segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Atlético 2 x 1 América

Falhas individuais, coletivas e posicionamentos funcionais ineficientes facilitaram a derrota americana.

Depois do reinício do Campeonato Mineiro, a competição é outra. 

O adversário com reforços contratados está com mais ritmo de jogo, talvez por ter utilizado praticamente quase a mesma escalação nos três jogos disputados, enquanto o time americano, no segundo jogo com a utilização dos considerados titulares, parece mais bem preparado fisicamente. 

A dobra pela esquerda com Sávio e João Paulo, que funcionou bem no segundo tempo da partida contra o Atlético pela primeira fase do campeonato, dessa vez foi totalmente improdutiva.

Sávio, mais recuado, foi improdutivo até na tarefa ofensiva, em que tem mais qualidade.

João Paulo também pouco produziu no primeiro tempo, quando jogou mais avançado.

Alê e Felipe Augusto, mal posicionados no primeiro tempo, ao revezar a posição de meia-atacante pela esquerda e centroavante, também foram inoperantes. 

O controle do jogo foi quase total do adversário, mas sem transformar posse de bola em chance de gol. 

Para piorar o que estava ruim, houve falhas individuais e coletivas nos gols sofridos.

No primeiro gol sofrido, apesar da principal falha ter sido do Airton, houve erro de posicionamento dos jogadores americanos na marcação dos adversários. 

Na cobrança da falta eram sete jogadores americanos contra cinco atleticanos.

Ainda assim, Jair cabeceou livre depois da "furada' do Airton. 

Embora Ademir tenha perdido a posse de bola no início da jogada que gerou o segundo gol, Eduardo Bauermman estava a frente do Nathan e foi muito lento na recomposição defensiva. 

No segundo tempo, a entrada principalmente do Matheusinho, com Vitão de centroavante e Alê mais participativo na distribuição das jogadas e um melhor preparo físico do americano, os comandados pelo Lisca buscaram o controle do jogo, criaram e aproveitaram uma oportunidade. 

Matheusinho fez lançamento perfeito para Ademir, que foi travado no momento do chute e poderia ter empatado o jogo, finalizou em cima da zaga adversária a atraiu a marcação de pelo menos dois adversários. 

Em um tempo de jogo, Matheusinho foi mais produtivo ofensivamente que Alê nos dois tempos, que tem qualidade na bola longa e na troca de passes, mas na posição de meia-atacante precisa ser mais criativo e finalizador. 

Depois dos 30 minutos, com a saída do Ademir e Zé Ricardo, e entrada do Diego Ferreira e Geovane, que pouco acrescentaram, o rendimento ofensivo americano voltou a cair. 

O time atleticano ainda teve duas chances em jogadas de contra-ataque, o que evidencia mais uma vez a necessidade de melhoria da recomposição defensiva americana. 

Messias no lugar do Lucas Kal deve ser porque tem mais qualidade qualidade técnica que o Joseph para disputar um clássico, e Anderson ser quarto-zagueiro, em vez de central.

Anderson ou Joseph seria estreante ao lado do Eduardo Bauermman. 

Vale lembrar que, no jogo anterior contra o Atlético, com Lucas Kal e Eduardo Bauermann, houve falhas dos zagueiros no gol sofrido,  quando Nathan cabeceou sem marcação, Airton fez três defesas salvadoras em finalizações de adversários desmarcados e houve mais duas oportunidades desperdiçadas. 

Com Messias e Eduardo Bauerman, foram dois gols sofridos em falhas do Airton e na perda de posse e recomposição, Airton fez uma defesa importante e o adversário desperdiçou uma oportunidade.

No fim das contas, Lucas Kal e Eduardo Bauermann foram envolvidos mais vezes pelos adversários do que Messias e Eduardo Bauermann. 

Os critérios da arbitragem para distribuir cartões foram diferentes até com jogadores americanos. 

Zé Ricardo, que estava pendurado, recebeu cartão amarelo aos 7 minutos do primeiro tempo.

Leandro Silva, João Paulo e Messias fizeram faltas até mais violentas que a do Zé Ricardo, mas não receberam cartões.

A falta do Geovane comparada a do Zé Ricardo deveria ser para vermelho direto. 

Destaque para Ademir, por mais um gol marcado em clássico,  pelas arrancadas e finalizações.

Atlético:
Rafael; 
Guga (Mailton), Junior Alonso, Réver e Guilherme Arana;
Allan, Jair (Hyoran), Nathan; Savarino (Otero), Keno (Marquinhos), Marrony
Técnico: Jorge Sampaoli

América:
Airton; 
Leandro Silva (Léo Passos), Messias, Eduardo Bauermann , Sávio (Matheusinho); 
Zé Ricardo (Geovane), Juninho, João Paulo; 
Ademir (Diego Ferreira), Alê, Felipe Augusto (Vitão, no intervalo)
Técnico: Lisca

Gols: Jair, Nathan, Ademir