quarta-feira, 5 de maio de 2021

Cruzeiro 1 x 2 América-MG

Vencer clássico em cima da dupla rival deve fazer parte da cultura vitoriosa do América em todas as competições disputadas, desde as categorias de base até o time principal do feminino e masculino.

Típico confronto em que o resultado é mais importante do que o desempenho.

Toda vitória deve ser comemorada, incentivada e valorizada, porque vai fazer parte do histórico vencedor do Coelhão sobre os rivais. 

Ainda assim, o resultado premiou o desempenho do time mais regular, produtivo e eficiente durante os dois tempos do jogo.

Apesar de ter sofrido o primeiro gol e da maior posse de bola do adversário, o primeiro tempo foi equilibrado em relação ao número de finalizações.

De acordo com o SofaScore, o Cruzeiro finalizou 7 vezes, 3 no gol, 3 pra fora e uma travada, enquanto o América fez 6 finalizações, duas no gol, duas pra fora e duas travadas.

A finalização do Felipe Azevedo poderia ter mudado história da partida e facilitado a vitória americana. 
 
Rodolfo também teve oportunidade de gol numa cobrança de falta.

No segundo tempo, a superioridade dos comandados do Lisca prevaleceu.

Foram 7 finalizações, 3 no gol, 3 pra fora e uma travada, contra 4 do adversário, só uma no gol, e 3 pra fora.

Rodolfo, novamente, teve uma grande chance de fazer o gol, mudar a história do jogo e facilitar a vitória americana. 

Os gols marcados pelo Alê e Ademir consolidaram a superioridade do Coelhão sobre o adversário. 

Embora tenha jogado mais do que o suficiente para vencer por 2 a 1, com possibilidades de ampliar o placar, defeitos físicos, técnicos e táticos foram repetidos, entre eles no gol sofrido.

O rendimento físico e  técnico do Diego Ferreira, João Paulo e Felipe Azevedo, talvez prejudicados pelas lesões sofridas, está abaixo do desejado para jogar dois tempos em alta intensidade.

A fragilidade defensiva dos laterais aumentou a inconsistência na recomposição e na organização da defesa.

Felipe Azevedo tem baixa resistência e velocidade de recomposição e transição para exercer a dupla função defensiva-ofensiva pelos lados. Talvez seja mais produtivo de falso 9, porque tem poder de finalização, ou de segundo atacante, sem precisar recompor tanto. 

Sem as ultrapassagens do Diego Ferreira e sem um meia-atacante mais fixo pelo lado direito, faltam opções pra Juninho fazer infiltrações e triangulações.

Talvez tivesse sido mais interessante ter utilizado uma formatação tática mais bem distribuída, com Bruno Nazário centralizado na completude do losango dos três volantes, Zé Ricardo, Juninho e Alê. 

A entrada do Ademir e do Leandro Carvalho mais a presença de área do Ribamar aumentaram as possiblidades de jogadas ofensivas pelos lados com cruzamentos para dentro da área. 

Na transformação do DNA formador em aproveitador, só Carlos Alberto e Gustavinho foram relacionados. 

Jogar na base, desde que bem orientado em relação as necessidades de melhoria contínua,  é mais importante do que só treinar ou ser pouco aproveitado no principal. 

Gustavinho, mais uma vez, demonstrou potencial de aproveitamento. 

Destaque para Lisca avacoelhando geral, Zé Ricardo, principalmente pelo segundo tempo, Leandro Carvalho pelas duas assistências para gols, Ademir e Alê pelos gols feitos, e especialmente Alê, que mais uma vez repetiu o posicionamento funcional de praticamente um volante ou meio-campista que joga de uma intermediária a outra, participativo e produtivo em todas as quatro fases do modelo de jogo (organização e recomposição defensiva, transição e construção ofensiva),  e na bola parada na defesa e no ataque.

Cruzeiro:
Fábio;
Cáceres, Weverton, Ramon e Matheus Pereira;
Adriano (Matheus Neris);
Matheus Barbosa (Jadson) Rômulo; 
Bruno José (Felipe Augusto), Rafael Sobis (William Pottker), Airton (Stênio)
Técnico: Felipe Conceição

América:
Matheus Cavichioli; 
Diego Ferreira, Anderson, Eduardo Bauermann e João Paulo (Marlon;
Zé Ricardo;
Juninho (Ademir), Alê; 
Bruno Nazário (Leandro Carvalho), Rodolfo (Gustavinho). Felipe Azevedo (Ribamar)
Técnico: Lisca

Gols: Alê e Ademir