Desfalque de cinco atacantes, rapidez em dar cartão amarelo para um jogador do América e demora nos do Atlético, melhoria da qualidade técnica e aumento da velocidade com a entrada do Keno, e saída do Zé Ricardo depois do primeiro gol sofrido facilitaram a derrota americana diante um adversário qualificado tecnicamente.
Ainda assim, principalmente no primeiro tempo e até os 25 minutos da segunda etapa, o confronto estava bastante equilibrado.
Embora com baixo poder de criação e finalização, mas consistente na organização e recomposição defensiva, o time americano praticamente anulou as ações ofensivas do adversário, e criou a principal oportunidade numa finalização de cabeça do Welington Paulista defendida pelo Everson.
Mas sem Carlos Alberto, Everaldo, Kawê, Felipe Azevedo e Rodolfo, as opções de atacantes ficaram reduzidas ao Adyson, Henrique e Leo Passos, e de meio-atacante ao Gustavinho e Rodriguinho, com mais potencial para jogar centralizados e mais bem preparados fisicamente que Indio Ramirez e Matheusinho.
Diferentemente da confiança do Lisca no aprimoramento do Gustavinho e Leo Passos, Marquinhos apostou no resgate do Henrique Almeida, que neste jogo nada produziu.
Na transformação do DNA formador em aproveitador na equipe principal, a renovação dos contratos do Carlos Alberto e Gustavinho será fundamental para aumentar as possiblidades de escalação, porque a dupla vantagem competitiva de apostar nos pratas da casa em processo de e evolução e oscilação é o retorno dentro de campo sem a responsabilidade de ser solução e financeiro através de uma futura negociação.
Estranhamente quando o América vencia o Cruzeiro por 2 a 0, Juninho Valoura, em vez do Rodriguinho, entrou no lugar do Alê. Dessa vez, com o time perdendo por 2 a 0, Rodriguinho, na típica minutagem que nem deveria ser contada como oportunidade, substituiu Alê.
Depois da saída do Zé Ricardo, os espaços gerados entre Patric, Maidana, Éder, Marlon e Lucas Kal aumentaram, o adversário marcou o segundo gol, criou chances de ampliar e Jori fez mais duas defesas salvadoras.
Nos dois gols sofridos, dois adversários fiaram livres de marcação entre os zagueiros.
Índio Ramirez e Matheusinho, ambos sem o condicionamento físico ideal para jogar pelo menos um tempo em alta intensidade, demonstraram pela qualidade técnica potencial de aproveitamento na transição e organização ofensiva.
Destaque para o primeiro tempo do Zé Ricardo, Juninho e Alê, e principalmente Jori, pelas quatro defesas salvadoras.
América:
Jori;
Patric (Cáceres), Maidana, Éder e Marlon;
Zé Ricardo (Índio Ramírez), Lucas Kal, Juninho e Alê (Rodriguinho);
Henrique Almeida (Matheusinho) e Wellington Paulista
Técnico: Marquinhos Santos
Atlético:
Everson;
Mariano, Nathan Silva, Godín e Guilherme Arana; Allan, Jair (Savinho), Matías Zaracho (Keno) e Nacho Fernández (Réver); Ademir (Savarino) e Hulk
Técnico: Antonio Mohamed
O jogo contra o Patrocinense deverá ser o momento de definição em relação ao goleiro, dupla de zaga, primeiro volante e atacantes de lado.
Jori está com ritmo de jogo e Jaílson ainda não estreou.
Éder, Lucas Kal e Maidana são opções para a dupla de zaga, porque Conti está suspenso contra o Guarany.
No meio-de-campo, o momento atual do Zé Ricardo é superior ao do Lucas Kal.
Felipe Azevedo, pela direita, e Everaldo, pela esquerda, pareceram os mais bem preparados fisicamente para começar entre os titulares e formar o trio ofensivo com Wellington Paulista.
Na ausência do Felipe Azevedo, poderá ser mais interessante utilizar um meia-atacante ou dar mais uma chance para o Henrique começar o jogo.