sexta-feira, 29 de abril de 2022

América-MG 2 x 3 Tolima-COL

O desempenho do time americano poderia ser considerado convincente, até os 19 minutos do segundo tempo, porque dominou e criou oportunidades na primeira etapa, vencia o confronto por 1 a 0, com o gol do Pedrinho, numa jogada iniciada pelo Matheusinho e com assistência do Paulinho, que deixou o adversário no chão,  e ainda controlava o jogo. 

Embora tenha qualidade no passe, Lucas Kal,  muito avançado junto com o time no campo ofensivo, errou um lance forçado e gerou o contra-ataque para o adversário marcar o primeiro gol. 

Depois do gol de empate, o Tolima aproveitou os espaços gerados no meio-de-campo americano, com só dois jogadores na marcação e passou a ser mais agressivo. 

Mesmo assim, os comandados do Mancini, numa jogada de transição rápida,  com a participação do Patric, Pedrinho e Índio, fizeram o segundo gol aos 31 minutos da segunda etapa.

A partir desse gol de desempate, faltou equilibrar a distribuição tática, que estava só com dois jogadores no meio-de-campo e quatro no ataque, igual o segundo tempo contra o Santos, em que sofreu dois gols.

A demora em fazer uma mudança com a escalação de um zagueiro ou um volante ou até um lateral para fazer dobra pelo lado esquerdo no lugar de um atacante facilitou a marcação do segundo gol de empate do adversário aos 42 do segundo tempo.

Conti deveria ter entrado rapidamente no lugar do mais cansado entre Matheusinho e Pedrinho. 

Ou Valoura poderia ter entrado no lugar de um dos atacantes, para reforçar a marcação no meio-de-campo e qualificar a saída de bola. 

Ou Conti para reforçar a marcação pelo lado esquerdo com João Paulo. 

Ou Zé Ricardo, um dos destaques contra o Atlético, Juventude e CSA, ser escalado no sacrifício. 

As lesões do Alê e Everado evidenciaram a necessidade de fazer revezamento ou priorizar uma competição, no caso o Brasileirão, devido ao desgaste provocado pela sequência de jogos e viagens seguidas e a limitação da equipe para fazer rodízio. 

Ainda existe a necessidade de o Cáceres ser mais convincente para revezar com Patric, de um lateral esquerdo mais bem condicionado fisicamente e taticamente para substituir ou disputar a titularidade com Marlon, de encontrar os substitutos para Alê e Juninho, e de um centroavante com poder de decisão para substituir Wellington Paulista.

Apesar de ter participado da jogada do segundo gol e da habilidade demonstrada, Índio necessita simplificar as jogadas, em vez de tentar enfeitar todos os lances. 

Maidana e Éder, no momento, parecem formar a melhor dupla de zagueiros.

Para compensar ou descompensar, Carlos Alberto, Everaldo, Felipe Azevedo, Paulinho, Pedrinho e Matheusinho são opções para fazer revezamento pelos extremos opostos. 

Paulinho poderá ser muito mais produtivo e eficiente em outra posição e função sem ser fixo avançado pelo centro. 

Aloísio deverá ser opção de revezamento com Wellington Paulista ou jogar pelo lado ou até de meia-centralizado. 

Na transformação do DND formador em aproveitador, Arthur, Kawê e Rodriguinho precisam ter chances no principal ou transitar para o Sub-20. Quanto mais vezes jogar, mais rapidamente prontos vão ficar.

Gustavinho carece potencializar a regularidade para ser mais produtivo e eficiente. 

Com ausência do Alê contra o Athletico-PR, talvez seja mais interessante reforçar o meio-de-campo com Zé Ricardo, Juninho e Lucas Kal ou Valoura, ou optar pela entrada do Índio, com opção do Matheusinho para jogar mais centralizado. 

América: 
Jailson; 
Patric, Maidana, Éder e João Paulo; 
Lucas Kal (Flávio), Juninho e Alê (Matheusinho); 
Pedrinho e Paulinho Boia (Carlos Alberto), Felipe Azevedo (Índio).
Técnico: Mancini

Tolima: 
Domínguez; 
Marulanda, Quiñones, Caicedo e Hernández; Ríos (Orozco), Rovira (Ureña) e García (Miranda); Plata, Lucumí e Ramírez (Rangel).
Técnico: Hernán Torres

Gols: Pedrinho e Índio