segunda-feira, 25 de julho de 2022

Atlético-GO 0 x 1 América-MG

Embora desempenho seja diferente de resultado, quanto mais vezes jogar melhor no Brasileirão, maiores serão as chances de fazer boas campanhas, conquistar mais vitórias e objetivos, mas de acordo com as circunstâncias também é preciso saber jogar pelo resultado. 

Se contra o Palmeiras, só para citar o jogo contra o líder do Brasileirão, o América jogou melhor, mas perdeu, na vitória sobre o Atlético-GO, o resultado foi melhor que o desempenho, e o 1 a 0 pode ser considerado goleada. 

Apesar dos desfalques, do desgaste físico e mental, e das três derrotas seguidas na competição, o time americano venceu um adversário direto contra o rebaixamento, jogou bem no primeiro tempo, repetiu a queda de rendimento na segunda etapa, conquistou mais três pontos e terminou o primeiro turno fora do Z4, o que poderá aumentar a confiança, a fim de buscar a classificação para a próxima fase da Copa do Brasil e de permanecer na primeira divisão. 

Matheus Cavichioli poderia ter feito lançamentos com mais profundidade, mas fez importantes defesas, e na finalização do adversário no travessão prevaleceu a máxima de que goleiro bom tem sorte.  

Luan Patric e Éder garantiram a segurança defensiva no primeiro tempo.

No segundo tempo, Conti repetiu a eficiência na bola alta defensiva. 

Embora pouco participativo na transição e construção ofensiva, Marlon foi produtivo e eficiente na organização defensiva.

Faltou mais poder de marcação para Cáceres, e poder de finalização e decisão para Henrique. 

Na transformação do DNA formador em aproveitador, Arthur, improvisado na função de meia-atacante de lado, demonstrou potencial de aproveitamento, mas preferencialmente na lateral direita. Carlos Alberto tem mais potencial para jogar pelos lados, partindo com a bola dominada ou recebendo lançamentos em profundidade, do que jogar centralizado, de costas, para disputar bola alta. 

Felipe Azevedo parece mais preparado para ser o falso 9. 

Matheusinho foi mais participativo e eficiente na recomposição defensiva, transição e organização ofensiva, quando no primeiro tempo executou a função de meia-atacante centralizado ou ponta de lança, no complemento do meio-de-campo formado pelo Lucas Kal e Juninho. 

No segundo tempo, Matheusinho deslocado para o lado esquerdo, reforçou a marcação, mas só com Lucas Kal e Juninho faltou um articulador no meio-de-campo para qualificar a transição ofensiva. 

Aliás, sem substituto funcional do Alê, para participar das quatro fases do jogo, da bola alta defensiva e ofensiva, o time americano passou a usar dois volantes, Lucas Kal mais recuado e Juninho jogando de uma intermediária outra, com Matheusinho se desgastando mais do que o necessário na recomposição defensiva.  

A formação com dois volantes mais marcadores, sem avançar muito, poderá ser utilizada com um meia centralizado, mais avançado, sem precisar voltar tanto para colaborar na marcação. 

Nesse 4-2-3-1, Alê, Éder, Flávio, Lucas Kal, Juninho, Juninho Valoura e Zé Ricardo seriam opções para a dupla de volantes. Benitez, Índio e Matheusinho, do meia centralizado. 

Destaque para Matheus Cavichioli, Luan Patric, Conti, Éder, Marlon, Matheusinho, Arthur e Felipe Azevedo.

Para enfrentar o São Paulo pela Copa do Brasil, talvez seja interessante utilizar três zagueiros, com a escalação do Conti para aumentar a consistência defensiva pelo alto. 

Zé Ricardo poderá reforçar a marcação do meio-de-campo. 

Carlos Alberto, Everaldo, Matheusinho e Pedrinho deverão ser as opções de velocidade. 

A contratação de reforços qualificados deveria ter sido mais acelerada, para aumentar as possibilidades de escalação, revezamento e substituição nos primeiros jogos do segundo turno da Série A, inclusive Copa do Brasil. 

Pelo menos um volante, um meia, um atacante de lado e um centroavante. 

Atlético-GO
Ronaldo;
Hayner (Dudu), Édson, Camutanga (Diego Churin) e Arthur Henrique (Jefferson); 
Willian Maranhão (Peglow), Marlon Freitas e Jorginho; 
Airton (Kelvin), Ricardinho e Wellington Rato
Técnico: Jorginho
 
América:
Matheus Cavichioli;
Cáceres (Patric), Éder, Luan Patrick (Conti) e Marlon; 
Lucas Kal, Juninho e Matheusinho; 
Arthur (Everaldo), Henrique Almeida (Carlos Alberto), Felipe Azevedo (Maidana)
Técnico: Vagner Mancini

Gol: Felipe Azevedo