quinta-feira, 14 de junho de 2018

América-MG 0 x 0 Chapecoense-SC

A limitação qualitativa da equipe americana, ampliada pelo desgaste físico provocado pelo excesso de jogos seguidos, reduziu a força do futebol coletivo, competitivo e combativo do Coelhão.

Embora o confronto tenha sido equilibrado e nivelado por baixo, o time americano buscou a repetição da ideia de jogo**, mas com muitas perdas da posse de bola, sem poder de decisão no primeiro tempo, de criação no segundo.

Foram 11 finalizações do América (3 certas e 8 erradas), contra 10 conclusões da Chapecoense (3 certas, 7 erradas).

As duas finalizações mais perigosas do adversário foram em falhas individuais dos americanos.

Na primeira, Leandro Donizete parou no lance, em vez de combater Wellington Paulista, que finalizou com perigo para defesa do Jori.

Na segunda, Magrão errou o recuo para Juninho, que ficou vendido na jogada, Bruno Silva ganhou na corrida e finalizou para a defesa salvadora do Jori.

Apesar do erro, Magrão, improvisado na lateral, foi o que mais acertou passes.

A queda de rendimento do Serginho, nos três últimos jogos contra Atlético, Grêmio e Chapecoense, evidenciou o esgotamento físico da equipe, a falta de opções para revezar e a necessidade de contratar reforços.*

Ruy parece sem condições de jogar até 45 minutos.

Capixaba e Renan Oliveira não justificaram a presença na equipe.

Juninho foi mais participativo e produtivo que Serginho.

Ademir aumentou a velocidade ofensiva, mas não a eficiência. Talvez tivesse sido mais produtivo e eficaz ter entrado no segundo tempo.

Em comparação aos jogos anteriores, a produtividade do Aylon e Marquinhos foi inferior a do criticado Luan.

Pelo apresentado nas 12 primeiras rodadas, Aderlan e Luan seriam os titulares, com Ademir de primeira opção,  devido a necessidade de reforço muscular para jogar os 90 minutos mais acréscimos.

Destaque para Jori *** pelas duas defesas salvadoras.

Dados Footstats:
posse de bola: 49 x 51
finalizações certas: 3 x 3
finalizações erradas: 8 x 7
passes certos: 367 x 349
passes errados: 43 x 26
cruzamentos certos: 6 x 4
cruzamentos errados: 25 x 26

Jori: falhou na quicada de uma bola, mas fez duas defesas salvadoras

Norberto: pouco produtivo no apoio, acertou 2 cruzamentos, errou 3 e perdeu 4 vezes a posse de bola.

Messias e Matheus Ferraz: mantiveram a segurança defensiva.

Magrão: improvisado na lateral, errou um recuo de bola que quase originou o gol do adversário, mas acertou 59 passes, errou 9, fez 3 lançamentos certos, 1 errado, duas assistências para finalizações.

Leandro Donizete: participativo na troca de passes, acertou 51, errou 3, fez um lançamento certo

Juninho: acertou 37 passes, errou 3, fez 2 lançamentos certo, duas assistências para finalizações, 1 cruzamento certo.

Aylon: repetiu a oscilação. acertou 22 passes, fez duas assistências para finalização, uma conclusão certa e duas erradas.

Serginho: sem poder de criação, de decisão e finalização, acertou 24 passes, errou 7 e perdeu 6 vezes a posse de bola.

Ademir: muita velocidade, mas pouca eficiência, acertou 15 passes, errou 1, fez duas finalizações erradas e perdeu 6 vezes a posse de bola. Tem potencial para ser aproveitado durante os jogos.

Judivan: Ainda sem ritmo de jogo, acertou 12 passes, fez duas assistências para finalizações, duas finalizações certas e uma errada. Possivelmente estará mais bem preparado fisicamente depois da Copa do Mundo.

Maquinhos: repetiu os erros na tomada de decisão e perdeu 4 vezes a posse de bola.

Ruy: aparentemente sem condições físicas para jogar 45 minutos.

América
Jori;
Norberto, Matheus Ferraz, Messias, Magrão;
Leandro Donizete e Juninho;
Aylon (Ruy), Serginho, Ademir (Marquinhos);
Judivan (Rafael Moura)
Técnico: Enderson Moreira

Chapecoense:
Jandrei;
Eduardo Oliveira, Rafael Thyere, Douglas e Bruno Pacheco;
Márcio Araújo, Elicarlos, Luiz Antônio (Amaral) e Héctor Canteros (Bruno Silva);
Leandro Pereira (Vinicius) e Wellington Paulista
Técnico: Gilson Kleina

Cartões amarelos: Magrão, Leandro Donizete, Marquinhos e Messias

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Marco Antônio
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Ainda existe a necessidade de reforços qualificados para sequência do Brasileirão.

Será preciso contratar pelo menos três jogadores para aumentar o potencial agressivo e decisivo do time titular:

- Um meia centralizado.
- Um centroavante.
- Um atacante de lado.

Todos com experiência vitoriosa na primeira divisão, qualidade técnica, intensidade, velocidade, força, poder de finalização e decisão.

**
- Independentemente de quem seja escalado, do adversário e da condição de visitante ou mandante, o time americano é bastante organizado taticamente, na maioria dos jogos disputados.

- Apesar dos erros de execução é até da qualidade dos adversários, tenta buscar o controle do jogo, por meio da valorização da posse de bola ofensiva.

- Com a bola, basicamente são 3 jogadores no início da transição, 4 na segunda linha e 3 mais avançados. Mais as flutuações ofensivas, inclusive dos laterais.

- Com e sem a bola, na distribuição tática mais espaçada, a primeira linha defensiva fica com 4 jogadores, a segunda com 2 volantes, a terceira com 3 meias, e mais a frente 1 centroavante.

- Na formação defensiva compactada, a primeira linha com 4, a segunda também com 4, e os 2 mais um pouco mais avançados, o meia centralizado e o centroavante, antes da linha do meio-de-campo.


***Aliás, Glauco, uma das primeiras vítimas da inconsistência defensiva, que começa pelo poder de marcação principalmente dos meias-atacantes de lado, foi destaque no Brasileirão de aspirantes, contra o Coritiba.

Jori também tem grande potencial.

Vale lembrar, que João Ricardo foi contestado por torcedores, quando retornou a condição de titular no lugar do Jori.