terça-feira, 3 de setembro de 2019

Mineiro Sub-20: Cruzeiro 3 x 0 América

O modelo de jogo definido pelo Paulo Ricardo e bem executado pelos jogadores americanos, na maioria dos jogos disputados pelo Mineiro e Brasileiro, é o diferencial competitivo do time americano.

Mas a escalação inicial, falhas defensivas na bola aérea e baixo poder de criação e finalização facilitaram a vitória cruzeirense.

Sem contar a falta de critérios na marcação das faltas e distribuição dos amarelos.

O revezamento de goleiros é questionável.

Elzo está há mais tempo no clube e nasceu no ano 2.000.

Robson foi contratado este ano e também tem 19 anos.

No caso da necessidade de contratar, a aposta deveria ter sido num goleiro mais novo, a fim de o Elzo continuar a ter mais oportunidades entre os titulares.

Mesmo assim, o contratado ocuparia espaços dos promovidos pelo Sub-17.

Igual deveria ser no principal, o contratado dever ser muito mais bem preparado para justificar a contratação.

Precisa haver um ponto de equilíbrio entre contratado e formado.

O número de formados, principalmente no Sub-20, deve ser maior do que o de contratados.

Na derrota para o Cruzeiro,  o primeiro tempo foi bastante truncado, com pouquíssimas finalizações certas dos dois times.

No início do segundo tempo, poucos minutos antes do primeiro gol sofrido, o time cruzeirense desperdiçou chance para abrir o marcador, quando o adversário, livre de marcação, finalizou para fora o cruzamento recebido.

Depois do primeiro gol sofrido, num erro de posicionamento na bola alta defensiva, os comandados do Paulo Ricardo tiveram mais posse de bola ofensiva, mas sem transformar volume de jogo em chances reais de gol.

O segundo gol sofrido foi em lance de bola parada numa cobrança de escanteio, noutro erro de posicionamento defensivo na bola aérea.

Após a expulsão do Guilherme, o time americano ainda tentou diminuir o placar, mas sofreu o terceiro gol em jogada de contra-ataque gerada pelo erro do Natan.

A primeira linha defensiva foi formada pelo Luisão, Guilherme, Zé Vitor e Lucas Luan.

Com Luisão, na lateral-direita, o time perdeu força ofensiva, sem o apoio de lateral mais a presença de um meia-atacante.

Guilherme e  Zé Vitor vacilaram na bola alta defensiva nos dois primeiros gols do Cruzeiro.

Lucas Luan tem mais potencial para jogar no meio-de-campo do que de lateral, porque tem qualidade na distribuição das jogadas.

Renan, Guilherme Borges e João Gabriel formaram o trio de meio-campistas.

Falta um meia-atacante mais centralizado, com poder de criação, finalização e decisão.

João Gabriel é que mais se aproxima deste perfil, principalmente pela qualidade no passe e nas finalizações de longa distância, mas precisa se deslocar mais pelos dois lados e fazer mais infiltrações na área adversária.

Renan carece ser mais lançador, finalizador e dar passes verticais.

Guilherme Borges também precisa ser mais finalizador e pisar mais dentro da área.

Matheus Santos não jogou, mas parece ser mais zagueiro ou primeiro volante ou até centroavante.

Thalys, Vitão e Guilherme Pira formaram o trio ofensivo.

Sem o apoio do Luisão, houve a tentativa do Guilherme Borges ocupar o espaço pela direita.

Possivelmente teria sido mais interessante, a escalação do Thalys na lateral direita, e Osmar ou Carlos Alberto, de meia-atacante de lado.

Carlos Alberto tem potencial de driblador, que busca a linha de fundo, em vez de infiltrar pela diagonal, para fazer o cruzamento. Na posição de centroavante, nada acrescentou. Será mais produtivo pelo lado direito.

Vitão ficou muito isolado e sem receber assistências e cruzamentos para finalização.  Também precisa ser mais dinâmico nos deslocamentos pelos lados.

Guilherme Pira tem a qualidade de partir pra cima. Vai errar, mas também vai acertar. É preferível arriscar o drible em direção a linha de fundo do que tentar o passe e perder a bola.

Felipe Clemente poderia ter entrado porque dá trabalho para a defesa adversária.

Entre só completar treino no profissional e jogar no sub-20, Pedro deveria jogar mais vezes pela base.

A utilização de jogadores com 20 anos, que no último ano de sub-20 inda não conquistaram a titularidade, precisa ser repensada.

Deve ser mais interessante optar pela promoção de um sub-17 com potencial de aproveitamento.

Aliás, Matheus Filipe do Sub-17, que poderia ter oportunidades na função de meia-centralizado, foi promovido para o Sub-20 e parou de ser aproveitado nas duas categorias.

Robson;
Luisão, Guilherme Ferreira, Zé Vitor, Lucas Luan (Carlos Junio);
Renan (Gabriel Borges), Guilherme Borges (Natan), João Gabriel (Carlos Alberto);
Thalys (Einstein), Vitão (Osmar) e Guilherme Pira.

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