Faltou pouco para o melhor momento do América no returno do Brasileirão prevalecer sobre o Atlético.
Poderia ter sido +3, mas o Coelhão em dois jogos contra o rival pela Série A conquistou 4 pontos, com possiblidade de ter conquistado 6.
No pós-jogo, ficou a impressão de que o time americano poderia ter buscado o controle do jogo, com mais posse de bola e postura ofensiva.
Embora a máxima do time que está vencendo não se mexe seja sempre lembrada quando a mudança dá errado, a escalação do Ricardo Silva evidenciou que é possível revezar a formação inicial de acordo com o adversário.
Segundo o SofaScore, Ricardo Silva venceu todos os sete duelos pelo alto.
Marlon praticamente anulou Ademir na maioria dos lances disputados.
Mas na falta que originou o gol do adversário, houve falha na recomposição defensiva, quando Pavón, livre de marcação, infiltrou na intermediária americana.
Aliás, devido a ocasionalidade sem controle do batedor de o chute ser rasteiro ou meia altura, a barreira preventivamente deveria ter sido formada com um jogador a mais.
Apesar de mais participativo na função de volante do que meia-atacante, Martínez novamente foi bastante produtivo.
Henrique desperdiçou a oportunidade de se consagrar num clássico, mas é o artilheiro do time, com bastante voluntariedade, e dois gols marcados nos últimos dois jogos.
O acerto da cobrança do pênalti depende do controle mental, da habilidade e técnica ou de o goleiro pular para o outro canto.
Matheusinho voltou a demonstrar capacidade para ser titular na posição de meia-centralizado ou pelo lado direito ou esquerdo.
Destaque para a dupla de zagueiros formada pelo Ricardo Silva e Éder, para Marlon, o trio do meio-de-campo com Lucas Kal, Martínez e Juninho, e o trio ofensivo com Everaldo, Henrique e Matheusinho.
Alê e Benitez, caso estejam bem fisicamente, e Matheusinho deverão ser as primeiras opções de substituição do Juninho para enfrentar o Coritiba.
Matheusinho está com mais ritmo de jogo.
Ainda assim, a entrada do Alê ou Benitez e o deslocamento do Matheusinho para o lado aumentarão as opções para a formação do trio ofensivo.
Zé Ricardo poderia revezar com Lucas Kal para pegar ritmo de jogo.
Talvez seja mais interessante o trio ofensivo inicial ser formado pelo Everaldo, Henrique e Pedrinho, com possiblidades do Aloísio e Matheusinho pelos lados, e Mastriani ou Wellington Paulista, de centroavante.
Na transformação do DNA formador em aproveitador, Carlos Alberto, na função posicional de atacante de lado em vez de centroavante, e Rodriguinho deveriam voltar a ser relacionados.
América:
Matheus Cavichioli;
Cáceres (Patric), Ricardo Silva, Éder e Marlon;
Lucas Kal, Juninho, Martinez (Matheusinho);
Everaldo (Aloisio), e Henrique (Wellington Paulista), Felipe Azevedo (Pedrinho)
Técnico: Vagner Mancini
Atlético:
Everson;
Mariano, Réver, Junior Alonso (Nathan Silva) e Guilherme Arana; Allan, Zaracho (Nacho) e Jair;
Pavón (Keno), Ademir (Pedrinho, Rubens) e Hulk
Técnico: Cuca
Gol: Henrique