Falhas indidividuais, coletivas e presença do acaso nos três gols sofridos, expulsão do Matheusinho, posicionamento equivocado do Toscano pelo lado esquerdo e mudancas improdutivas facilitaram a derrota americana.
No primeiro gol sofrido, Rever e Luan ficaram livres de marcação. Depois da cabeçada do Luan, em impedimento se não fosse João Paulo grudado na trave sem marcar ninguém, a bola bateu no travessão e sobrou para Rever, que continuou desmarcado.
No segundo gol, Fábio Santos errou o chute, a bola sobrou para Luan, desmarcado e impedido, se não fosse Toscano perdido na marcação.
No terceiro gol, Sabino foi driblado com facilidade, Fernando Leal rebateu para frente, a bola sobrou para Chará, livre de marcação, que levantou na pequena área, Luan, livre de marcação finalizou, Fernando Leal defendeu, a bola bateu no travessão, e no rebote sobrou para Leonardo Silva, livre de marcação, finalizou, Paulão não cortou e sobrou para Alerrandro, livre de marcação, fazer o gol.
Houve outras jogadas, em que os jogadores atleticanos infiltraram com facilidade pelos lados da grande área.
Matheusinho pecou pela inexperiência e por tentar fazer o que não sabe e nem precisa saber. Não há necessidade de um jogador meio-campista ofensivo dar carrinho, ainda mais em lance disputado no meio-de-campo.
Aliás, os defeitos de posicionamento do Matheusinho, que recebeu muitas bolas pelo alto e de costas, e do Toscano, contraprodutivo pelo lado esquerdo, permaneceram.
Toscano não tem velocidade para fazer a recomposição defensiva nem ser agudo na transição ofensiva, pelo lado. Faltou aproveitar mais a fragilidade do Guga.
Embora Toscano tenha participado dos dois gols em lances de bola parada, o melhor momento dele foi quando infiltrou pelo centro, finalizou e Victor salvou.
Quanto mais próximo da grande área Toscano jogar, maior será o poder de finalização e decisão.
Talvez tivesse sido mais interessante a entrada do Neto Berola, no lugar do Viçosa, e do França, no lugar do Felipe Azevedo, a fim de aumentar a velocidade nos contra-ataques.
Promover a estreia do Sabino, em um clássico e com um a menos no time, foi um risco desnecessário, consequência da falta de revezamento nos jogos anteriores.
Para reforçar a marcação, poderia ter sido o Pedrão.
Destaque novamente para Zé Ricardo, o dono do meio-de-campo.
Fernando Leal rebateu para frente a finalização do Chará em vez de rebatar para escanteio, na origem da jogada do terceiro gol, mas fez importantes defesas.
Leandro Silva e João Paulo precisam melhorar o posicionamento defensivo, mas são produtivos na tarefa ofensiva, quando fazem mais ultrapassagens e buscam a linha de fundo.
Diego Jussani repetiu os erros de posicionamento nas bolas pelo alto e pelo chão. Ainda não demonstrou condições para ser titular absoluto.
Paulão merece ser destacado pela gol e pela evolução.
Juninho repetiu a voluntariedade e limitação ofensiva no complemento das jogadas. Precisa ser mais produtivo e eficiente no campo ofensivo do adversário.
Felipe Azevedo se destacou pelo gol, mas passa a impressão de não suportar fisicamente dois tempos em alta intensidade.
Júnior Viçosa repetiu a movimentação fora da área, mas precisa aumentar o poder de decisão.
França pouco produziu pelo lado direito. Talvez tivesse sido mais produtivo pela esquerda, com Berola pela direita.
Sabino estreou no profissional e foi envolvido com facilidade na jogada do terceiro gol. Tem mais potencial para ser volante do que zagueiro.
Givanildo, Felipe Conceição e Analistas de desempenho precisam pelo menos melhorar o posicionamento defensivo dos laterais, rever a cadeira cativa de alguns titulares, principalmente Diego Jussani, e escalar Toscano mais avançado.
Faltou fazer mais revezamento nesta primeira fase.
Atlético:
Victor;
Guga, Réver (Leonardo Silva), Igor Rabello e Fábio Santos;
Adilson e Zé Welison (Vinícius;
Luan, Cazares, David Teran (Chará);
Alerrandro
Técnico: Levir Culpi
América:
Fernando Leal;
Leandro Silva, Paulão, Diego Jussani, João Paulo;
Zé Ricardo, Juninho;
Felipe Azevedo, Matheusinho, Toscano (Sabino),
Júnior Viçosa (França)
Técnico: Givanildo
Gols: Felipe Azevedo, Paulão
P.S.
- 4-4-2, sem a bola, na formação defensiva compactada, com todos jogadores no campo de defesa.
-- a primeira linha com 4;
-- a segunda também com 4;
-- e 2 jogadores, na frente das duas linhas.
- 3-4-3, com a bola:
-- 3 jogadores no início da transição;
-- 4 na segunda linha;
-- 3 mais avançados;
-- mais flutuações ofensivas dos laterais, volantes e do meia centralizado.
- 4-2-3-1, com e sem a bola, na distribuição tática mais espaçada:
-- primeira linha defensiva com 4 jogadores;
-- segunda com 2 volantes;
-- terceira com 3 meias;
-- última com 1 centroavante
-- mais flutuações ofensivas dos laterais, volantes e meia e centralizado
-- mais recomposição defensiva, principalmente dos meias-atacantes de lado.
Felipinho, Morelli, Ronaldo, Victor Emiliano e Ynaiã precisam ter oportunidades durante o Mineiro para começar a se acostumar com o ambiente profissional.
Ronaldo e Ynaiã deveriam ter chances programadas contra adversários menos qualificados ou durante jogos menos disputados.
Pedrão e Sávio também necessitam jogar para não sentir tanto a falta de ritmo de jogo.
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Marco Antônio
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