No primeiro gol sofrido, Paulão parou de acompanhar o adversário e Diego Jussani perdeu o tempo da bola pelo alto.
No segundo gol, se adversário livre de marcação não estava impedido, alguém deu condições para ele disputar com Glauco e a dupla de zagueiros não acompanhou nem o lançamento nem o rebote.
As principais jogadas no primeiro tempo foram pelo lado direito, com Ronaldo, Toscano e principalmente Berola partindo pra cima, com excesso de individualismo, compensado no golaço marcado.
No segundo tempo, ainda mais depois do gol do França, talvez por excesso de confiança no resultado aparentemente definido ou preservação para o próximo jogo, o time americano passou a jogar em ritmo de treino e os comandados do Givanildo priorizaram a troca de passes, em vez de jogadas mais verticais e a busca pelo terceiro gol.
A escalação do Neto Berola e Felipe Azevedo, desde o começo, implica no risco desnecessário de pelo menos duas substituições obrigatórias, devido a queda de rendimento físico dos dois jogadores, na segunda etapa.
Destaques:
- Golaço marcado pelo Berola, em jogada individual.
- Golaço em jogada coletiva, iniciada pelo Morelli, com imposição física, condução e passe do Toscano e finalizada pelo França, no segundo gol.
- Potencial demonstrado pelo Ronaldo, na estreia no profissional.
- Participação produtiva do Morelli.
Glauco não fez nenhuma grande defesa nem teve culpa nos gols.
Ronaldo poderia ter buscado mais vezes a linha de fundo, mas estreou muito bem. Estaria mais desenvolvido se tivesse jogado mais vezes, durante o Mineiro. Poderia e deveria ter jogado contra o Tupynambás. Sofreu a falta, que originou a expulsão do adversário.
Paulão estava seguro no jogo, mas falhou no primeiro gol.
Diego Jussani acertou lançamentos para Berola, mas falhou nos dois gols.
João Paulo foi participativo na troca de passes no campo ofensivo. Precisa ser mais eficiente nos cruzamentos.
Zé Ricardo diminuiu o ritmo no segundo tempo. Levou cartão amarelo injusto. Nem deveria ter sido escalado para este jogo.
Juninho repetiu a boa vontade e pouca produtividade ofensiva.
Morelli demonstrou grande potencial e qualidade para jogar de uma área até a outra, inclusive com poder de finalização. Poderia ter começado o jogo no lugar do Zé Ricardo ou Juninho.
Neto Berola buscou o jogo, finalizou e marcou um golaço, mas em algumas jogadas, o partir pra cima será importante, mas em outras, o passe é a melhor a opção. A virtude está no meio. Precisa melhorar o condicionamento físico para jogar dois tempos em alta intensidade.
Júnior Viçosa apareceu mais em lances fora da área. Acertou uma finalização. Precisa aumentar o poder de decisão.
França demonstrou qualidade para ser aproveitado mais vezes, durante mais tempo. Deveria ter começado o jogo, no lugar do Felipe Azevedo, a fim de o desempenho do jogador ser mais bem avaliado, durante dois tempos.
Felipe Azevedo apareceu nas finalizações, até quando a melhor opção era o cruzamento. Caiu o ritmo físico no segundo tempo. Deveria ter sido substituído antes dos 20 minutos. Precisa melhorar o condicionamento físico.
Ademir sem tempo para demonstrar algo. Deveria ter entrado aos 20 minutos, no lugar do Felipe Azevedo.
Givanildo, Felipe Conceição e Analistas de desempenho deveriam ter optado por uma escalação inicial mais modificada. Berola poderia ter saído no intervalo e Ademir ter entrado antes dos 20 minutos do segundo tempo.
América:
Glauco;
Ronaldo, Paulão, Diego Jussani, João Paulo;
Zé Ricardo, Juninho (Morelli);
Neto Berola (França), Toscano, Felipe Azevedo (Ademir);
Júnior Viçosa
Técnico: Givanildo
Guarani:
Leandro;
Élder, Reniê (Diego Silva), Paulão;
Rodrigo Dias, Alemão, Yuri, Magalhães, Ewerton Maradona (Paulo Moraes) e Vitão;
Pedro Felipe (Catatau)
Técnico: Gian Rodrigues
Gols: Neto Berola, França
P.S.
- 4-4-2, sem a bola, na formação defensiva compactada, com todos jogadores no campo de defesa.
-- a primeira linha com 4;
-- a segunda também com 4;
-- e 2 jogadores, na frente das duas linhas.
- 3-4-3, com a bola:
-- 3 jogadores no início da transição;
-- 4 na segunda linha;
-- 3 mais avançados;
-- mais flutuações ofensivas dos laterais, volantes e do meia centralizado.
- 4-2-3-1, com e sem a bola, na distribuição tática mais espaçada:
-- primeira linha defensiva com 4 jogadores;
-- segunda com 2 volantes;
-- terceira com 3 meias;
-- última com 1 centroavante
-- mais flutuações ofensivas dos laterais, volantes e meia e centralizado
-- mais recomposição defensiva, principalmente dos meias-atacantes de lado.
Felipinho, Morelli, Ronaldo, Victor Emiliano e Ynaiã precisam ter oportunidades durante o Mineiro para começar a se acostumar com o ambiente profissional.
Ronaldo e Ynaiã deveriam ter chances programadas contra adversários menos qualificados ou durante jogos menos disputados.
Pedrão e Sávio também necessitam jogar para não sentir tanto a falta de ritmo de jogo.
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Marco Antônio
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