quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

América-MG 0 x 1 Guaraní-PAR

O Coelhão perdeu, mas merecia ter vencido, porque buscou a vitória nos dois tempos do jogo.

Apesar da ausência do Alê, da ineficiência nos cruzamentos e finalizações, do excesso de tolerância do juiz com o antijogo do adversário, e da derrota, o time americano teve poder de criação, finalização e demonstrou potencial de evolução para conquistar a vitória no jogo de volta pela Libertadores, e com ajustes pontuais fazer uma boa campanha e permanecer na Série A. 

As principais jogadas ofensivas no primeiro tempo foram pela direita, com Juninho e Patric, e pela esquerda com Matheusinho e Marlon. 

No segundo tempo, o poder ofensivo aumentou com a entrada do Pedrinho pela direita, Matheusinho, centralizado, e Everaldo na esquerda. 

Pedrinho estreou bem pelo lado direito, mas depois pouco produziu pelo centro. 

A saída do Matheusinho e a entrada do Henrique e Rodolfo diminuíram o poder criativo, ofensivo e até cedeu mais espaços para o adversário. 

Na engenharia de obra pronta do pós-jogo, poderia ter sido mais interessante ter feito outras mudanças durante a partida ou desde o começo entre os titulares. 

Uma opção de mudança no segundo tempo seria a entrada do Juninho Valoura no lugar do Matheusinho, com Pedrinho, aberto pela direita,  Everado pela esquerda, ou invertidos. 

Na transformação do DNA formador em aproveitador, também poderia ter sido mais produtivo a entrada do Rodriguinho, no lugar do Matheusinho.

Nos dois casos, a escolha seria entre Henrique ou Rodolfo de centroavante, mas sem possibilidade de jogarem juntos. 

Embora bastante qualificado, Índio Ramirez ainda pareceu sem condicionamento físico ideal para jogar em alta intensidade e ser mais dinâmico. 

A opção preventiva seria ter começado com o experiente Juninho Valoura no lugar do Alê. 

Uma alternativa mais ousada entre os titulares poderia ter sido apostar na intensidade do Rodriguinho para substituir o Alê, com Índio de opção para o segundo tempo, ou utilizar Matheusinho centralizado e Kawê, pelo lado esquerdo.

Vale a pena repetir a dupla vantagem competitiva de utilizar o prata da casa é o retorno dentro de campo, ainda que em fase de desenvolvimento e oscilação, e o financeiro, por meio de uma futura negociação. 

Faltou mais imposição física para o Marlon em lances mais disputados e para o Éder, no início da jogada do gol sofrido, que contou com a presença do acaso no desvio da bola finalizada. 

O dinamismo do Wellington Paulista precisa ser aumentado.

A engrenagem dos cruzamentos do Patric e Marlon carece ser mais bem ajustada para os definidores dentro da área, especialmente Wellington Paulista, terem mais chances de finalizar. 

Destaque para a participação do Patric, Lucas Kal e Matheusinho, para a estreia do Pedrinho, pela beirada do campo, e especialmente para Juninho, que merecia ter marcado um gol de placa. 

América:
Jailson; 
Patric (Cáceres), Maidana, Éder e Marlon; 
Lucas Kal, Juninho, Índio Ramírez (Everaldo); 
Felipe Azevedo (Pedrinho), Wellington Paulista (Rodolfo), Matheusinho (Henrique Almeida)
Técnico: Marquinhos Santos

Guaraní-PAR: 
Devis Vasquez; 
Rodi Ferreira, Marcos Cáceres, Roberto Fernández e Guillermo Benítez; 
Marcelo González, Rodrigo Fernández, Jorge Mendoza (Sergio Bareiro) e Josue Colmán; Ariel Núñez (Alejandro Samudio) e Fernando Fernández (Ángel Benítez).
Técnico: Fernando Jubero