segunda-feira, 24 de maio de 2021

Atlético-MG 0 x 0 América-MG

O Campeonato Mineiro foi decidido entre dois clubes que vão disputar a Série A. 

Nos dois jogos da final, a diferença entre um dos considerados favoritos para conquistar o título do Brasileirão e o de necessitado de reforços a fim de permanecer na primeira divisão ficou minimizada, com superioridade americana. 

O time comandado pelo Lisca criou oportunidades para vencer o primeiro confronto, e a principal chance de gol nos dois jogos foi o pênalti desperdiçado pelo artilheiro Rodolfo, que poderia ter facilitado a vitória do Coelhão e a conquista do título. 

Aliás, os dois pênaltis, um em cima do Anderson e outro em cima do Eduardo Bauermann,  no primeiro jogo, e principalmente o cometido no Bauermann, nos minutos finais da segunda partida, dificilmente um deles ou até os três lances deixariam de ter sido marcados, caso fossem favoráveis ao adversário. 

O pênalti no Bauermann no segundo jogo o juiz deveria ter sido orientado a verificar o VAR para tomar a decisão e confirmar a penalidade máxima. 

Sem contar as inversões de mando de campo ocorridas na primeira fase do campeonato, que favoreceram a dupla rival, porque o América jogou em cidades na zona roxa da pandemia. 

Destaque para a fala do Sabino, relatada na súmula da partida, que retratou o pensamento de grande parte da torcida americana. 

"VAI OLHAR O VAR, SEU SAFADO, FOI PENALTI CLARO, VAI TOMAR NO CÚ, VOCÊ TA DE SACANAGEM.
VOCÊ ACABOU COM NOSSO CAMPEONATO, VOCÊ É SAFADO, VAI TOMAR NO CU SEU FILHO DA PUTA".

Apesar de Anderson, Alê, Juninho e Rodolfo terem sido escolhidos para a Seleção do Campeonato,  faltou Eduardo Bauermann, Lisca, Matheus Cavichioli e Zé Ricardo. 

Zé Ricardo e principalmente Alê, praticamente dois volantes ou meio-campista que jogam de uma intermediária a outra, foram os principais destaques do Coelhão. 

É bom evidenciar a participação produtiva do Alê nas quatro fases do modelo de jogo (organização e recomposição defensiva, transição e construção ofensiva), e na bola parada na defesa e no ataque.

Ainda assim, em busca da melhoria contínua, o desafio da diretora americana  será qualificar a equipe para disputar o Brasileirão, com reforços bem preparados fisicamente e tecnicamente para disputar a titularidade e jogar em alta intensidade os dois tempos dos jogos. 

Pelo menos um zagueiro, com experiência de Série A e/ou Série B, um meia-atacante e/ou armador, com poder de criação e finalização,  e um ou dois atacantes, preferencialmente um centroavante, com poder de finalização e decisão.

Atlético:
Everson; 
Guga, Igor Rabello, Junior Alonso e Guilherme Arana;
 Jair (Matías Zaracho), Tchê Tchê e Nacho Fernández (Hyoran); 
Savarino (Eduardo Vargas), Keno (Marrony) e Hulk (Eduardo Sasha)
Técnico: Cuca

América:
Matheus Cavichioli;
Diego Ferreira, Anderson, Eduardo Bauermann e Marlon (Geovane); 
Zé Ricardo, Juninho (Ramon), Alê; 
Ademir (Bruno Nazário), Felipe Azevedo (Leandro Carvalho) e Rodolfo (Ribamar)
Técnico: Lisca