domingo, 30 de abril de 2023

Santos 3 x 2 América

As falhas defensivas nas jogadas dos três gols sofridos, com vantagem numérica de quatro jogadores contra dois no primeiro gol, desatenção, dois jogadores a mais dentro de campo e erros de posicionamento no gol de bola parada, e o pênalti acidental comprometeram o pequeno aumento da eficiência ofensiva, com dois gols marcados em 19 finalizações, sem contar os erros na tomada de decisão e no último passe. 

A entrada do Henrique no lugar do Martínez contra o São Paulo e a repetição do deslocamento do Arthur para o meio-campo evidenciaram as poucas opções de substitutos pra o setor. 

Mas acredita, América!

Apesar da necessidade de ter contratado um zagueiro para disputar a titularidade, porque Wanderson foi pouco utilizado, das opções reduzidas de substituição do meio-campo para jogar quatro competições ( Brasileirão, Copa do Brasil, Mineiro e Sul-Americana), sem duas contratações necessárias e/ou sem o aproveitamento dos promissores Mateus Henrique, Rodriguinho e Varanda, em fase de aprimoramento e oscilação, de Dadá Belmonte, Luan e Mateus Gonçalves não terem sido utilizados, das três derrotas seguidas no Brasileirão, dos nove gols sofridos, mesmo assim, existem possibilidades de os comandados do Mancini durante a competição aumentarem a produtividade, especialmente a eficiência defensiva e ofensiva.

Ainda falta encaixar o sincronismo entre laterais e zagueiros na marcação da origem e do complemento das jogadas ofensivas dos adversários, o meio-campo buscar o equilíbrio entre o defender e atacar em alta intensidade, e os atacantes, principalmente os centroavantes, serem mais decisivos. 

Embora mudanças entre os titulares de acordo com a estratégia de jogo possam ser vitoriosas, talvez seja mais interessante definir um time titular, a fim de aumentar o entrosamento e facilitar o posicionamento. 

O grande desafio será encontrar uma primeira linha defensiva mais consistente, eficiente e regular nos duelos por baixo e por cima. 

Enquanto Arthur, também em fase de desenvolvimento e oscilação, estiver na Seleção, o mais bem preparado entre Marcinho e Nino deverá ser titular, 

Até o revezamento entre Éder e Maidana na posição de zagueiro-central e quarto-zagueiro prejudica o posicionamento. 

Talvez Éder e Danilo formem uma zaga mais eficaz na bola alta defensiva. 

Maidana e Ricardo Silva oscilaram bons e maus momentos. 

Nícolas pareceu mais efetivo na defesa, enquanto Marlon produziu mais na tarefa ofensiva.

Uma formação interessante poderá ser o trio do meio-campo formado pelo Alê, Juninho e Benítez, com Martínez pela beirada, e Lucas Kal de opção para reforçar a marcação. 

Os promissores Mateus Henrique, Rodriguinho e Varanda, pelo menos um deles, deveria ser utilizado mais vezes. 

É preciso recuperar o futebol do Dadá Belmonte e/ou Matheus Gonçalves, e apostar no potencial de finalização do Luan. 

Deverá ser mais interessante definir um centroavante titular entre Aloísio, Mikael e Mastriani ou escalar dois deles, de acordo com as circunstâncias do jogo e do adversário. 

Henrique e Wellington Paulista vão depender das circunstâncias do jogo. 

Parabéns, América, pelos 111 anos de resiliência. 

Santos:
João Paulo; 
Nathan (Gabriel Inocêncio), Messias, Bauermann e Lucas Pires; 
Rodrigo Fernández, Dodi (Ed Carlos) e Lucas Lima (Alison); 
Mendoza (Ângelo), Marcos Leonardo e Soteldo (Daniel Ruiz).
Técnico: Odair Hellmann

América:
Matheus Cavichioli;
Arthur, Éder, Maidana, Marlon (Danilo); 
Alê, Juninho (Nino Paraíba), Benitez (Martinez); 
Matheusinho (Felipe Azevedo), Aloísio (Mikael), Everaldo
Técnico: Mancini

Gols: Alê e Everaldo.