O América desperdiçou grande oportunidade de ter conquistado três pontos, goleado e se aproximado do primeiro colocado da Série B.
Defeitos crônicos de execução dos jogadores americanos no último passe e principalmente nas finalizações, mais uma vez, comprometeram o desempenho ofensivo.
Ademir, Felipe Augusto e Felipe Azevedo perderam chances de gols.
O mais preocupante é que Felipe Augusto repetiu a ineficiência nas finalizações do Mineiro de 2020 e Felipe Azevedo a da temporada de 2019.
Desde o ano passado, Felipe Azevedo demonstrou baixa velocidade, intensidade e resistência para jogar dois tempos.
A escalação do Leo Passos, sub-21 em fase de aprimoramento e oscilação, entre os titulares, novamente, representou a limitação física e técnica da equipe americana e a falha de planejamento na transição dos pratas da casa pro principal.
Embora tenha sido participativo nos passes, Leo Passos, improvisado de centroavante, foi improdutivo nas conclusões.
Na ausência de um centroavante definidor, bem preparado fisicamente e tecnicamente, para jogar em alta intensidade, Vitão deveria ter sido mais utilizado desde a primeira fase do Campeonato Mineiro.
O DNA formador precisa ser transformado em aproveitador entre os titulares.
Apesar da capacidade e experiência do Paulo Ricardo, técnico do Sub-20, o aproveitamento dos pratas da casa no time titular do profissional está praticamente nulo, desde a gestão do Paulo Bracks, nas categorias de base.
Com a promoção do Paulo Bracks pra direito do futebol profissional e Fred Carscado na direção da base, as falhas de formação do sub-17 pro sub-20 e da transição pro principal continuaram.
Berola, que bem preparado fisicamente suporta só 45 minutos, e Guilherme ainda estão sem ritmo físico e técnico para jogar em alta intensidade.
Geovane manteve a oscilação de um sub-23 em fase de aprimoramento.
Falta contratar um meia-atacante de lado, com capacidade física e técnica, para ser o titular de um dos extremos.
E um meia-centralizado, com poder de criação, finalização e decisão.
Preferencialmente, com experiência vitoriosa.
Destaque para Messias e Anderson, pela segurança defensiva, Sávio e Zé Ricardo, entre os passadores, e a participação ofensiva do Alê, principalmente no primeiro tempo, quando jogou mais de meia-armador do que segundo volante.
América
Matheus Cavichioli;
Diego Ferreira, Messias, Anderson e Sávio;
Zé Ricardo, Juninho (Geovane), Alê (Toscano);
Ademir (Felipe Augusto), Léo Passos (Guilherme) e Felipe Azevedo (Berola).
Técnico: Lisca.
Guarani:
Gabriel Mesquita;
Cristóvam, Wálber, Didi e Erick Daltro;
Arthur Rezende (Lucas Abreu), Murilo Rangel (Deivid), Lucas Crispim, Bruno Sávio (Alan, Giovanny) e Waguininho;
Rafael Costa (Renanzinho).
Técnico: Ricardo Catalá.