domingo, 18 de abril de 2021

América-MG 2 x 0 Coimbra

O número de gols feitos deveria ter sido maior, mas o time americano dominou o adversário, fez dois gols, criou e desperdiçou oportunidades de ampliar o placar. 

Numa formatação semelhante a mais utilizada na temporada passada, Zé Ricardo, Juninho e Alê formaram o trio do meio-de-campo. Bruno Nazário, Rodolfo e Felipe Azevedo foram os três mais ofensivos. 

O posicionamento funcional do Alê e Juninho está mais próximo de um volante que joga de uma intermediária a outra, do que um meia-armador ou meia-atacante centralizado.

Ambos participaram da recomposição e organização defensiva, e da transição e construção ofensiva. 

Alê ainda participou da bola parada na defesa e no ataque. 

Embora tenha sido escalado pelo lado direito, Bruno Nazário foi mais articulador do que agudo. 

Falta na equipe americana um meia-atacante centralizado, o antigo ponta de lança, estilo Matheusinho e Rodriguinho. Toscano é o que mais se aproxima dessa função, mas quando foi escalado jogou em outras posições e desempenhou funções diferentes. 

Com a escalação do Diego Ferreira e Bruno Nazário pelo lado direito, e João Paulo e Felipe Azevedo, pelo esquerdo, faltou mais profundidade pelas beiradas. 

Diego Ferreira, em fase de recuperação física e técnica depois da lesão, e João Paulo, sem resistência física para jogar dois tempos em alta intensidade, deveriam ter feito mais ultrapassagens, a fim de aumentar as possiblidades ofensivas de triangulações pelo lados.

João Paulo e Felipe Azevedo poderiam ser aproveitados em jogos alternados, para evitar o desgaste provocado pela sequência de partidas, em curto espaço de tempo. 

Zé Ricardo repetiu a produtividade ofensiva das categorias de base, quando jogava mais avançado, era mais finalizador e decisivo. 

Rodolfo fez 4 finalizações dentro da área e marcou um gol. Poderá ter mais poder de finalização e decisão se aumentar a presença na área para definir as jogadas, principalmente as construídas pelos lados, com cruzamentos da linha de fundo. 

Na transformação do DNA formador em aproveitador, Carlos Alberto demonstrou ser merecedor de mais oportunidades programadas..  

O estilo do Carlos Alberto é parecido com o do Luciano, com potencial de partir pra cima avacoelhando geral, fazer cruzamentos e/ou finalizar.  Dentro do processo de desenvolvimento e oscilação no primeiro passo da transição antes de completar 20 anos, precisa melhorar o complemento das jogadas, mas tem facilidade na arrancada, no drible vertical e velocidade para buscar a linha de fundo ou infiltrar pela diagonal. Talvez seja mais produtivo pelo lado direito. 

Com a definição do reaproveitamento do Ademir, em vez dele disputar a titularidade com Bruno Nazário, poderá ser mais interessante aproveitar a criatividade do Bruno Nazário e a velocidade do Ademir durante o jogo. 

Contra times menos qualificados, Bruno Nazário poderá ser um dos três do meio-de-campo ou um dos três do ataque, pelo lado oposto ao do Ademir. 

Para enfrentar equipes mais qualificadas, será preciso encontrar a distribuição tática mais equilibrada entre defender e atacar próximo da máxima eficiência. 

Destaque para a constante participação do Alê e Juninho na defesa e no ataque, para o poder de criação do Bruno Nazário, e especialmente Zé Ricardo, o dono do meio-de-campo. 

América:
Matheus Cavichioli; 
Diego Ferreira, Anderson, Eduardo Bauermann, João Paulo (Ramon); 
Zé Ricardo, 
Juninho, Alê (Ricardo Silva);
Bruno Nazário (Ademir), Rodolfo (Ribamar), Felipe Azevedo (Carlos Alberto)
Técnico: Lisca

Coimbra:
Luiz Felipe;
Filipi Sousa, Diogo Henrique, Augusto (Carciano) e Thiago Balaio; 
Thomás (Yuri Tanque), Gustavo Crecci, Klysman (Marquinho) e Lucas Hipólito; 
Igor Oliveira (Francis) e Rafhael Lucas (Eduardo)
Técnico:
Eugênio Souza

Gols: Zé Ricardo, Rodolfo.