Boa 1 x 2 América

Apesar dos dois lances polêmicos, que poderiam ter beneficiado o Boa, mas também poderiam provocar uma reação americana ainda maior, e da ineficiência nas finalizações, o time americano manteve a competitividade, a distribuição tática* de acordo com as fases do jogo, buscou o controle da partida, com posse de bola ofensiva, e criou oportunidades para vencer por um placar mais elástico.

No gol sofrido, faltou alguma ação para o Fernando Leal, que nem tentou esboçar a defesa.

O setor defensivo foi envolvido nesta cobrança de falta, em outro lance de bola parada e num de cruzamento rasteiro da esquerda.

Leandro Silva foi pouco produtivo na tarefa ofensiva.

Paulão e Pedrão demonstraram potencial para aumentar a segurança defensiva. Paulão acertou lançamentos e Pedrão apareceu nas rebatidas. O único deslize foi o erro no posicionamento no lance da falta, que originou o gol do adversário.

João Paulo foi mais participativo nos cruzamentos, lançamentos, cobranças de escanteios e faltas. Fez um cruzamento preciso para cabeçada do Neto Berola.

Aliás, pela altura do Toscano, seria mais interessante os escanteios serem batidos por jogadores menores, a fim da altura e presença de área do Toscano serem mais bem aproveitadas.

Juninho precisa ser mais produtivo e eficiente no campo de ataque, mas repetiu a força de vontade e quase foi premiado com um gol nos minutos finais.

Zé Ricardo participou da marcação, da troca de passes e finalizou. Tem capacidade para ser mais construtor, sem passar tanto a bola para Toscano, que muito recuado, limitou o potencial do Zé Ricardo, no passe mais vertical para finalizações, nos lançamentos em profundidade e nas finalizações.

Felipe Azevedo foi participativo na defesa e no ataque. Depois de receber lançamento do Zé Ricardo, fez um cruzamento preciso para França, que desperdiçou.

Toscano jogou mais próximo do Zé Ricardo do que do Jonatas Belusso. A produtividade ofensiva e o poder de finalização aumentaram quando ficou mais próximo da área.

Jonatas Belusso foi menos dinâmico que Júnior Viçosa, desperdiçou duas finalizações, mas fez assistência de cabeça para o primeiro gol do França.

Sem Matheusinho para fazer assistências e com Toscano recuado, as chances criadas para Belusso finalizar foram por meio de lançamentos.

Neto Berola acertou uma finalização de cabeça e fez assistência para o segundo gol do França.

Christian se limitou a trocar passes e colaborar na marcação. Tem potencial para ser mais bem aproveitado durante tempo maior.

Destaque para França, que aproveitou a oportunidade de começar o jogo, marcou dois gols e foi mais eficiente que Toscano, quando jogou pelo lado esquerdo nos jogos anteriores.

Boa Esporte:
Renan Rocha;
Victor, Ferreira, Fernando e Tsunami;
Gabriel Vieira, Kaio Cristian (Denis), Maicon (César Sampaio) e Gindre (Lucas Gomes);
Jayme e Gustavo Henrique
Técnico: Tuca Guimarães

América:
Fernando Leal;
Leandro Silva. Paulão, Pedrão, João Paulo;
Zé Ricardo, Juninho;
Felipe Azevedo (Neto Berola), Toscano, França (Christian);
Jonatas Belusso (Pedro)
Técnico: Givanildo

Gols: França (2)

*

- 4-4-2, sem a bola, na formação defensiva compactada, com todos jogadores no campo de defesa.
-- a primeira linha com 4;
-- a segunda também com 4;
-- e 2 jogadores, na frente das duas linhas.

- 3-4-3, com a bola:
-- 3 jogadores no início da transição;
-- 4 na segunda linha;
-- 3 mais avançados;
-- mais flutuações ofensivas dos laterais, volantes e do meia centralizado.

- 4-2-3-1, com e sem a bola, na distribuição tática mais espaçada:
--  primeira linha defensiva com 4 jogadores;
--  segunda com 2 volantes;
--  terceira com 3 meias;
--  última com 1 centroavante
--  mais flutuações ofensivas dos laterais, volantes e meia e centralizado
--  mais recomposição defensiva, principalmente dos meias-atacantes de lado.

Felipinho, Morelli, Ronaldo e Ynaiã precisam ter oportunidades durante o Mineiro para começar a se acostumar com o ambiente profissional.

Ronaldo e Ynaiã deveriam ter chances programadas contra adversários menos qualificados ou durante jogos menos disputados.

Pedrão e Sávio também necessitam jogar para não sentir tanto a falta de ritmo de jogo
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Marco Antônio
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