Apesar do empate, o desempenho do Coelhão foi superior ao resultado, porque os comandados do Cauan, bem organizados taticamente, bastante competitivos e super ofensivos, mantiveram a estratégia e modelo de jogo, definidos pelo técnico e incorporado pelos jogadores, dominaram o adversário, e criaram chances para conquistar a vitória, que poderia até ter sido convincente.
Embora tenha faltado eficiência nas finalizações, o preocupante seria se o América tivesse sido pouco produtivo, sem poder de criação e finalização.
Enquanto o adversário finalizou 4 vezes, uma no gol, o América finalizou 25 vezes, 5 no gol, mais duas na trave.
Fabinho conquistou a titularidade pelo gol marcado contra a Chapecoense e contra o Vila Nova, mas depois da finalização na trave, numa assistência perfeita do Jacaré, caiu de rendimento.
Na transformação do DNA formador em aproveitador, Renato, sem a responsabilidade de ser a solução, mas fazer parte da resolução, poderá aumentar o poder de decisão se jogar mais dentro da área, porque tem imposição física e capacidade de finalizar de primeira ou no máximo dominar e finalizar.
Benítez dificilmente aumentaria a produtividade americana, mas poderia ter aumentado a efetividade nas finalizações.
Aliás, a escalação do Benítez para enfrentar o Guarani deverá depender de o jogador também ser utilizado contra o Santos.
Varanda deveria voltar a ser relacionado, a fim de ser opção para substituir Benítez ou Moisés ou um atacante de lado.
Sem o retorno do Brenner e sem a contração do centroavante, que deverá ser feita na segunda janela, Felipe Azevedo parece ter mais capacidade de executar a função de falso 9 do que Vinícius.
A maior utilização do Adyson será progressiva, inclusive com a possibilidade de ser o responsável pelas cobranças de falta pelo corredor central ou direito ofensivo do Coelhão.
Os cruzamentos rasteiros deveriam ser mais utilizados.
América
Dalberson;
Mateus Henrique, Éder, Ricardo Silva e Marlon (Nicolas);
Alê, Juninho e Moisés (Rodriguinho);
Jacaré (Adyson) e Renato (Vinícius), Fabinho (Felipe Azevedo)
Técnico: Cauan
Mirassol:
Alex Muralha;
Lucas Ramon (Alex Silva), João Victor, Luiz Otávio, Warley;
Negueba, Danielzinho, Neto Moura, Gabriel (Chico);
Dellatorre (Diego Quirino) e Fernandinho (Diego Gonçalves).