Equipes com peças de reposição mais qualificadas promoveram o revezamento a fim de minimizar o desgaste.
Ainda assim, muitas oscilaram, inclusive o Grêmio, com 16 pontos na competição. Três a mais que o América.
Com poucas opções para revezar, as mudanças americanas foram mais obrigatórias do que planejadas.
Em tese, uma das poucas vantagens competitivas do América foi a manutenção da ideia de jogo** definida pelo Enderson Moreira e absorvida pelos jogadores.
Na prática, a eficiência na execução da força do futebol coletivo americano, sem muitos destaques individuais, depende até da qualidade individual dos adversários, que na maioria dos confrontos é bem superior a dos jogadores americanos.
Entre os titulares do América, talvez só Messias esteja preparado para disputar a titularidade, nos chamados clubes grandes da primeira divisão.
Em contra-partida, a maioria dos titulares e até reservas desses clubes grandes poderia ser titulares destacados no América.
Por exemplo, Leandro Donizete, não aproveitado no Santos, e titular absoluto no Coelhão.
Para enfrentar o Grêmio, o modelo de jogo deve ser repetido.
Talvez seja interessante a escalação do Fernando Leal porque tem mais experiência na orientação do setor defensivo. Mesmo assim, poderá falhar, devido a posição de goleiro ser de alto risco.
Aliás, Glauco, uma das primeiras vítimas da inconsistência defensiva, que começa pelo poder de marcação principalmente dos meias-atacantes de lado, foi destaque no Brasileirão de aspirantes, contra o Coritiba.
Jori também tem grande potencial.
Vale lembrar, que João Ricardo foi contestado por torcedores, quando retornou a condição de titular no lugar do Jori.
Aderlan, Messias, Matheus Ferraz ou Rafael Lima, e Giovanni poderão formar a primeira defensiva.
Os laterais precisam estreitar o posicionamento defensivo dentro da área, quando a jogada estiver no lado oposto.
Aderlan pareceu ter mais dificuldade na marcação e na saída de bola do que Norberto, mas tem resistência para defender e atacar em alta intensidade.
Sem Leandro Donizete, a dupla de volantes construtores poderia ser formada pelo Christian e Zé Ricardo, que jogam de uma intermediária a outra, com qualidade na saída de bola, lançamentos e finalizações.
Juninho poderá ser mais produtivo, caso jogue recuado, sem necessidade de avançar tanto, na função de volante destruidor.
Aylon e Marquinhos são opções de meia-atacante para o lado direito.
Ademir, Aylon e Magrão são opções para esquerda.
Pelo trabalho de fortalecimento muscular realizado no Ademir, talvez seja mais produtivo o jogador entrar durante o jogo para enfrentar o adversário mais cansado.
O escalado deve fazer a recomposição para colaborar com os laterais na marcação e também ser ofensivo com poder de finalização.
Serginho precisa manter a regularidade produtiva, com poder de criação, finalização e decisão, nos dois tempos.
Se Ruy estivesse mais bem condicionado fisicamente, poderia ser alternativa para começar a partida.
Wesley é alternativa para função de meia-centralizado.
Renan Oliveira carece justificar a permanência na equipe.
Rafael Moura será o centroavante, com a missão de imposição física sobre os marcadores, poder de finalização e decisão.
A projeção da necessidade de reforços continua.
Possível time e sugestões de mudanças na formação básica do 4-2-3-1
Fernando Leal (Jori);
Aderlan, Messias, Matheus Ferraz (Rafael Lima), Giovanni;
Christian (Juninho), Zé Ricardo (Juninho)
Marquinhos (Aylon), Serginho (Ruy, Wesley), Aylon (Ademir, Magrão)
Rafael Moura (Aylon)
Grêmio x América
domingo, 16h, Arena do Grêmio
vamos jogar pra vencer, Coelhô!
--------------------------------------
Marco Antônio
-------------------------------------
*
Ainda existe a necessidade de reforços qualificados para sequência do Brasileirão.
Será preciso contratar pelo menos três jogadores para aumentar o potencial agressivo e decisivo do time titular:
- Um meia centralizado.
- Um centroavante.
- Um atacante de lado.
Todos com experiência vitoriosa na primeira divisão, qualidade técnica, intensidade, velocidade, força, poder de finalização e decisão.
**
- Independentemente de quem seja escalado, do adversário e da condição de visitante ou mandante, o time americano é bastante organizado taticamente, na maioria dos jogos disputados.
- Apesar dos erros de execução é até da qualidade dos adversários, tenta buscar o controle do jogo, por meio da valorização da posse de bola ofensiva.
- Com a bola, basicamente são 3 jogadores no início da transição, 4 na segunda linha e 3 mais avançados. Mais as flutuações ofensivas, inclusive dos laterais.
- Com e sem a bola, na distribuição tática mais espaçada, a primeira linha defensiva fica com 4 jogadores, a segunda com 2 volantes, a terceira com 3 meias, e mais a frente 1 centroavante.
- Na formação defensiva compactada, a primeira linha com 4, a segunda também com 4, e os 2 mais um pouco mais avançados, o meia centralizado e o centroavante, antes da linha do meio-de-campo.