As duas estratégias diferentes utilizadas em cada tempo do jogo fizeram prevalecer a força do futebol coletivo, competitivo, eficiente e organizado dos comandados pelo Mancini.
O América conquistou mais três pontos, ampliou para seis jogos a sequência de invencibilidade no Brasileirão, novamente demonstrou potencial de evolução no segundo turno, a fim de pelo menos permanecer na primeira divisão, principal objetivo americano, e até ficar mais bem classificado entre os 16 primeiros colocados e garantir a participação numa das competições sul-americanas de 2022.
No primeiro tempo, o time americano ficou mais exposto com a utilização de praticamente dois volantes e quatro atacantes, foi incomodado no setor defensivo, mas também foi mais ofensivo, quando jogou no campo do adversário, marcou o primeiro gol aos 12 minutos e criou duas grandes chances para ampliar o marcador.
Com a vantagem no placar, o Coelhão defendeu mais do que atacou no segundo tempo, aumentou a consistência defensiva, principalmente quando utilizou três meios-campistas, anulou a construção ofensiva do adversário e fez o segundo gol numa jogada de contra-ataque.
Faltou mais poder de finalização e decisão para Felipe Azevedo e Fabrício Daniel.
Talvez seja mais interessante escalar um deles para jogar pelo, possivelmente Fabrício Daniel, para jogar pelo lado esquerdo e formar o trio ofensivo com Ademir e Zárate.
O lado direito com Ademir e Patric foi mais produtivo e eficiente na dupla função defensiva-ofensiva do que o lado esquerdo com Marlon e Felipe Azevedo, porque embora tenha sido participativo, Felipe Azevedo tem baixa velocidade para fazer a recomposição e transição em alta intensidade.
Alê e Lucas Kal ficaram sobrecarregados na marcação, especialmente na intermediária defensiva, mas Alê, de acordo com o SofaScore, foi o americano com mais passes certos e Lucas Kal foi mais produtivo e eficiente na bola longa, na transição e construção ofensiva do que na recomposição e organização defensiva.
Com a escalação do Lucas Kal, Juninho e Juninho Valoura a distribuição tática ficou mais equilibrada e a consistência defensiva mais sólida.
Valoura tem potencial para ser mais bem aproveitado num trio do meio-de-campo.
Ribamar fez o pivô com Marlon e Lucas Kal na jogada do gol do Ademir.
Enfim, ainda falta definir um meia-atacante mais decisivo para inicialmente formar o trio ofensivo com Ademir e Zárate, e um terceiro meio-campista, com poder de marcação e construção, mas as possibilidades estão aparecendo e o futebol coletivo prevalecendo.
Destaque para Marlon e principalmente Patric, pela participação defensiva-ofensiva, Bauermann, pela segurança defensiva, Lucas Kal pela assistência para o gol, Ademir, partindo pra cima avacoelhando geral e especialmente Zárate, pelo gol de falta, pela produtividade, qualidade técnica e pelo controle do ritmo do jogo.
Cuiabá:
Walter;
João Lucas, Marllon (Alan Empereur), Paulão, Auremir (Uillian Correia) e Uendel;
Jonathan Cafú e Pepê; Jenison (Elton), Clayson e Osman (Rafael Gava).
Técnico: Jorginho
América:
Matheus Cavichioli;
Patric (Diego Ferreira), Ricardo Silva, Bauermann, Marlon;
Lucas Kal e Alê (Juninho);
Ademir, Zárate (Juninho Valoura), Fabrício Daniel (Ribamar), Felipe Azevedo (Rodolfo),
Técnico: Mancini
Gols : Zárate e Ademir