Apesar de ter sido um confronto equilibrado, o defeito crônico da ineficiência nas finalizações prejudicou o desempenho dos comandados do Lisca e facilitou a derrota americana.
De acordo com o SofaScore, o América acertou 4 finalizações no gol, 6 para fora e 4 travadas, enquanto o adversário finalizou 5 vezes no gol, 5 pra fora e uma travada.
Mas também houve defeitos defensivos.
Erros individuais do Anderson e do Bruno Nazário permitiram finalizações perigosas dos adversários.
Falhas de posicionamento na organização defensiva possibilitaram uma cabeçada do Renato Kayzer, livre de marcação dentro da área, e o gol da vitória do Athetico-PR.
Aliás, na origem da jogada do gol sofrido por acaso, Carlos Eduardo recebeu desmarcado, teve muita facilidade para dominar, parar, olhar e fazer o cruzamento, sem a tentativa de bloqueio pelo Diego Ferreira, e Mateus Babi também ficou livre da marcação do Eduardo Bauermann e Alan Ruschel.
Sem a contratação dos reforços necessários para fazer a diferença técnica individual, aumentar a vantagem competitiva e permanecer na primeira divisão, talvez tivesse sido mais interessante Ademir entre os titulares no lugar do Felipe Azevedo, porque tem mais intensidade, poder ofensivo e velocidade de transição.
Felipe Azevedo tem baixa velocidade na recomposição, pouca resistência física para defender e atacar e está ineficiente nas finalizações.
Com a presença do Ademir, Bruno Nazário teria mais opção para fazer lançamentos, inclusive com a participação ofensiva dos laterais, e Rodolfo poderia ter jogado mais dentro da área, a fim de ser mais finalizador e decisivo.
O corredor esquerdo seria formado pelo Marlon, com bastante potencial defensivo e ofensivo, Alê e Bruno Nazário.
Pela direita, Diego Ferreira, que carece ser mais produtivo e regular na defesa e no ataque, Juninho e Ademir.
Zé Ricardo manteria a sustentação pelo corredor central.
Mesmo assim, existe a necessidade de outras mudanças e principalmente a contratação de reforços durante a competição.
Eduardo deveria ser mais utilizado na lateral direita, a fim de aumentar a regularidade produtiva na tarefa defensiva e ofensiva.
Apesar do número limitado de zagueiros para disputar o Brasileirão e a Copa do Brasil, Ricardo Silva poderia revezar a titularidade com Anderson e Eduardo Bauermann ou formarem um trio defensivo.
Ainda falta na equipe um zagueiro, um meia-atacante e/ou armador e principalmente um centroavante com mais presença de área, poder de finalização e decisão.
Na transformação do DNA formador em aproveitador, poderá ser mais proveitoso Carlos Alberto e Gustavinho, em fase de aprimoramento e oscilação, jogarem mais vezes no Sub-20 do que só treinar ou ser escalado em caso de necessidade emergencial no principal.
Destaque para Matheus Cavichioli, Eduardo Bauermann, Marlon, Zé Ricardo, o posicionamento tático do Juninho, Alê, e Rodolfo, mas sem ser na função de centroavante definidor e decisivo.
Athletico-PR
Santos;
Khellven (Marcinho), Pedro Henrique, Thiago Heleno e Abner;
Richard, Christian (Leo Cittadini) e Jadson (Carlos Eduardo);
Vitinho (Terans), Nikão e Renato Kayzer (Matheus Babi)
Técnico: António Oliveira
América-MG:
Matheus Cavichioli,
Diego Ferreira, Anderson, Eduardo Bauermann e Marlon (Alan Ruschel);
Juninho, Zé Ricardo, Alê e Bruno Nazário (Geovane);
Rodolfo (Ademir), Felipe Azevedo (Ramon)
Técnico: Lisca