segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

América 0 x 0 Cruzeiro

Contra um adversário mais bem qualificado, descansado e considerado umas das melhores equipes do futebol brasileiro, o time americano, em processo de reconstrução, manteve a distribuição tática*, a competitividade e a busca pelo controle do jogo.

Houve bastante equilibrio, com superioridade americanas nos lances de efeito, e de acordo com o Footstas pequena superação na posse de bola e maior acerto nas finalizações.

A posse de bola americana foi 50,4% contra 49,6% cruzeirense.

Foram 10 finalizações do América, 5 certas e 5 erradas, enquanto o Cruzeiro fez 7 finalizações, uma certa e 6 erradas.

Fernando Leal foi pouco exigido. O único lance mais perigoso foi uma cabeçada para fora do Raniel.

Aliás, quem fez as duas defesas mais importantes do jogo foi Fábio, em chutes de longa distância do Zé Ricardo e Felipe Azevedo.

Na maioria das jogadas disputadas pelo primeira linha defensiva, Leandro Silva, Paulão, Diego Jussani e João Paulo levaram vantagem sobre os adversários.

Foi a melhor partida da dupla de zagueiros e principalmente do Diego Jussani, que rendeu abaixo do esperado nos jogos anteriores.

Juninho repetiu a voluntariedade, combateu e até finalizou de longa distância.

Neto Berola se destacou pelos dribles em jogadas individuais, mas precisa jogar mais para o time. Talvez tivesse sido mais mais produtivo e eficiente se tivesse entrado no segundo tempo.

Matheusinho carece melhorar a eficiência nas finalizações, mas mostrou habilidade e ousadia na caneta no Egídio, flutuou bastante e foi participativo no combate, na troca de passes e nos cruzamentos.

Toscano, pelo lado esquerdo, rendeu menos do que pode render. Na função de meia-atacante de lado,  tem baixa velocidade de recomposição e transição. Poderá ser mais produtivo se jogar centralizado, infiltrar na área e aumentar o poder de finalização. A produtividade também deverá ser proporcional a readaptação ao futebol brasileiro, depois de três temporadas no futebol asiático.

Júnior Viçosa conduziu a bola em excesso nos contra-ataques, mas foi bastante dinâmico e participativo inclusive no combate defensivo.

Felipe Azevedo participou da recomposição, da troca de passes e acertou uma finalização.

França e Jonatas Belusso tiveram pouco tempo para participar do jogo.

Pelo menos a entrada do França, talvez no lugar do Toscano, poderia ter sido feita antes.

Apesar do aumento da segurança defensiva do Paulão e Jussani, dos dribles desconcertantes do Berola, da caneta do Matheusinho, o destaque do jogo novamente foi Zé Ricardo.

Zé Ricardo, o dono do meio-de-campo, manteve a regularidade produtiva nos dois tempos, participou da marcação, da troca de passes e finalizou.

Ainda assim, tem total capacidade para na posição de volante ser mais produtivo na função de armador, com passes verticais para finalizações, lançamentos em profundidade e finalizações.

América:
Fernando Leal;
Leandro Silva, Paulão, Diego Jussani, João Paulo;
Zé Ricardo, Juninho;
Neto Berola (Felipe Azevedo), Matheusinho (França), Toscano (França);
Júnior Viçosa (Jonatas Belusso)
Técnico: Givanildo

Cruzeiro:
Fábio;
Edílson, Dedé, Leo e Egídio; Henrique, Lucas Silva (Ariel Cabral), Robinho, Rodriguinho e Marquinhos Gabriel (Rafinha); Raniel (Sassá)
Técnico: Mano Menezes

*

- 4-4-2, sem a bola, na formação defensiva compactada, com todos jogadores no campo de defesa.
-- a primeira linha com 4;
-- a segunda também com 4;
-- e 2 jogadores, na frente das duas linhas.

- 3-4-3, com a bola:
-- 3 jogadores no início da transição;
-- 4 na segunda linha;
-- 3 mais avançados;
-- mais flutuações ofensivas dos laterais, volantes e do meia centralizado.

- 4-2-3-1, com e sem a bola, na distribuição tática mais espaçada:
--  primeira linha defensiva com 4 jogadores;
--  segunda com 2 volantes;
--  terceira com 3 meias;
--  última com 1 centroavante
--  mais flutuações ofensivas dos laterais, volantes e meia e centralizado
--  mais recomposição defensiva, principalmente dos meias-atacantes de lado.

Felipinho, Morelli, Ronaldo e Ynaiã precisam ter oportunidades durante o Mineiro para começar a se acostumar com o ambiente profissional.

Ronaldo e Ynaiã deveriam ter chances programadas contra adversários menos qualificados ou durante jogos menos disputados.

Pedrão e Sávio também necessitam jogar para não sentir tanto a falta de ritmo de jogo
--------------------
Marco Antônio
---------------------

www.facebook.com/avacoelhada
twitter.com/Avacoelhada
www.instagram.com/avacoelhada