Mancini teve dificuldade para escalar 11 titulares, capazes de jogar a maior parte do jogo, precisaria ter feito mais de cinco mudanças permitidas, e faltaram opções entre os reservas, para evitar a necessidade de improvisar Ricardo Silva, na lateral direita, e Renato, de atacante de beirada.
Apesar do desempenho no primeiro tempo, a repetição da queda de rendimento na segunda etapa evidenciou mais uma vez que o América é um time desgastado, fragilizado, sem resistência física para jogar mais de 50 minutos em alta intensidade, e principalmente sem peças qualificadas de reposição para disputar mais de uma competição.
Sem as contratações necessárias, sem o aprimoramento dos pratas da casa desde o Campeonato Mineiro, sem tempo para treinar devido a participação em três competições, faltou definir uma dupla de zagueiros mais eficiente, goleiro, laterais e zagueiros serem mais entrosados na bola alta defensiva, meio-de-campo manter a intensidade nos dois tempos, ser mais equilibrado na criação e na marcação, e os atacantes serem mais decisivos.
Até o incansável Juninho cansou.
Na transformação do DNA formador em aproveitador, o discurso entre Mancini e a base precisa ser mais alinhado.
Enquanto Mancini espera utilizar jogadores praticamente prontos, a base vai oferecer promissores jogadores para serem trabalhados no principal.
Os promovidos da base deveriam ser utilizados sem a responsabilidade de serem solução, mas com o objetivo de aumentar a minutagem profissional, ficarem mais bem preparados no processo de aprimoramento e oscilação e principalmente evitar o desgaste excessivo dos principais titulares provocado pela sequência de jogos e viagens.
Na engenharia de obra pronta do pós-jogo, o rendimento no Brasileirão poderia ser maior se um time alternativo, com presença dos jogadores da base, fosse utilizado na Sul-Americana, sob o comando do Mairon César.
Aliás é bastante contraditório os pratas da casa deixarem de serem relacionados no Mineiro e passarem a ser escalados no Brasileirão.
Samuel tem potencial para substituir o Arthur na lateral direita.
Breno, preferencialmente mais avançado, Mateus Henrique, em qualquer função e posição do meio-campo ou lateral ou meia-atacante de lado, Rodriguinho, para jogar de uma intermediária a outra, e Varanda, para substituir Benítez em alguns jogos no segundo tempo, são opções com potencial de utilização para pelo menos um deles ou mais de um serem escalados durante jogos.
Varanda marcou 10 gols nesta temporada.
Ainda Adyson, que infelizmente fraturou o tornozelo, Renato e Luan.
A possibilidade de tentativa de reação no Brasileirão deverá ser abrir mão da Sul-Americana e utilizar uma estratégia de jogo mais equilibrada entre o defender o atacar ou bastante defensiva.
Neste momento, talvez seja mais interessante utilizar 3 zagueiros, mas com 2 laterais para formarem uma linha defensiva de 5, mais uma segunda linha de 4 e só um atacante avançado, ou duas linhas de quatro mais dois atacantes mais avançados.
O posicionamento funcional do Benítez precisa ser mais bem definido, formando um quarteto no meio-campo ou na armação pelo lado, mas sem necessidade de participar tanto da recomposição defensiva.
Wanderson, Lucas Kal, Martínez e Mastriani deveriam jogar mais vezes entre os titulares ou durante os jogos, para alguns titulares descansarem.
América:
Matheus Cavichioli;
Marcinho (Maidana), Ricardo Silva, Éder, Marlon;
Alê, Juninho (Martínez) e Benítez;
Felipe Azevedo (Mateus Gonçalves), Mikael (Renato), Aloísio (Wellington Paulista)
Técnico: Mancini
Cruzeiro:
Rafael Cabral;
William (Igor Formiga), Lucas Oliveira, Luciano Castán e Marlon;
Filipe Machado, Ramiro (Matheus Jussa) e Neto Moura (Walisson);
Wesley (Gilberto), Bruno Rodrigues e Dourado.
Técnico: Pepa