Apesar de o resultado ter sido melhor que o desempenho, o time americano manteve a regularidade, a resistência e conquistou mais três pontos.
Talvez tivesse sido mais produtivo e eficiente o retorno do Juninho no lugar do Geovane e a manutenção do Toscano no time titular.
Com Juninho e Geovane, faltou mais qualidade na transição ofensiva, mais poder de criação e finalização.
Geovane tentou ser mais marcador do que criador, porque o lado esquerdo com Sávio e Felipe Azevedo ficou vulnerável.
Felipe Azevedo tem pouca velocidade e resistência física para defender e atacar pelo lado.
Sávio ficou mais exposto sem a constante recomposição defensiva do Felipe Azevedo, mas foi participativo no início da transição, na distribuição das jogadas e nos lançamentos.
De acordo com o SofaScore, Sávio novamente foi o americano com mais ações, números de passes certos e acertos na bola longa.
A melhor participação ofensiva do Geovane foi na finalização travada, que originou a jogada do primeiro gol do Ademir.
Embora seja sub-23 em fase de desenvolvimento e oscilação, e com bom índice de acerto no passe e poder de finalização, o rendimento do Geovane ainda está abaixo do desejado para justificar as oportunidades seguidas.
Se João Gabriel ou Lucas Luan, preferencialmente no meio-de-campo, ou Vitão ou outro prata da casa tivessem 33 (número de sorte do Ronaldo Rex2), chances, estariam mais bem preparados para disputar a titularidade.
O DNA formador deve ser transformado em aproveitador entre os titulares.
A entrada do João Paulo, pelo corredor esquerdo, pra formar o trio do meio-de-campo com Flávio e Juninho foi bastante interessante.
Mas na mesma mudança faltou Lohan ou Vitão no lugar do Felipe Azevedo, com Leo Passos deslocado para o lado esquerdo.
Aliás, o sub-23 Leo Passos, em fase de evolução e irregularidade, apareceu efetivamente no ataque na jogada do pênalti, na cobrança e conversão da penalidade, e na assistência para Ademir fazer o primeiro gol.
Na função de centroavante, Leo Passos precisa ser mais produtivo no ataque.
Mais uma vez ficou a impressão de que seria mais proveitoso Leo Passos ser utilizado pelo lado esquerdo para defender e atacar e Felipe Azevedo jogar mais centralizado.
Se Flávio, João Paulo e Lohan ou Vitão tivessem entrado aos 15 minutos do segundo tempo, a quarta mudança poderia ser Toscano no lugar do Leo Passos aos 30 minutos, com o João Paulo e Sávio na dobra pela esquerda.
Com Flávio, Juninho e Sabino a postura ficou mais defensiva.
Ainda assim, num esticão do Juninho e na persistência do Ademir, o terceiro gol foi marcado quase no fim do jogo.
Destaque para Messias e Anderson, pela segurança defensiva, e Ademir, pela busca obsessiva e incessante do gol e pelos dois gols marcados.
América:
Matheus Cavichioli;
Diego Ferreira, Messias, Anderson, Sávio (Sabino);
Zé Ricardo (Flávio), Juninho, Geovane (João Paulo);
Ademir, Léo Passos (Felipe Augusto), Felipe Azevedo (Toscano)
Técnico: Lisca
Brasil de Pelotas:
Rafael Martins;
Rodrigo Ferreira, Leandro Camilo, Héverton e Bruno Santos;
Pablo Oliveira (João Ananias), Souza e Matheus Oliveira (Thalles);
Bruno José (Jarro), Gabriel Poveda (Luiz Henrique) e Dellatorre (Danilo Gomes)
Técnico: Hemerson Maria
Gols Léo Passos, Ademir (2)