sexta-feira, 9 de abril de 2021

América-MG 1 x 1 Patrocinense

A escalação do Ademir entre os titulares contra o Atlético e a Patrocinense, quando jogou pelo lado esquerdo, poderá ser recompensadora se tiver colaborado na recuperação do ritmo físico e técnico do jogador, a fim de enfrentar o Ferroviário pela Copa do Brasil, porque nos dois confrontos disputados a produtividade foi baixa. 

Ademir poderia ter iniciado o jogo contra a Patrocinense, pelo lado direito e ter formado o trio ofensivo com Rodolfo e Gustavinho, em vez de ser escalado recuado na ponta esquerda, com Rodolfo aberto pela direita, ambos distantes da grande área,  e sem infiltrações do Alê, Juninho e Toscano pelo centro. 

No meio-de-campo, em vez de utilizar Sabino, Juninho e Alê, três volantes contra um adversário retrancado, Sabino e Alê poderiam ter formado a dupla de volantes, com qualidade na saída de bola, nos passes e desarmes, e Toscano ter sido o meia-atacante avançado, próximo do trio ofensivo sugerido, composto pelo Ademir, Rodolfo e Gustavinho. 

A fim de aumentar as possibilidades ofensivas, Diego Ferreira ou Juninho seria o lateral direito e João Paulo faria mais ultrapassagens pelo lado nos dois tempos do jogo. 

Diego Ferreira, em fase de readaptação depois da lesão sofrida,  jogou mal contra o Atlético, mas poderia ter iniciado contra a Patrocinense.

Joseph, improvisado na lateral, é mais defensivo, sem características ofensivas de fazer ultrapassagens, buscar a linha de fundo e fazer cruzamentos precisos. 

Contra times fechados, Juninho, na função de volante, perde a vantagem competitiva de fazer infiltrações e ocupar espaços em alta intensidade e velocidade. 

João Paulo parece sem condições físicas ideais para disputar jogos seguidos, defender e atacar em alta intensidade nos dois tempos do confronto. 

No setor defensivo, a ineficiência do Eduardo Bauermann na bola alta é preocupante. 

No gol sofrido, novamente o time americano deixou de fazer a falta no início da jogada, na intermediária adversária, para evitar o contra-ataque. 

A construção ofensiva melhorou no segundo tempo, com as participações do João Paulo, mais avançado, Alê e Bruno Nazário pelo corredor esquerdo, e Juninho, na função de lateral, Gustavinho e Leandro Carvalho, pelo direito. 

Sabino estava bem no jogo, participativo na sustentação defensiva e ofensiva e só deveria ter saído por cansaço ou para a entrada do Juninho Valoura ou Zé Ricardo, com a manutenção do Juninho na lateral direita, em vez do Diego Ferreira, que pouco acrescentou. 

Leandro Carvalho ficou mais na intenção do que na realização das jogadas, mas novamente pareceu ser falta de ritmo de jogo. Porém precisa ter um prazo para aumentar a produtividade ou Carlos Alberto ser utilizado pelo lado direito ou esquerdo, para ter direito a acelerar o aprimoramento nos cruzamentos e finalizações. 

Bruno Nazário demonstrou que poderá ser mais bem aproveitado na tarefa ofensiva, na função de meia-atacante, pelo centro ou pelo lado do campo. 

O gol do Ribamar comprovou a importância de utilizar um centroavante artilheiro decisivo com presença de área. 

Gustavinho tem grande potencial para ser protagonista, com mais assistências, finalizações, passes verticais e gols decisivos. 

Aliás, na transformação do DNA formador em aproveitador entre os titulares, apesar de deslocado para o lado esquerdo, Gustavinho deveria ter sido mantido entre os titulares nos dois últimos jogos.

Thalys também poderia ter mais oportunidades, devido a irregularidade do Joseph, improvisado, e Diego Ferreira, em processo de recuperação do ritmo de jogo. 

Carlos Alberto pelo menos ser relacionado no lugar do Leo Passos e revezar as oportunidades com Leandro Carvalho. 

Destaque para a incansável participação do volante Alê, na bola parada defensiva e nas quatro fases do modelo de jogo (defesa, recomposição, transição e ataque), para a estreia do Bruno Nazário, a potencialidade do Sabino e Gustavinho e Ribamar pelo gol. 

América:
Matheus Cavichioli; 
Joseph (Gustavinho), Anderson, Eduardo Bauermann, João Paulo; 
Sabino (Diego Ferreira), Juninho, Alê, Toscano (Bruno Nazário); 
Rodolfo (Ribamar), Ademir (Leandro Carvalho)
Técnicos: Lisca

Patrocinense:
Edson; Ferrugem, 
Alisson, Breno e Jhonatan Moc; Maycon Lucas, Wisley e Íkaro Mychell (Matheus); 
Jeam, Carrara (Fernando) e Wallace Lima (Giba).
Técnico: Rogério Henrique

Gol: Ribamar