quarta-feira, 26 de agosto de 2020

América-MG 1 x 0 Ferroviária-SP

Valeu pelo vitória, pela classificação para a quarta fase da Copa do Brasil e principalmente pelos R$ 2 milhões da premiação.

Mas contra um adversário da série D, desfalcado e sem ritmo de jogo, o desempenho do time americano deveria ter sido maior, com mais produtividade e eficiência ofensiva durante os dois tempos. 

Lisca errou em ter escalado Leo Passos contra o Oeste e persistiu no erro contra a Ferroviária. 

Leo Passos manteve a irregularidade improdutiva, a regularidade de não justificar as chances seguidas e ainda ocupar espaços de promissores pratas da casa promovidos para não jogar ou entrar em poucos minutos. 

Por exemplo, João Gabriel, um dos principais ou o principal jogador do Sub-20, que teve a promoção antecipada, deixou de jogar na base, inclusive a Copa São Paulo de 2020, e foi pouco utilizado no principal.

A insistência no aprimoramento do Geovane e Leo Passos seria aceitável se o retorno deles tivesse sido maior e mais rápido. 

Leo Passos participou de 18 jogos em 2020 e Geovane 27 desde o ano passado. 

Esperar muito tempo pelo desenvolvimento dos atletas sub-23 contratados de outras bases está na contramão da propaganda do DNA formador. 

O DNA formador necessita ser transformado em aproveitador, porque  o jogador bem formado deveria estar bem preparado para ser aproveitado mais vezes entre os titulares, especialmente no Campeonato Mineiro. 

Alê, Berola, João Paulo e Matheusinho renderam menos do que podem render. 

O posicionamento funcional do Alê deve ser repensado. 

Alê, com baixa velocidade e sem alta intensidade para jogar de uma intermediária a outra, ficou muito distante e demorou para se aproximar do Matheusinho e do Rodolfo. 

João Paulo, pela idade e pelo desgaste provocado pelos jogos seguidos, está muito travado, sem resistência física para defender e atacar em alta intensidade, e lento nas poucas ultrapassagens pelo lado.

Matheusinho, parecido com o jogo contra o Cuiabá, aberto pelo lado esquerdo produziu menos do que pode produzir, com a demora da aproximação do Alê e poucas ultrapassagens do João Paulo.

Berola manteve o posicionamento do Matheusinho,, distanciamento do Alê e João Paulo e a produtividade abaixo do que pode produzir. 

Daniel Borges avançou pela direita, mas teve dificuldades na troca de passes com Leo Passos e Juninho.
 
Toscano no lugar do Leo Passos aumentou a posse de bola ofensiva.

O poder de ataque ficou maior com a presença do Kawê, que tem mais potencial pela esquerda. 

Rodolfo foi mais produtivo e eficiente quando jogou na função de centroavante, em vez de atacante de lado.

Calyson novamente foi relacionado pra não jogar. 

Destaque para Messias e Eduardo Bauermann, pela manutenção da segurança defensiva, Daniel Borges, pela assistência pro gol e participação ofensiva, Toscano, que entrou bem pelo quarto jogo seguido, e Rodolfo, na função de centroavante e pelo poder de decisão. 

América:
Matheus Cavichioli; 
Daniel Borges, Messias, Eduardo Bauermann e João Paulo; 
Zé Ricardo (Kawê), Juninho e Alê; 
Leo Passos (Toscano), Rodolfo, Matheusinho (Berola)
Técnico: Lisca 

Ferroviária:
Saulo; 
Lucas Mendes, Anderson Salles, Max e Bruno Recife (Arthur Henrique); 
Dener (Willian), Tony e Fellipe Mateus;
Jhoninha (Túlio Renan), Bruno Mezenga (Leo Castro) e Hygor (Will Viana)
Técnico: Dado Cavalcanti 

Gol Rodolfo