Apesar do defeito crônico dos erros de reposicionamento defensivo nos gols sofridos, os comandados do Mancini, mais uma vez, demonstraram comprometimento, determinação e poder de reação, Juninho, novamente, foi bastante participativo, produtivo e eficiente, e Martínez, de novo, evidenciou ser merecedor da titularidade, numa posição funcional a ser encontrada pela Comissão Técnica.
Everaldo disputar o lance com Vitor Roque no primeiro gol do Athletico, Marcinho marcar Vitor Roque e Christian infiltrar sozinho para marcar o segundo gol do adversário refletiram as falhas dos marcadores, e o mal posicionamento dos laterais e zagueiros, em vários gols sofridos nesta temporada, principalmente durante o balanço defensivo, quando os adversários infiltraram livres pelo centro da grande área, especialmente no lado oposto do cruzamento, para finalizarem sem marcação.
Embora ainda seja necessário contratar mais um zagueiro para disputar a titularidade, o rodízio seja importante para evitar o desgaste provocado pelos jogos seguidos, Éder tenha sido liberado recentemente do DM, Ricardo Silva esteja lesionado, a definição de uma dupla de zaga e de laterais mais titulares poderá aumentar o entrosamento e facilitar o posicionamento na recomposição e organização defensiva.
Danilo Avelar deveria ser efetivado de quarto zagueiro, em vez de lateral.
Se Nícolas não aumentar a produtividade, Daniel Borges poderá ser utilizado na lateral-esquerda.
Com a melhoria da primeira linha defensiva na marcação, possivelmente Matheus Cavichioli ou Matheus Pasinato ficará menos exposto ao ataque adversário, e poderá ter mais facilidade para fazer importantes defesas.
Além de definir uma primeira linha defensiva mais titular, outro desafio do Mancini será encontrar a melhor distribuição tática mais equilibrada entre o defender e atacar, a fim de aproveitar Benítez e/ou Martínez, e a utilização de uma dupla ou trio ofensivo, com mais resistência física para jogar a maior parte dos dois tempos em alta intensidade.
Talvez seja possível utilizar quatro jogadores no meio-campo, com Alê, Juninho, Martínez e Benítez, ou a utilização do Martínez, mais aberto pelo lado esquerdo.
Os dois atacantes ou meias-atacantes de lado precisam ter mais resistência física e velocidade para jogarem dois tempos em alta intensidade.
Além da contratação de um zagueiro, pelo menos mais dois jogadores para o meio-campo e dois atacantes de lado, com velocidade para puxar contra-ataque, e todos eles bem mais preparados que os pratas da casa, em fase de aprimoramento e oscilação.
Aliás, na transformação do DNA formador em aproveitador, sem a responsabilidade de ser solução, mas fazer parte da solução, Mateus Henrique poderia ter sido mantido entre os titulares na lateral direita, porque estava num ótimo momento de evolução, ou virar possibilidade para entrar no meio-campo, durante o jogo.
Breno tem potencial para ser utilizado entre os titulares ou entrar durante todos os jogos.
Rodriguinho voltou a demonstrar capacidade de merecer mais oportunidades.
O desempenho do Renato será maior na posição de centroavante.
Varanda poderia ter sido mais efetivo, ao repetir no principal a forma de marcar gols na base, quando carregou a bola de uma intermediária a outra, infiltrou na grande área e finalizou rasteiro no canto do goleiro, mas ainda assim, entrou bem no jogo, foi bastante participativo e colaborou no aumento do volume de jogo americano.
Dependendo da circunstância do jogo, poderá ser possível um meio-campo bastante dinâmico, com Mateus Henrique, Rodriguinho, Breno e Varanda.
América:
Matheus Pasinato;
Marcinho, Maidana, Wanderson e Danilo Avelar;
Lucas Kal (Rodriguinho), Breno (Martínez), e Juninho;
Everaldo (Renato), Aloísio (Wellington Paulista), Felipe Azevedo (Rodrigo Varanda)
Técnico: Mancini.
Athletico:
Bento;
Madson, Zé Ivaldo, Thiago Heleno e Fernando;
Hugo Moura (Matheus Felipe), Erick e Alex Santana (Léo Cittadini);
Christian (Willian Bigode), Vitor Roque (Thiago Andrade), Canobbio (Cuello)
Técnico: Paulo Turra.
Gols: Wellington Paulo e Danilo Avelar