terça-feira, 11 de agosto de 2020

Pré-jogo América-MG x Cuiabá-MT

Embora cada jogo seja uma história, com histórias diferentes durante os 90 minutos, a consistência defensiva ficou mais sólida contra a Ponte Preta.

Diego Ferreira e João Paulo pouco avançaram e vulnerabilidade pelos lados diminuiu. 

Juninho e Zé Ricardo ficaram mais alinhados, sem avançarem tanto e os espaços foram reduzidos em jogadas de contra-ataque. 

Alê foi mais um terceiro volante do que um meia-atacante ofensivo. 

Mas se a consistência defensiva aumentou, em compensação ou descompensação, a força ofensiva diminuiu,  com reduzidas ultrapassagens do Alê, pelo centro, e dos laterais, com triangulações pelos lados, e baixa produtividade do Felipe Augusto. 

Vale lembrar, que, as duas principais jogadas foram com Matheusinho centralizado, que abriu para Diego Ferreira fazer um cruzamento preciso pro Vitão, e Alê, adiantado pelo centro, finalizando no travessão. 

Talvez um dos dilemas do Lisca para a sequência do campeonato seja definir o melhor posicionamento funcional do Alê e um substituto mais produtivo e eficiente do que Felipe Augusto. 

Alê precisa ter mais intensidade, resistência física e velocidade para ser um meio-campista, sem ser um típico volante nem um típico armador, que joga de uma intermediária a outra.

Quando atuou recuado, mais na função de segundo volante, Alê demonstrou bastante qualidade na bola longa, na troca de passes e distribuição das jogadas

Apesar da supereficiência nas poucas conclusões feitas, Alê, quando jogou avançado, na função de meia-atacante, pisou pouco na área, fez poucas assistências e finalizações. 

A produtividade ofensiva do Alê poderá ser aumentada se ele tiver mais ambição de artilheiro e assumir a função de meia-atacante camisa 10, com poder de decisão. 

Mas para Alê jogar de segundo volante, falta na equipe um meia-atacante centralizado, com poder de criação e finalização e um de lado com qualidade ofensiva. 

Matheusinho tem total capacidade para jogar pelos dois lados e pelo centro.

Aliás, a versatilidade do Matheusinho para ser utilizado em três posições diferentes deve ser valorizada. 

Porém, para Matheusinho ser o avançado pelo centro, com Alê de segundo volante, faltam alternativas  pelos lados.

As opções de escalação estão reduzidas, com as lesões do Ademir, Felipe Azevedo, que deixou a desejar em 2019, e Rodolfo, a pouca rodagem do Carlos Alberto e Kawê, a improdutividade do Geovane e Leo Passos, falta de condições físicas para Berola jogar dois tempos, e o não aproveitamento do Toscano. 

Mesmo assim, a titularidade absoluta do Felipe Augusto precisa ser repensada ou o jogador aumentar a produtividade ofensiva, os acertos na tomada de decisão e a eficiência nas finalizações. 

Talvez a utilização do Geovane ou Lucas Luan ou Sávio, pelo lado esquerdo ofensivo, ou do Leo Passos pelo lado direito ou escalação do Berola durante um período maior do jogo. 

Toscano, por sempre ser relacionado, deveria ser mais utilizado durante os jogos, porque tem poder de finalização. 

A contratação de um meia-armador  criativo, finalizador e decisivo, e de um centroavante aumentarão as possibilidades da equipe americana conquistar o acesso e disputar o título da competição. 

Possível time na formação básica 4-2-3-1
Airton;
Diego Ferreira, Messias, Eduardo Bauermann, João Paulo;
Zé Ricardo, Juninho;
Felipe Augusto, Alê, Matheusinho;
Vitão

América-MG x Cuiabá-MT
terça-feira, 21h30, Arena do América. 
Vamos vencer, Coelhão!