sexta-feira, 20 de novembro de 2020

América-MG (6)0×1(5) Internacional-RS - Copa do Brasil

O modelo de jogo definido pelo Lisca e incorporado pelos jogadores do América, a consciência da responsabilidade individual na solidariedade do futebol coletivo, e o comprometimento com a equipe foram fundamentais na histórica classificação americana para a semifinal da Copa do Brasil. 

Ainda assim, o gol sofrido nos segundos finais, numa falta inventada pelo juiz, cobrada fora do local e na única falha do posicionamento defensivo, quase comprometeu a inédita conquista do Coelhão e o trabalho desenvolvido pela Diretoria americana, Comissão Técnica, jogadores e torcedores. 

Apesar do maior volume do jogo, com posse de bola ofensiva, o adversário acertou 3 finalizações no gol e 5 para fora, enquanto o time americano acertou dois chutes e errou 2. 

Embora a postura mais defensiva do que ofensiva, com exploração dos contra-ataques, tenha sido eficiente até os 49m40s do segundo tempo, o que garantia a vaga para a próxima fase da competição, talvez fosse mais interessante um pouco mais de ofensividade dos comandados do Lisca, na busca do gol.

Matheus Cavichioli foi pouco exigido. 

Diego Ferreira, Messias, Anderson e João Paulo mantiveram a consistência defensiva na maioria dos lances disputados. 

Flávio e Juninho participaram mais da marcação no campo de defesa do que da transição ofensiva. 

Geovane defendeu, atacou e foi o principal finalizador com dois acertos. 

Ademir, pelo lado direito, foi a única válvula de escape.

Rodolfo ficou bastante isolado. 

Faltou mais velocidade do Felipe Azevedo pelo lado esquerdo para aumentar as possiblidades de jogadas em contra-ataque. 

Mas há males que vem para o bem.

A decisão por pênaltis demonstrou poder de reação, retomada da concentração e do foco da equipe americana.

Ainda proporcionou a exibição da categoria do Sabino na cobrança convertida em gol. 

Sabino repetiu a personalidade demonstrada nos clássicos da base contra os rivas, quando se impunha sobre os adversários. 

Destaque para o futebol solidário do time, mas especialmente para individualidade qualificada do Messias. 

Aliás, Messias, o dono da grande área, faz parte da seleção dos melhores zagueiros da história do América Futebol Clube. 

América:
Matheus Cavichioli; 
Diego Ferreira, Messias, Anderson, João Paulo; 
Flávio (Sabino);
Juninho, Geovane (Alê); 
Ademir (Daniel Borges), Rodolfo (Leo Passos), Felipe Azevedo (Toscano)
Técnico: Lisca

Internacional:
Marcelo Lomba; 
Rodinei, Zé Gabriel, Víctor Cuesta e Moisés (Uendel); 
Rodrigo Dourado (Caio), Rodrigo Lindoso, Edenilson e D'Alessandro (Praxedes); 
Leandro Fernández (Yuri Alberto) e Thiago Galhardo
Técnico: Abel Braga

Leo Passos, Messias, Sabino, Toscano, João Paulo e Juninho nos pênaltis.