Apesar das chances desperdiçadas, da queda de desempenho no fim do segundo tempo, das substituições feitas, das falhas no gol sofrido, dos erros desfavoráveis da arbitragem durante o jogo e favorável na disputa por pênaltis, o time americano teve um bom desempenho, especialmente no primeiro tempo, conquistou a classificação para a terceira fase da Copa do Brasil e a premiação no valor de R$ 1,7 milhão.
A produtividade no primeiro tempo poderia ter sido transformada em mais gols feitos e facilitado a vitória do Coelhão durante o tempo normal.
Numa formatação próxima do 3-4-3, a distribuição tática ficou mais equilibrada, funcional e intensa.
Diego Ferreira, Anderson e Eduardo Bauermann foram responsáveis pela saída de bola.
Juninho, Zé Ricardo, Alê e João Paulo, mais avançado, formaram o quarteto no meio-de-campo dinâmico, distribuidor das jogadas, marcador, passador.
Bruno Nazário, mais articulador do que agudo, Rodolfo e Felipe Azevedo foram o trio ofensivo.
Na jogada de bola parada ofensiva do gol americano, teve a participação do Bruno Nazário e Felipe Azevedo, as duas novidades entre os titulares.
Zé Ricardo voltou a ser mais finalizador, igual nas categorias de base, quando jogava mais avançado, finalizava e fazia gols.
Numa assistência do Juninho e outra do João Paulo, Rodolfo desperdiçou duas grandes chances de gol.
No segundo tempo, João Paulo foi mais conservador no apoio, Bruno Nazário e Felipe Azevedo, sem ritmo de jogo, cansaram e foram substituídos.
Ainda assim, Carlos Alberto, duas vezes, e Bruno Nazário finalizaram travado.
Gustavinho, com o pé direito, finalizou para fora.
Talvez fosse mais interessante a entrada do Toscano no lugar do Diego Ferreira, com o deslocamento do Juninho para a lateral-direita, e Carlos Alberto para a ponta direita, a fim de partir pra cima, buscar a linha de fundo e fazer cruzamentos precisos para Ribarmar, posicionados de acordo com os treinamentos, finalizar. Gustavinho jogaria pelo lado esquerdo, para colaborar na marcação com João Paulo e avançar. Zé Ricardo, Alê, Toscano e João Paulo comandariam o ritmo do jogo e valorizariam a posse de bola.
Na transformação do DNA formador em aproveitador entre os titulares, os pratas da casa deveriam ter sido mais bem aproveitados em oportunidades programadas durante o Campeonato Mineiro. Alguns poderiam ter jogado contra o Tombense, a fim de aumentar a rodagem e preservar os considerados titulares para o jogo decisivo da Copa do Brasil contra o Ferroviário.
Bruno Nazário. em vez de aberto pelo lado, poderá ser mais criativo, finalizador e decisivo ser for utilizado na função de meia armador centralizado, sem precisar recuar tanto. Com dois volantes, possivelmente Alê e Zé Ricardo, mais participativos na recomposição e organização defensiva.
Destaque para a participação efetiva do Alê, João Paulo e Zé Ricardo, no primeiro tempo, Felipe Azevedo pelo gol, Sabino pelo qualidade na cobrança da penalidade, Matheus Cavichioli, pela redenção nas disputas de pênaltis, e em especial para Zé Ricardo, pelo conjunto da obra nos dois tempos do jogo.
América:
Matheus Cavichioli;
Diego Ferreira, Eduardo Bauermann, Anderson e João Paulo;
Zé Ricardo, Juninho (Flávio), Alê (Sabino)
Bruno Nazário (Carlos Alberto), Rodolfo (Ribamar), Felipe Azevedo (Gustavo).
Técnicos: Cauan de Almeida e Márcio Hahn
Ferroviário:
Jonathan;
Polegar (Roni), Vitão, Richardson e Emerson (Madson);
Wesley Dias (Sousa Tibiri), Diego Viana e Reinaldo; Berguinho (Mauri), Wendson (Augusto);
Adilson Bahia.
Técnico: Francisco Diá
Gol: Felipe Azevedo