O modelo de jogo definido pelo Lisca e incorporado pelos jogadores do América, a consciência da responsabilidade individual na solidariedade do futebol coletivo, e o comprometimento com a equipe foram fundamentais na histórica classificação americana para a semifinal da Copa do Brasil.
Ainda assim, o gol sofrido nos segundos finais, numa falta inventada pelo juiz, cobrada fora do local e na única falha do posicionamento defensivo, quase comprometeu a inédita conquista do Coelhão e o trabalho desenvolvido pela Diretoria americana, Comissão Técnica, jogadores e torcedores.
Apesar do maior volume do jogo, com posse de bola ofensiva, o adversário acertou 3 finalizações no gol e 5 para fora, enquanto o time americano acertou dois chutes e errou 2.
Embora a postura mais defensiva do que ofensiva, com exploração dos contra-ataques, tenha sido eficiente até os 49m40s do segundo tempo, o que garantia a vaga para a próxima fase da competição, talvez fosse mais interessante um pouco mais de ofensividade dos comandados do Lisca, na busca do gol.
Matheus Cavichioli foi pouco exigido.
Diego Ferreira, Messias, Anderson e João Paulo mantiveram a consistência defensiva na maioria dos lances disputados.
Flávio e Juninho participaram mais da marcação no campo de defesa do que da transição ofensiva.
Geovane defendeu, atacou e foi o principal finalizador com dois acertos.
Ademir, pelo lado direito, foi a única válvula de escape.
Rodolfo ficou bastante isolado.
Faltou mais velocidade do Felipe Azevedo pelo lado esquerdo para aumentar as possiblidades de jogadas em contra-ataque.
Mas há males que vem para o bem.
A decisão por pênaltis demonstrou poder de reação, retomada da concentração e do foco da equipe americana.
Ainda proporcionou a exibição da categoria do Sabino na cobrança convertida em gol.
Sabino repetiu a personalidade demonstrada nos clássicos da base contra os rivas, quando se impunha sobre os adversários.
Destaque para o futebol solidário do time, mas especialmente para individualidade qualificada do Messias.
Aliás, Messias, o dono da grande área, faz parte da seleção dos melhores zagueiros da história do América Futebol Clube.
América:
Matheus Cavichioli;
Diego Ferreira, Messias, Anderson, João Paulo;
Flávio (Sabino);
Juninho, Geovane (Alê);
Ademir (Daniel Borges), Rodolfo (Leo Passos), Felipe Azevedo (Toscano)
Técnico: Lisca
Internacional:
Marcelo Lomba;
Rodinei, Zé Gabriel, Víctor Cuesta e Moisés (Uendel);
Rodrigo Dourado (Caio), Rodrigo Lindoso, Edenilson e D'Alessandro (Praxedes);
Leandro Fernández (Yuri Alberto) e Thiago Galhardo
Técnico: Abel Braga
Leo Passos, Messias, Sabino, Toscano, João Paulo e Juninho nos pênaltis.