sexta-feira, 2 de abril de 2021

Uberlândia 1 x 2 América-MG

Apesar do horário totalmente inadequado para a prática do futebol de alto rendimento, os comandados do Lisca dominaram o adversário, criaram grandes chances de gols e aproveitaram duas oportunidades, entre elas a finalização dentro da área do Rodolfo, numa jogada espetacular iniciada na intermediária americana. 

Mas no primeiro tempo, faltou produtividade ofensiva pelo lado direito com Joseph e Juninho, e mais ultrapassagens do João Paulo pelo lado esquerdo.

Joseph, improvisado, avançou mais que João Paulo.

Juninho, deslocado para o lado, foi pouco agressivo, mas colaborou na marcação.

Com poucas ultrapassagens do João Paulo, Gustavinho ficou isolado pela esquerda. 

Aliás, Gustavinho tem potencial para acertar mais passes verticais, ser mais assistente e finalizador. 

Sabino desarmou, marcou, colaborou no início da construção ofensiva e gerou amarelos para os adversários. 

Alê, Rodolfo e Toscano, depois Gustavinho e Sabino, foram os passadores mais participativos e produtivos. 

A troca qualificada de passes entre Alê, mais recuado no início da transição ofensiva,  e Toscano, avançado pelo centro, aumentou a velocidade tática, valorizou a posse de bola e facilitou o controle do adversário e do ritmo do jogo. 

Na segunda etapa, houve uma falha na bola parada defensiva e no lance do pênalti feito pelo Matheus Cavichioli. Nos dois lances, os adversários receberam a bola livres de marcação. 

O corredor direito ficou mais ofensivo com Diego Ferreira e Leandro Carvalho. 

João Paulo, talvez sem a condição física ideal para jogar em alta intensidade, rendeu menos do que deve e pode render, repetiu a improdutividade defensiva-ofensiva e obrigou Eduardo Bauermann sair da área para fazer a cobertura. 

Lucas Luan participou bem da marcação, da saída de bola e avançou. 

Juninho, sem posição fixa, foi mais dinâmico, participativo e produtivo. 

Ribamar também foi dinâmico pelos lados e pelo centro.

Zé Ricardo manteve a produtividade do Sabino na marcação, no desarme e na troca de passes. 

Rodolfo, sem executar a função de pivô, melhorou o desempenho na distribuição das jogadas. 

O segundo gol foi um complemento de uma jogada construída desde a saída de bola e finalizada numa triangulação iniciada pelo Rodolfo, com a participação do Leandro Carvalho e Diego Ferreira. 

Destaque pra a construção da jogada do segundo gol, para Rodolfo, Toscano e mais um vez especialmente para Alê, pela produtividade na defesa, na recomposição, na transição e na organização ofensiva. 

Ainda assim, talvez tivesse sido mais interessante, menos cansativo e desgastante a utilização de um time mais alternativo, devido as condições adversas do gramado, do horário e da distância entre Belo Horizonte e Uberlândia. 

Na transformação do DNA formador em aproveitador entre os titulares, Thalys e Lucas Luan, ambos com potencial de meio-campistas, poderiam ter sido os laterais.

Sabino deveria ter sido mantido, mas Flávio ou Lucas Gabriel poderia ter jogado. 

Na parte ofensiva, Carlos Alberto ter sido relacionado no lugar do Leo Passos. 

Carlos Aberto precisa ser mais eficiente nas finalizações e bem treinado nos cruzamentos programados para os finalizadores bem posicionados em locais pré-determinados definirem as jogadas, mas tem grande potencial de aproveitamento e evolução, com qualidade no drible e velocidade. 

Uberlândia:
Marcão; 
Joazi (Éverton), Anderson Penna, Eduardo e Henrique Ávila (Gilmar); 
Luanderson, Felipe Pará (Leonardo Martins) e Daniel Costa; 
Nailson (Franco), Luizinho e Deivyd Reis.
Técnico: Waguinho Dias
 
América:
Matheus Cavichioli; 
Joseph (Diego Ferreira), Anderson, Eduardo Bauermann, João Paulo (Lucas Luan); 
Sabino (Zé Ricardo), Alê;
Juninho, Rodolfo, Toscano (Ribamar), Gustavinho (Leandro Carvalho)
Técnicos: Lisca

Gols: Toscano e Rodolfo