O gol feito pelo Alê, aos 49 minutos do segundo tempo, passou a sensação de vitória, porque o resultado recompensou a competitividade, determinação e persistência do time americano, que aumentou a invencibilidade para cinco jogos, jogou de igual para igual contra um adversário desfalcado mas qualificado, e especialmente por novamente ter demonstrado possiblidades de evolução durante o segundo turno do Brasileirão.
Ainda assim, houve falhas na recomposição e organização defensiva na jogada do gol sofrido, quando a vantagem numérica era americana, e nas oportunidades criadas pelo adversário.
A repetição do defeito crônico da ineficiência nas finalizações, a principal desvantagem competitiva dos comandados do Mancini , mais uma vez prejudicou o desempenho ofensivo.
De acordo com o Sofascore, o América finalizou duas vezes no gol, 8 para fora, criou uma grande oportunidade e perdeu uma grande chance, enquanto o Flamengo finalizou 5 vezes no gol, 3 pra fora, criou duas grandes oportunidades e perdeu uma grande chance.
Mas apesar de ser bastante finalizador, o time americano também sofre muitas finalizações.
A utilização de dois volantes e quatro atacantes pode facilitar a transição, a construção ofensiva, e aumentar o número de finalizações, mas dificulta a recomposição e organização defensiva, devido aos espaços cedidos na intermediária e pelo lado esquerdo.
Felipe Azevedo tem baixa velocidade para defender e atacar pela beirada, pouca resistência física para jogar em alta intensidade por mais de 45 minutos e foi ineficiente nas duas finalizações desperdiçadas. Talvez seja mais produtivo e eficiente se entrar durante o segundo tempo.
O posicionamento do Fabrício Daniel poderia ter sido mais pelo lado esquerdo ou avançado de centroavante, em vez de jogar com Ademir pela direita.
Na jogada do gol de empate, houve a participação de três jogadores que entraram no segundo tempo: Ribamar, na roubada de bola, Alan Ruschel, na tabela com Lucass Kal, e Alê, na finalização de cabeça.
Ademir, partindo pra cima avacoelhando geral, foi a principal opção ofensiva de velocidade.
Alê, Juninho e Lucas Kal foram bastantes participativos, produtivos e eficientes. Indicador de uma possível escalação do trio no meio-de-campo, a fim da distribuição tática ficar mais equilibrada entre defender e atacar. Zé Ricardo, Juninho Valoura e Ramon poderiam ser opções de substituição.
Zárate qualificou a construção ofensiva.
Isaque pareceu ter potencial de aproveitamento do meio-de-campo para a frente.
Destaque para Ademir, Alê, Bauermann, Juninho, Lucas Kal e Zárate.
Ainda falta definir um meia-atacante com mais velocidade e resistência física para jogar em alta intensidade pelo lado esquerdo e um centroavante.
Na indefinição de um centroavante decisivo, Ribamar parece ser a primeira opção com presença de área para fazer o pivô e finalizar cruzamentos precisos pelo alto. Berrío, quando estiver mais bem preparado fisicamente, Chrigor, Fabrício Daniel, Isaque, Rodolfo, Toscano e talvez Zárate seriam alternativas.
Outra opção seria deixar o Zárate centralizado mas recuado no corredor central, com Ademir pelo corredor direito e Fabrício Daniel pelo esquerdo.
América:
Matheus Cavichioli;
Patric, Ricardo Silva, Bauermann, Marlon (Alan Ruschel);
Lucas Kal, Juninho (Ribamar);
Ademir, Fabrício Daniel (Alê), Zárate (Isaque), Felipe Azevedo (Rodolfo)
Técnico : Vagner Mancini
Flamengo:
Gabriel Batista;
Matheuzinho (Rodinei), Gustavo Henrique, Léo Pereira e Renê;
Willian Arão (Lázaro), Thiago Maia, Diego (Andreas Pereira);
Vitinho (Michael), Pedro, Bruno Henrique (Kenedy).
Técnico : Renato Gaúcho