Os comandados do Mancini venceram, convenceram e principalmente demonstraram possibilidades de melhorar o desempenho no segundo turno do Brasileirão da Série A, porque o time foi bastante competitivo, determinado, equilibrado e organizado taticamente, com consistência na defesa, velocidade na recomposição e transição, e eficiência nos gols marcados pelo Felipe Azevedo e Lucas Kal.
O modelo de jogo implantado pelo Mancini durante a competição pareceu mais bem incorporado pelos jogadores americanos, devido a sequência de jogos, tempo de treinamento e especialmente mais opções em qualidade e quantidade na escalação entre titulares e reservas.
Lucas Kal, utilizado na dupla de volantes, evidenciou a importância do equilíbrio básico do futebol entre defender e atacar próximo da máxima perfeição.
O setor defensivo só foi superado em dois lances de bola parada e numa jogada de contra-ataque.
Apesar dos dois gols marcados na vitória americana, faltou mais poder de finalização para Felipe Azevedo e principalmente Ribamar, e mais eficiência nas finalizações do Ademir e Fabrício Daniel.
A entrada do Alê, Berrío, Zárate, Rodolfo e Zé Ricardo demonstraram a importância de ter peças de reposição em condições de disputar a titularidade, entrar durante a partida e até melhorar a produtividade.
Ainda assim, Juninho Valoura e Yan Sasse, que pareceu ser promissor, ficaram sem jogar.
Só Ribamar foi um pouco menos produtivo entre os 11 titulares.
Alê, Zárate e Zé Ricardo mantiveram a produtividade entre os que entraram.
Destaque para força do futebol coletivo, competitivo, e organizado, especialmente para Lucas Kal, pelo poder de marcação, precisão de 100% na bola longa e pelo gol marcado.
Vale destacar o acaso favorável sempre presente nas grandes conquistas.
Dificilmente Lucas Kal teria sido escalado de volante com muitos jogadores a disposição.
Talvez a suspensão do Felipe Azevedo devido ao terceiro cartão amarelo colabore para o aumento da produtividade do time americano.
Rodolfo possivelmente deve ser a opção mais convencional para substituir Felipe Azevedo contra o Corinthians.
Mas também poderá ser interessante utilizar um esquema tático mais bem distribuído.
Em vez de quatro atacantes, escalar Alê ou Juninho Valoura no meio-de-campo com Lucas Kal e Juninho, e deslocar Fabrício Daniel para o lado esquerdo para formar o ataque com Ademir e Ribamar.
Vamos vencer, Coelhão!
América-MG:
Matheus Cavichioli;
Patric, Bauerman, Ricardo Silva e Marlon;
Lucas Kal (Zé Ricardo), Juninho;
Ademir (Alê) , Fabrício Daniel (Berrío), Ribamar (Zárate) e Felipe Azevedo (Rodolfo).
Técnico: Mancini
Athletico-PR:
Santos;
Marcinho, Pedro Henrique, Thiago Heleno e Abner;
Erick, Christian (Renato Kayzer), Richard e Pedro Rocha (Carlos Eduardo);
David Terans (Márcio Azevedo) e Bissoli (Jader).