segunda-feira, 17 de maio de 2021

América-MG 0 x 0 Atlético-MG

Apesar do baixo poder de finalização, especialmente no primeiro tempo, os comandados do Lisca neutralizaram o adversário, buscaram o controle do jogo com postura ofensiva, e no segundo tempo criaram oportunidades para ter vencido o rival.

Matheus Cavichioli só fez uma defesa difícil. Ainda assim, numa jogada mais por obra do acaso e consequência da falha do posicionamento defensivo americano do que que construída pelo ataque atleticano, quando Marlon, Eduardo Bauermann, Anderson e Diego Ferreira deixaram de interceptar um cruzamento rasteiro feito pelo Guga, e no bate-rebate a bola sobrou para Hulk finalizar. 

Na segunda etapa, houve dois lances de pênaltis, em cima do Anderson e Eduardo Bauermann, que poderiam ter sido marcados.

Um cruzamento direto do Marlon pro gol, uma finalização perigosa do Bruno Nazário e outra do Rodolfo obrigaram Everson a fazer três defesas importantes, enquanto Matheus Cavichioli não foi incomodado. 

Depois da expulsão do Alan aos 28 do segundo tempo, o adversário ficou mais retrancado, o confronto virou ataque contra defesa e a transformação do poder ofensivo do Coelhão em finalizações certas ficou dificultada. 

Em relação as necessidades de melhoria, faltou Anderson acertar mais vezes o passe entre linhas na saída de bola.

Bruno Nazário, Rodolfo e principalmente Felipe Azevedo foram pouco produtivos na tarefa ofensiva no primeiro tempo.

Mas no segundo tempo, as principais finalizações foram do Bruno Nazário e Rodolfo. 

Felipe Azevedo está sem resistência física e velocidade para exercer a dupla função defensiva-ofensiva pelo lado.

Na transformação do DNA formador em aproveitador,  Lucas Gabriel, Sabino e Thalys foram relacionados, mas desde 2017 o time principal está sem nenhuma novidade promovida pela base entre os titulares. 

O desafio do Lisca será encontrar o melhor posicionamento funcional para Ademir, Bruno Nazário e Rodolfo entre os titulares para buscar o título da competição no segundo jogo da final. 

Talvez seja mais interessante um losango no meio-de-campo, com Zé Ricardo, Juninho, Alê e Bruno Nazário, com Ademir e Rodolfo avançados e/ou voltar a utilizar Zé, Juninho e Alê, no trio do meio-de-campo, e Ademir, Rodolfo e Bruno Nazário formarem o trio ofensivo. Zé Ricardo seria a sustentação para as jogadas pelo corredor direito feitas pelo Diego Ferreira, Juninho e Ademir, e pelo corredor esquerdo, com Marlon, Alê e Bruno Nazário. Rodolfo jogaria mais centralizado e dentro da área, a fim de aumentar o poder de finalização e decisão. 

Destaque para a força do futebol coletivo, competitivo e bem organizado dos comandados do Lisca, para a estreia do Marlon em clássico, a solidez defensiva do Matheus Cavichioli, Diego Ferreira, Anderson, Eduardo Bauermann e Marlon na maioria dos lances disputados, e mais uma vez para Zé Ricardo e Alê, por terem comandado o meio-de-campo e praticamente participado das quatro fases do modelo de jogo utilizado pelo Lisca. 

América na formatação básica 4-2-2, sem contar a posse ou não da bola e as variações posicionais. 
Matheus Cavichioli; 
Diego Ferreira, Anderson, Eduardo Bauermann e Marlon; 
Juninho (Leandro Carvalho), Zé Ricardo (Ramon), Alê, Felipe Azevedo (Ribamar) 
Bruno Nazário (Ademir), Rodolfo (Lohan)
Técnico: Lisca

Atlético:
Everson; 
Guga, Igor Rabello, Junior Alonso e Dodô (Eduardo Sasha); 
Réver (Allan), Tchê Tchê, Guilherme Arana e Nacho Fernández (Hyoran); 
Savarino (Diego Tardelli),  Hulk (Alan Franco)
Técnico: Cuca