segunda-feira, 27 de setembro de 2021

América-MG 1 x 1 Flamengo-RJ

O gol feito pelo Alê, aos 49 minutos do segundo tempo, passou a sensação de vitória, porque o resultado recompensou a competitividade, determinação e persistência do time americano, que aumentou a invencibilidade para cinco jogos, jogou de igual para igual contra um adversário desfalcado mas qualificado, e especialmente por novamente ter demonstrado possiblidades de evolução durante o segundo turno do Brasileirão. 

Ainda assim, houve falhas na recomposição e organização defensiva na jogada do gol sofrido, quando a vantagem numérica era americana, e nas oportunidades criadas pelo adversário.

A repetição do defeito crônico da ineficiência nas finalizações, a principal desvantagem competitiva dos comandados do Mancini , mais uma vez prejudicou  o desempenho ofensivo.

De acordo com o Sofascore, o América finalizou duas vezes no gol, 8 para fora, criou uma grande oportunidade e perdeu uma grande chance, enquanto o Flamengo finalizou 5 vezes no gol, 3 pra fora, criou duas grandes oportunidades e perdeu uma grande chance. 

Mas apesar de ser bastante finalizador, o time americano também sofre muitas finalizações. 

A utilização de dois volantes e quatro atacantes pode facilitar a transição, a construção ofensiva, e aumentar o número de finalizações, mas dificulta a recomposição e organização defensiva, devido aos espaços cedidos na intermediária e pelo lado esquerdo. 

Felipe Azevedo tem baixa velocidade para defender e atacar pela beirada, pouca resistência física para jogar em alta intensidade por mais de 45 minutos e foi ineficiente nas duas finalizações desperdiçadas.  Talvez seja mais produtivo e eficiente se entrar durante o segundo tempo. 

O posicionamento do Fabrício Daniel poderia ter sido mais pelo lado esquerdo ou avançado de centroavante, em vez de jogar com Ademir pela direita. 

Na jogada do gol de empate, houve a participação de três jogadores que entraram no segundo tempo: Ribamar, na roubada de bola, Alan Ruschel, na tabela com Lucass Kal, e Alê, na finalização de cabeça. 

Ademir, partindo pra cima avacoelhando geral, foi a principal opção ofensiva de velocidade. 

Alê, Juninho e Lucas Kal foram bastantes participativos, produtivos e eficientes. Indicador de uma possível escalação do trio no meio-de-campo, a fim da distribuição tática ficar mais equilibrada entre defender e atacar.  Zé Ricardo, Juninho Valoura e Ramon poderiam ser opções de substituição. 

Zárate qualificou a construção ofensiva. 

Isaque pareceu ter potencial de aproveitamento do meio-de-campo para a frente. 

Destaque para Ademir, Alê, Bauermann, Juninho, Lucas Kal e Zárate. 

Ainda falta definir um meia-atacante com mais velocidade e resistência física para jogar em alta intensidade pelo lado esquerdo e um centroavante. 

Na indefinição de um centroavante decisivo, Ribamar parece ser a primeira opção com presença de área para fazer o pivô e finalizar cruzamentos precisos pelo alto. Berrío, quando estiver mais bem preparado fisicamente, Chrigor, Fabrício Daniel, Isaque, Rodolfo, Toscano e talvez Zárate seriam alternativas. 

Outra opção seria deixar o Zárate centralizado mas recuado no corredor central, com Ademir pelo corredor direito e Fabrício Daniel pelo esquerdo.

América:
Matheus Cavichioli; 
Patric, Ricardo Silva, Bauermann, Marlon (Alan Ruschel); 
Lucas Kal, Juninho (Ribamar);
Ademir, Fabrício Daniel (Alê),  Zárate (Isaque), Felipe Azevedo (Rodolfo)
Técnico : Vagner Mancini

Flamengo:
Gabriel Batista; 
Matheuzinho (Rodinei), Gustavo Henrique, Léo Pereira e Renê;
Willian Arão (Lázaro), Thiago Maia, Diego (Andreas Pereira); 
Vitinho (Michael), Pedro, Bruno Henrique (Kenedy). 
Técnico : Renato Gaúcho