segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

América 3 x 1 URT

Apesar do resultado vitorioso e da manutenção da liderança do Mineiro, o time americano repetiu sintomas de fragilidade defensiva, contra outro adversário pouco qualificado.

Diego Jussani, Leandro Silva e Paulão estão mal posicionados nos cruzamentos rasteiros e pelo alto.

Neste jogo e nos anteriores, quando Paulão e Jussani saíram da área para fazer o combate individual, foram envolvidos com facilidade, principalmente Jussani, que está sem velocidade de recuperação e sem tempo de bola.

Leandro Silva e João Paulo apresentaram dificuldades na tarefa defensiva, embora sejam bastante produtivos e eficientes no apoio.

A recomposição dos extremos vai precisar ser mais eficiente contra adversários mais qualificados e velozes.

No gol em contra-ataque da URT,  talvez por erro de posicionamento e função, Toscano era o mais recuado pela direita, a frente do Juninho Potiguar, mas foi ultrapassado pelo adversário, que infiltrou na grande área livre de marcação.

Aliás, a produtividade do Toscano está reduzida pelos lados, longe da área, e aumentada pelo centro, quando troca passes ou faz assistências ou infiltrações área para finalizar.

Matheusinho também está mais produtivo e eficiente quando parte pelo centro com a bola dominada e entra na área para driblar ou fazer assistências para finalização ou finalizar.

Quanto mais próximos da área Matheusinho e Toscano jogarem, maior será o poder de criação, decisão e finalização.

Givanildo e comissão técnica precisam encontrar o melhor posicionamento para os dois meias-atacantes ou pontas de lança desempenharem as funções com maior aproveitamento.

Destaque para o poder de decisão do Neto Berola e a regularidade produtiva do Zé Ricardo, durante a maior parte dos 90 minutos mais acréscimos.

Embora a básica distribuição tática* e a postura ofensiva tenham sido repetidas, o nível de competitividade caiu um pouco, em determinados momentos da partida.

Fernando Leal fez uma defesa salvadora numa cabeçada do Kaio Wilker, livre de marcação.

Leandro Silva falhou no posicionamento defensivo na cabeçada do Kaio, mas participou das jogadas do primeiro e terceiro gols.

João Paulo deveria ter feito mais ultrapassagens e cruzamentos precisos.

O voluntarioso Juninho foi pouco produtivo e eficiente ofensivamente.

Matheusinho mostrou talento na tentativa do chapéu estiloso impedido com falta e no cruzamento preciso para o segundo gol do Berola.

Neto Berola demonstrou que poderá ser útil durante um tempo de jogo.

Júnior Viçosa executou bem a função de um centroavante dinâmico, com bastante movimentação para buscar a bola, jogar pelos lados e infiltrar na área para finalizar.

França novamente entrou bem durante a partida e fez assistência precisa para o gol do Júnior Viçosa.

Christian poderia ter entrado antes no lugar do Juninho.

Ademir poderia ter entrado antes no lugar do Toscano para jogar aberto pela esquerda, buscar a linha de fundo e fazer cruzamentos precisos com o pé esquerdo.

América:
Fernando Leal;
Leandro Silva, Paulão, Diego Jussani, João Paulo;
Zé Ricardo, Juninho;
Neto Berola (França),  Toscano (Ademir), Matheusinho (Christian);
Júnior Viçosa.
Técnico: Givanildo

URT:
Marcão;
Rodney, Gladstone, Marcos Vinícius e Djalma Silva;
Diogo Orlando (Bruno Aquino);
Juninho Potiguar (Kaio Wilker), Derly e Cascata (Gilson);
Carrara e Reis.
Técnico: Ito Roque

Gols: Neto Berola (2), Júnior Viçosa.

*

- 4-4-2, sem a bola, na formação defensiva compactada, com todos jogadores no campo de defesa.
-- a primeira linha com 4;
-- a segunda também com 4;
-- e 2 jogadores, na frente das duas linhas.

- 3-4-3, com a bola:
-- 3 jogadores no início da transição;
-- 4 na segunda linha;
-- 3 mais avançados;
-- mais flutuações ofensivas dos laterais, volantes e do meia centralizado.

- 4-2-3-1, com e sem a bola, na distribuição tática mais espaçada:
--  primeira linha defensiva com 4 jogadores;
--  segunda com 2 volantes;
--  terceira com 3 meias;
--  última com 1 centroavante
--  mais flutuações ofensivas dos laterais, volantes e meia e centralizado
--  mais recomposição defensiva, principalmente dos meias-atacantes de lado.

Felipinho, Morelli, Rafael Oller, Ronaldo e Ynaiã precisam ter oportunidades durante o Mineiro para começar a se acostumar com o ambiente profissional.

Ronaldo e Ynaiã deveriam ter chances programadas contra adversários menos qualificados ou durante jogos menos disputados.

Pedrão e Sávio também necessitam jogar para não sentir tanto a falta de ritmo de jogo

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Marco Antônio
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