quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Pré-jogo América-MG x Oeste-SP

Num campeonato de resistência e regularidade, o desafio do Lisca será montar e formatar a equipe americana durante a competição.

Depois de um longo período de paralisação, as possibilidades de desgaste físico e lesões serão maiores, devido ao excessivo número de jogos seguidos, com pouco tempo para recuperação muscular.

Suspensões por cartões e queda de rendimento técnico também desfalcarão a equipe. 

Lisca vai precisar de uma base quase fixa de mais ou menos 15 jogadores em condições de disputar a titularidade, para serem utilizados mais vezes, com pelo menos uma novidade entre os substitutos em cada partida, afim de ganhar um pouco de ritmo de jogo e aumentar as possibilidades de aproveitamento durante a competição. 

Na montagem da equipe, embora sem ter feito defesas salvadoras, Matheus Cavichioli fez importantes intervenções em lances de cruzamentos dentro da pequena área e nas finalizações dos adversários. 

Talvez Daniel Borges seja a solução para o defeito crônico da fragilidade defensiva da lateral-direita. 

Com a utilização do Daniel Borges, eventualmente Diego Ferreira ou Leandro Silva,  sem o desgaste físico provocado por jogos seguidos, poderá ser mais produtivo, em caso de necessidade. 

Leandro Silva tem mais imposição física e qualidade no passes que o Diego Ferreira, que apesar de esforçado carece melhorar no combate individual e o índice de acertos nos desarmes, passes e cruzamentos. 

O promissor Ronaldo, com potencial defensivo e principalmente ofensivo, deve ser mais bem aproveitado, em vez de eternamente crucificado por um erro num clássico, enquanto Diego Ferreira e Leandro Silva erraram muito mais vezes e continuaram a ter inúmeras oportunidades.  

DNA formador precisa ser transformado em aproveitador. 

Na lateral esquerda, João Paulo e Sávio também deixaram a desejar na marcação, mas são produtivos na tarefa ofensiva. 

Quando João Paulo avança menos, a marcação melhora, mas perde força ofensiva sem as ultrapassagens. 

No caso de dobra, Sávio deveria ser escalado mais avançado do que o João Paulo porque tem mais intensidade, resistência física e velocidade.

Vale lembrar, que no Campeonato Mineiro, Alê, Sávio e Zé Ricardo foram os principais passadores do time. 

Anderson, quarto-zagueiro, e Joseph, central, foram pouco utilizados. 

Preventivamente, um zagueiro com mais rodagem na Série A e/ou B, central ou que jogue nas duas posições da zaga, deveria ser contratado para reforçar a equipe. 

Na formatação do time, o poder de criação, nos quatros jogos disputados pela Série B, foi proporcional ao número de jogadores participantes da transição ofensiva. 

As formações mais funcionais foram contra o Operário-PR e no segundo tempo contra Juventude-RS. 

Contra o Operário-PR, a distribuição básica ficou próxima do 4-3-1-2, com Alê, Juninho e Zé Ricardo, na linha de 3, próximos do Matheusinho centralizado, e Felipe Augusto e Rodolfo mais avançados. 

No segundo tempo contra o Juventude, se aproximou do 4-3-3 com Rodolfo, Toscano e Matheusinho mais avançados, mas faltou um centroavante. 

Com Toscano no lugar do Felipe Augusto, as duas formatações poderão ser usadas. 

Apesar da dependência do preparo físico para jogar dois tempos em alta intensidade, a formação com Alê, Matheusinho e Toscano parece ser a melhor opção do momento. 

Rodolfo com bastante movimentação deve atuar pelos lados e dentro da área. 

Berola e Vitão devem ser as primeiras opções ofensivas. 

Vitão, centroavante definidor, em condições de começar o jogo, com Rodolfo pelo lado.

Geovane e Leo Passos, sub-23 de outras bases em processo de aprimoramento e oscilação, precisam ser mais produtivos para justificar as chances seguidas. 

Talvez Calyson seja o jogador de beirada bastante participativo na dupla tarefa defensiva-ofensiva. 

Sávio, lateral e avançado pelo lado, Sabino, primeiro volante estilo Dudu Pit Bull, Flávio, segundo volante, Lucas Luan, preferencialmente no meio-de-campo, João Gabriel, pouco utilizado, Rickson e Carlos Alberto, preferencialmente pela direita, são opções de mudanças. 

Ainda assim, seria mais prudente contratar um meia-atacante, ponta de lança, com poder de criação, finalização e decisão, e um centroavante com mais presença de área e poder de definição nas jogadas pelo alto e pelo chão. 

Possível time, na formação básica 4-2-3-1, sem contar movimentações e a posse ou não da bola)
Matheus Cavichioli;
Daniel Borges (Leandro Silva), Messias, Eduardo Bauermann, João Paulo (Sávio);
Zé Ricardo, Alê;
Juninho, Toscano, Matheusinho;
Rodolfo

ou 4-3-1-2

Juninho, Zé Ricardo, Alê;
Matheusinho;
Rodolfo, Toscano(Vitão)

América-MG x Oeste-SP
sexta-feira, 19h15, Arena do América
vamos vencer, Coelhão!