Silva marcou a bola, e o adversário sobrou livre para dividir com Fernando Leal.
Erros básicos de posicionamento nos lances de bola parada ou em movimento, com adversários livres de marcação dentro da área para finalizar, prevaleceram nas competições disputadas.
No segundo jogo da semifinal do Mineiro, os três gols marcados pelo Cruzeiro evidenciaram a diferença de aproveitamento entre adversários de baixa qualidade e uma equipe adversária de alta qualidade.
Com menos chances criadas, o time cruzeirense foi bastante eficiente na marcação dos três gols.
De acordo com o Footstas, Cruzeiro finalizou 7 vezes, 4 certas e 3 erradas, e marcou 3 gols.
Enquanto os adversários pouco qualificados do América foram ineficientes na maioria das finalizações.
Deve ter sido o jogo com o maior número de finalizações americanas.
No total foram 18, 6 certas e 12 erradas.
Destaque para as 6 finalizações certas, duas do Matheusinho , uma do Christian, uma do Toscano, uma do Leandro Silva, e uma do Jonatas Belusso, a única de dentro da área.
Fábio fez pelo menos 4 defesas salvadoras, nas finalizações do Matheusinho, de pé esquerdo, Christian, Leandro Silva e Jonatas Belusso.
Contra adversários menos qualificados, possivelmente gols teriam sido marcados pelos jogadores americanos.
O gol do Leo foi dentro da pequena área, numa indecisão do Paulão, que não acompanhou, e Fernando Leal, que não saiu do gol.
No gol do do Fred, Toscano errou o passe no início da transição, mas Paulão e Jussani marcaram a bola e deixaram Fred livre de marcação, parecido com o primeiro gol do primeiro jogo da semifinal, em que Jussani não marcou Fred.
No gol do Rafinha, Paulão perdeu a dividida para o Raniel, não fez falta para matar a jogada no campo de ataque, e Fernando Leal desistiu de ir no lance, para dividir com Robinho.
Givanildo é mais responsável pelo ajuste final, vestiário e comando nos dias dos jogos.
Também faz parte das funções do Luiz Kriwat, gerenciar as atividades relacionadas à Comissão Técnica e áreas de apoio, além de acompanhar a performance dos atletas e da equipe.
Ainda faltou um diretor ou o superintendente Paulo Assis participar mais do futebol, igual acontece em todos ou em quase todos os clubes, com diretores executivos ou superintendentes.
Acima deles na estrutura hierárquica estão Salum e os componentes do Conselho de Administração formado pelo Batista, Dower, Fabiano e Racilan.
Se não viram o erro, erraram por não ter visto.
Se viram o erro e nada fizeram para acertar, foram coniventes.
Se viram o erro, tentaram mas não conseguiram acertar, faltou capacidade para fazer o acerto.
É bom destacar que segundo Salum, em entrevista na Itatiaia no fim de 2018, todas as decisões são tomadas em conjunto pelos componentes do Conselho de Administração.
Dentro de campo, na parte defensiva, Fernando Leal pareceu lento na saída de gol, até em bolas na pequena área, mas também foi bastante prejudicado pela má colocação dos marcadores americanos, principalmente do Paulão e Diego Jussani.
A primeira linha de quatro, quase sempre ficou mal posicionada dentro da área, e em muitos gols sofridos os adversários ficaram livres de marcação para finalizar.
Leandro Silva, Paulão, Diego Jussani e João Paulo marcaram mais a bola, sem acompanhar os adversários.
Paulão pareceu que ia evoluir com a sequência de jogos, mas no fim das contas cometeu vários erros de marcação.
Diego Jussani demonstrou baixa qualidade técnica e lentidão para justificar a titularidade absoluta.
Leandro Silva e João Paulo foram mais produtivos na tarefa ofensiva.
Outro defeito não consertado foi a posição do Toscano, aberto pelo lado esquerdo, sem velocidade para exercer a função de colaborar na marcação e participar do ataque.
Em processo de readaptação ao futebol brasileiro, deveria ter jogado mais pelo centro, próximo do centroavante, pisar mais na grande área, ser mais finalizador e decisivo.
No lado direito, Neto Berola demonstrou capacidade para ser um bom reserva, porque não tem condições físicas para jogar em alta intensidade durante os 90 minutos.
Felipe Azevedo oscilou e não demonstrou capacidade técnica e física para ser titular.
Apesar do atraso no processo de desenvolvimento devido a lesão no joelho, ainda assim, Matheusinho, no primeiro ano do segundo passo da transição profissional, que começa aos 21 e termina aos 23 anos, teve rendimento até acima da normalidade e dos meias-atacantes mais veteranos do time, que deveriam ser o suporte técnico dos mais novos.
Júnior Viçosa foi bastante dinâmico e participativo fora da área, mas faltou receber mais assistências, ter mais presença de área, ser mais finalizador e decisivo.
Embora a entrada do Christian, no lugar do Juninho, para formar dupla de volantes com Zé Ricardo, tenha qualificado a troca de passes e potencializado a posse da bola, foi uma mudança obrigatória, devido a lesão do Juninho, em vez de uma substituição técnica opcional.
Embora tenha falhado no primeiro jogo da semifinal, quando perdeu a posse de bola para dois jogadores do Cruzeiro, Zé Ricardo foi o principal destaque do time americano. Mesmo assim, tem total capacidade para evoluir nas assistências verticais para finalizações, nos lançamentos em profundidade e nas finalizações.
Ainda faltaram mudanças programadas.
Principalmente Pedrão, Sávio, Christian, por opção, Morelli, França, Ademir e Jonatas Belusso deveriam ter jogado mais vezes.
Do meio-de-campo para frente, com a participação do Leandro Silva e João Paulo, a correção do posicionamento do Toscano, mais um meia-atacante de lado bem capacitado, o time americano terá mais possibilidades de ser otimizado.
Considerando que quem jogou pouco no Mineiro, terá poucas chances de ser titular no Brasileiro, as prioridades para o time titular da Série B seriam:
- Goleiro
- dois zagueiros qualificados, com velocidade na transição e recomposição.
- um meia-atacante lado com poder de finalização, velocidade, resistência física e habilidade para defender e atacar em alta intensidade durante os 90 minutos.
Monitorar o mercado a fim de aproveitar oportunidades:
- Um lateral com poder de marcação.
- Um meia atacante centralizado, com poder de criação, finalização e decisão.
- Um meia-atacante de lado, com velocidade, poder de finalização e decisão.
Cruzeiro:
Fábio;
Edilson, Dedé, Leo e Egídio;
Lucas Silva (Ariel Cabral) e Lucas Romero;
Rafinha, Robinho e Rodriguinho (Jadson);
Fred (Raniel)
Técnico: Mano Menezes
América:
Fernando Leal;
Leandro Silva, Paulão, Diego Jussani e João Paulo;
Zé Ricardo e Christian;
Felipe Azevedo (França), Matheusinho, Toscano (Neto Berola);
Júnior Viçosa (Jonatas Belusso)
Técnico: Givanildo
P.S.
- 4-4-2, sem a bola, na formação defensiva compactada, com todos jogadores no campo de defesa.
-- a primeira linha com 4;
-- a segunda também com 4;
-- e 2 jogadores, na frente das duas linhas.
- 3-4-3, com a bola:
-- 3 jogadores no início da transição;
-- 4 na segunda linha;
-- 3 mais avançados;
-- mais flutuações ofensivas dos laterais, volantes e do meia centralizado.
- 4-2-3-1, com e sem a bola, na distribuição tática mais espaçada:
-- primeira linha defensiva com 4 jogadores;
-- segunda com 2 volantes;
-- terceira com 3 meias;
-- última com 1 centroavante
-- mais flutuações ofensivas dos laterais, volantes e meia e centralizado
-- mais recomposição defensiva, principalmente dos meias-atacantes de lado.
Felipinho, Morelli, Ronaldo, Victor Emiliano e Ynaiã precisam ter oportunidades durante o Mineiro para começar a se acostumar com o ambiente profissional.
Ronaldo e Ynaiã deveriam ter chances programadas contra adversários menos qualificados ou durante jogos menos disputados.
Pedrão e Sávio também necessitam jogar para não sentir tanto a falta de ritmo de jogo.
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