Apesar do risco defensivo sem a escalação do Zé Ricardo para aumentar o poder de marcação do meio-de-campo, Matheus Cavichioli só fez uma defesa num chute de fora de área, Igor Gomes cabeceou para fora a única chance do São Paulo, Tiago Volpi foi o destaque do adversário, e o time americano criou mais chances para conquistar a vitória.
Ainda assim, novamente faltou um artilheiro e/ou um atacante decisivo para transformar oportunidades criadas em gols.
As quatro finalizações no gol foram do Alê, Felipe Azevedo, Marlon e Ribamar.
Ademir, Juninho, Rodolfo e Zárate finalizaram para fora.
Na transição e construção ofensiva, Ademir foi o executor de jogadas de velocidade pelo lado, Alê, na função de primeiro volante, o distribuidor de uma intermediária a outra, Juninho, o explorador dos espaços pelo centro, Patric, o apoiador, e Zárate, o principal criador.
Felipe Azevedo, talvez pela dupla função defensiva-ofensiva, e Ribamar, talvez pela falta de cruzamentos feitos pelo alto, renderam menos do que deveriam render,
Mas a entrada do Alan Ruschel no lugar do Felipe Azevedo nada acrescentou.
Rodolfo no lugar do Ribamar desperdiçou chances numa falha de posicionamento do tempo da bola, quando ficou em impedimento e foi ineficiente na finalização dessa jogada, e numa outra finalização de cabeça.
As mudanças poderiam ter sido feitas com menos minutos de jogo no segundo tempo e com outros substitutos.
Yan Sasse para pegar ritmo de jogo e ser testado no lugar do Felipe Azevedo.
Juninho Valoura, em vez do Toscano, no lugar do Zárate.
Zé Ricardo no lugar do Juninho, para formar o trio de meio-de-campo com Alê e Valoura.
Aliás, a ausência do Zé Ricardo entre os titulares pode ter colaborado para a maior participação do Bauermann e Ricardo Silva, porque a dupla de zagueiros ficou mais exposta com a utilização de dois volantes e quatro atacantes.
Destaque para Alê e Patric, pela movimentação produtiva, Bauermann e Ricardo Silva, pela segurança defensiva, Ademir, pelas jogadas em alta velocidade, e Zárate pela produtividade e qualidade técnica.
No próximo confronto contra o Flamengo, Lucas Kal poderá formar o meio-de-campo com Alê e Juninho para a distribuição tática ficar mais equilibrada.
A escolha do centroavante está mais complicada, porque Chrigor, sub-21 em processo de aprimoramento e oscilação, Ribamar e Rodolfo renderam menos do que deveriam render neste Brasileirão.
Talvez ainda seja interessante tentar recuperar o Ribamar ou até escalar o Felipe Azevedo de falso 9, com Ademir pela direita e Zárate pela esquerda.
Ribamar é centroavante de área dependente das assistências precisas e principalmente dos cruzamentos pelo alto para serem finalizados.
Felipe Azevedo tem baixa velocidade para defender e atacar pelo lado e pouca resistência física para jogar mais de um tempo em alta intensidade.
Berrío deverá ser opção de centroavante para entrar durante o jogo.
Mas do mesmo modo que a contratação do Zárate qualificou o time americano, a diretoria do América vai precisar definir uma data limite para encontrar dentro da própria equipe uma solução para aumentar o número de gol feitos, ou contratar um atacante com poder de finalização e decisão.
São Paulo:
Volpi;
Galeano, Arboleda, Miranda e Reinaldo (Welington); Luan, Nestor, Igor Gomes (Calleri) e Gabriel Sara (Liziero); Rigoni e Pablo (Marcus Vinicius).
Técnico : Crespo
América:
Matheus Cavichioli;
Patric, Eduardo Bauermann, Ricardo Silva e Marlon (Chrigor);
Alê e Juninho;
Ademir (Yan Sasse), Zárate (Toscano), Felipe Azevedo (Alan Ruschel);
Ribamar (Rodolfo),
Técnico : Vagner Mancini