O gol sofrido nos primeiros minutos prejudicou a estratégia de o time escalado pelo Mancini jogar retrancado, explorando as jogadas em contra-ataque.
A mudança de postura para mais ofensiva aumentou as falhas defensivas, evidenciou a limitação na saída de bola e consequentemente a improdutividade no ataque.
Entre as mudanças radicais promovidas pelo Mancini, talvez a solução para buscar a recuperação da força do futebol coletivo, competitivo, organizado e vencedor seja mesclar os diferentes times utilizados nos jogos anteriores.
Mesmo assim, faltam melhores opções para formar uma dupla de zaga mais consistente, ainda mais sem o Éder, e um lateral esquerdo mais eficiente na defesa e no ataque.
Em compensação, Breno, sub-20 em fase de aprimoramento e oscilação, Lucas Kal e Martínez demonstraram capacidade para serem mais utilizados, preferencialmente num quarteto ou até quinteto de meio-campo, mesclado com Alê, Bemítez e Juninho, os mais titulares no início deste ano.
Martínez poderia inclusive jogar aberto pelo lado esquerdo, para participar com mais intensidade, resistência física e velocidade da recomposição e transição ofensiva.
Lucas Kal, Juninho e Alê, com Benítez mais avançado e/ou Martínez pelo lado esquerdo poderiam ser uma opção de escalação.
Aloísio, Everaldo e Mastriani seriam opções para utilizar dois atacantes.
Mikael ainda é merecedor de mais chances, principalmente pela imposição física e poder de finalização.
Mas sem Adyson e Matheusinho faltam opções de velocidade para começar o jogo ou entrar no segundo tempo.
Mateus Gonçalves está muito abaixo do desejado.
Henrique deslocado para o lado poderá render mais que o Mateus Gonçalves.
Mateus Henrique, na posição de meia-atacante de lado, também poderá render mais que o Mateus Gonçalves.
Felpe Azevedo deveria ser aproveitado para entrar durante os jogos.
Aliás, sem as contratações necessárias para disputar mais de uma competição, o América deveria ter aberto mão da Sul-Americana, sem a necessidade de ter utilizado o time titular para jogar contra o Millonarios na Colômbia e de escalar Alê, Juninho e Benítez contra o Defensa y Justicia.
Na transformação do DNA formador em aproveitador, Samuel, Júlio, Heitor, Paulinho, Mateus Henrique, Breno, Rodriguinho, Varanda, Adyson Renato e Luan, os promissores pratas da casa deveriam ter sido mais utilizados desde o Campeonato Mineiro, sem responsabilidade de ser solução, mas de fazer parte da solução.
Os reforços necessários para disputar a titularidade, que deveriam ser feitas no início da temporada, aumentaram para a segunda janela.
Pelo menos um lateral direito, um zagueiro, dois jogadores do meio-campo, dois atacantes de lado, e talvez um lateral-esquerdo.
Botafogo:
Lucas Perri;
Di Placido, Adryelson (Phillipe Sampaio), Cuesta e Marçal;
Marlon Freitas, Tchê Tchê e Lucas Fernandes (Raí);
Júnior Santos, Luis Henrique (Victor Sá) e Eduardo (Janderson)
Técnico: Luís Castro
América:
Mateus Pasinato;
Marcinho, Wanderson, Maidana, Danilo;
Lucas Kal, Breno (Juninho) e Martínez;
Everaldo (Mateus Gonçalves), Renato Marques (Aloísio), Felipe Azevedo (Mastriani),
Técnico: Mancini