De acordo com Mancini, um dos motivos para o baixo rendimento do América no primeiro turno do Brasileirão foi o desgaste físico e mental provocado pela sequência de jogos da Copa do Brasil, Mineiro e Sul-Americana.
Mas depois do fim da Copa do Brasil e Sul-Americana, e da paralisação da última data Fifa do ano, o time americano, disputando só o Brasileirão, escalado para enfrentar o Flamengo pareceu precisar mais do que as cinco mudanças permitidas, a fim de jogar dois tempos em alta intensidade.
O desgaste físico, o elevado número de lesões e o psicológico constantemente abalado durante a temporada deveriam ser mais bem tratados, porque também foram entraves no rendimento da equipe.
Na parte tática, a certeza da dúvida deveria ser entre utilizar três zagueiros ou quatro jogadores no meio-campo, com a escalação do Benítez, mas com dois atacantes, Felipe Azevedo e Mastriani, sem o retorno dos três atacantes utilizados pelo Mancini, especialmente Everaldo, que repetiu a improdutividade ofensiva.
Com o afastamento do Pedrinho e Paulinho Boia, e a lesão do Matheusinho, Adyson deveria ter prioridade entre os substitutos, porém para jogar no lado direito, posição em que está mais acostumado.
O baixo desempenho do Daniel Borges e Éder evidenciou a repetição dos defeitos defensivos na lateral e na zaga.
Aliás, é preocupante a possível renovação do Danilo Avelar, eficiente na bola alta, mas sem velocidade de recomposição, e Maidana, sem imposição física, impulsão e velocidade, ambos reservas em 2022 e transformados titulares em 2023.
Ainda as situações dos contratos do Éder, que despencou o rendimento este ano, Burgos e Wanderson, que não justificaram as respectivas contratações e reforçaram repetidas vezes o time do DM.
Além da necessidade dos reforços qualificados para as laterais e dupla de zaga, o promissor Júlio, Marlon e Ricardo Silva, deveriam permanecer na equipe em 2024.
Mesmo assim, Marlon poderia ser testado na função de armador pelo lado direito.
Lucas Kal poderia voltar a jogar de zagueiro, porque de primeiro volante corre mais atrás do adversário do que combate de frente.
Na transformação do DNA formador em aproveitador, Rafael Barcelos e Jhow deverão ser testados na zaga.
Samuel poderia ser mais utilizado na lateral direita do Sub-20, do que atacante de lado, porque as chances de aproveitamento no principal serão maiores na lateral.
Heitor poderia ser efetivado no meio-campo, porque terá mais espaço para fazer infiltrações.
Kauã, estilo Cerezo, precisa ter mais poder de finalização de longa distância e dentro da área adversária, mas tem potencial para ser utilizado na posição de primeiro volante em 2024.
Talvez seja interessante Wanderson ser transformado em centroavante.
América:
Jori;
Daniel Borges, Eder, Julio e Marlon;
Lucas Kal, Martínez (Benítez), Alê (Rodriguinho);
Everaldo (Adyson), Mastriani (Renato Marques) e Felipe Azevedo (Ighor Gabryel). Técnico: Diogo Giacomini
Flamengo:
Rossi;
Matheuzinho (Wesley), Fabrício Bruno, Leo Pereira e Ayrton Lucas (Filipe Luís);
Pulgar, Gerson (Luiz Araújo), Arrascaeta (Everton Ribeiro);
Bruno Henrique (Thiago Maia), Pedro e Cebolinha.